Fusos Horários

                 Fusos   Horários

      O movimento de rotação da Terra é adotado como referência básica para o estabelecimento de padrões  para medir a passagem do tempo . Uma rotação completa da Terra, em torno de si mesma, que leva aproximadamente   24 horas,  (ou precisamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos ), foi adotada como padrão básico para a definição do nosso dia. O dia subdivide-se em unidades menores, as horas , e para cada uma delas é possível estabelecer a correspondência com porções de território do próprio planeta, denominadas fusos horários. Observe como isso é feito no mapa baixo.

      Ao dar uma volta completa ao redor de si mesma, a terra percorre uma distância angular correspondente a 360 graus. Se dividirmos esse ângulo correspondente a uma volta inteira pelo número de horas de um dia, 24 horas, obteremos o valor de 15 graus (ou 15°) para cada fuso horário.

      Note que é a partir de um ponto localizado no eixo imaginário, em torno do qual a Terra realiza sua rotação, que se define o vértice dos ângulos que identificam os fusos.

      É claro que a representação plana da Terra no mapa tem aproximações ao identificar cada um dos fusos como se fossem trechos com largura não variável de um polo ao outro. Além disso, muitas delimitações respeitam as fronteiras de países ou de suas unidades político-administrativas (estados , províncias ou departamentos). Isso ocorre porque, do contrário, algo que foi estabelecido para padronizar e facilitar um sistema global de manejo das horas poderia dificultar a vida das pessoas. Imagine, por exemplo, se uma cidade ou um bairro, fosse dividido por diferentes fusos horários.

   O sistema de fusos horários foi adotado no final do século XIX (o século XIX tem início no ano 1801 e termina no ano de 1900), mais precisamente em um congresso internacional realizado em 1884 na cidade de Washington (Estados Unidos da América). Nesse momento, as relações entre os diversos lugares do planeta já estavam de tal modo intensificadas, que passaram a  exigir uma padronização no sistema internacional de horas. Nesse   mesmo congresso definiu-se como referência para o sistema de fusos o meridiano (linha imaginária que une os pólos terrestres) que passa sobre o observatório de Greenwich, localizado em Londres (Inglaterra). Esse meridiano também é conhecido como primeiro ou principal.

     Como a rotação terrestre obedece ao sentido oeste-leste (sentido anti-horário vendo de cima do Polo Norte), adotar o meridiano de Greenwich como referência significa que todas as localidades situadas a leste do meridiano principal terão suas horas adiantadas em relação ao horário de Londres, ao passo que aquelas situadas a oeste  terão suas horas atrasadas.

    Veja que no mapa dos fusos horários estão dispostos os horários de todos os 24 fusos em um determinado instante de rotação, considerando que são 12 horas, ou meio-dia, em Londres.

    Obviamente o início de uma nova rotação, isto é, um novo ciclo de 24 horas, significa o início de um novo dia. É isso que está assinalado nos dois lados da linha denominada Linha Internacional da Data, traçada exatamente na extremidade oposta ao primeiro meridiano.

   Note que a Linha internacional da Data não é uma linha reta. Pelo contrário, ela vai ziguezagueando pelas inúmeras ilhas do Pacífico e pelo estreito que separa  Ásia e América. Isso é para evitar colocar em dias diferentes parte dos territórios cortados pela Linha Internacional da Data.

    Conhecer esse sistema que permite a padronização das horas e a medição do tempo na escala global é de fundamental importância, sobretudo em um mundo como este em que estamos vivendo agora.

    Já vimos parte das motivações que levaram ao estabelecimento do sistema em fins do século XIX. Na atualidade, em tempos de grande intensificação das relações entre todos os países e lugares, esse sistema tornou-se vital. Os eventos são cada vez mais internacionais, e as distâncias parecem até diminuídas, graças aos desenvolvimentos tecnológicos e à rapidez proporcionada pelos meios de comunicação. Dessa maneira, a subordinação de todos os locais a uma única referência, o padrão GMT ( Greenwich Mean Time = Tempo do meridiano de Greenwich) passa a ser uma condição para o funcionamento, planejamento ou difusão de mecanismos e fatos cada vez mais globais.

 ( Fonte :  Livro Geografia do Mundo ; Carvalho, Marcos Bernardino de ; Pereira, Diamantino Alves Correia ; Editora FTD ; São Paulo ; 2009; 8º ano ;   imagem da internet -  2º mapa fusos horários  http://www.brasilescola.com )

Geografia Newton Almeida