terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Revolução Industrial e Evolução do Trabalho Humano




Geografia Newton Almeida

     "               Do artesanato ao robô

                         Da produção manual às máquinas

     Desde suas origens, os seres humanos transformam os recursos naturais em bens ou objetos que atendem às suas necessidades diárias de sobrevivência. Podemos reconhecer três estágios nessa transformação: o  artesanato, a manufatura e a indústria. 

                          O artesanato 

     É a forma mais antiga de transformação dos recursos naturais, conhecida há milhares de anos. Objetos e utensílios, como roupas, panelas, instrumentos de trabalho, cadeiras, mesas, etc., eram produzidos manualmente, com utilização de ferramentas simples. O artesão realizava sozinho todas as etapas do processo. Por exemplo, para a produção de  um sapato, ele executava o corte do couro, a costura, a colagem da sola, etc.
     O artesanato foi a principal atividade de transformação até meados do século XVI e ainda existe em vários lugares, constituindo a principal fonte de renda de muitas comunidades. 

                        A manufatura

     Com o crescimento das populações e das cidades, o artesanato não conseguia atender às necessidades cada vez maiores dos seres humanos. Assim, por volta do século XV, homens de negócios agruparam artesãos em galpões para controlar a produção.  Surgiu dessa forma a manufatura, caracterizada pelo uso de máquinas simples e pelo trabalho em grupo com divisão de tarefas. Cada artesão passou a trabalhar recebendo um salário.
     Houve então aumento da quantidade de mercadorias produzidas e a diminuição do tempo  de produção. Em outras palavras, produzia-se mais em menos tempo, mas o trabalho ainda era predominantemente manual. 

                       A indústria

   O desenvolvimento da manufatura ampliou o número de produtos e possibilitou o desenvolvimento do comércio. Os lucros obtidos com a venda das mercadorias incentivaram então os comerciantes a solicitar ainda maior quantidade e variedade de produtos. 
     Os donos das oficinas manufatureiras começaram a investir em novas técnicas de produção e em novas tecnologias, como a máquina a vapor e o tear mecânico. 
     A introdução cada vez maior de máquinas nas oficinas manufatureiras provocou uma  revolução na produção de mercadorias. Foi assim que surgiu a indústria, atividade econômica que se caracterizava por : 
   * grande divisão do trabalho e especialização do trabalhador em determinada tarefa  ;
   * emprego de máquinas movidas a energia calorífica do carvão mineral ;
   * trabalho assalariado ;
   * produção em massa e padronizada, ou seja, de grande quantidade de bens exatamente iguais.
     O século XVIII marcou o início do processo de industrialização da produção e, a partir daí, sucederam-se as chamadas revoluções industriais. 

                        As revoluções industriais

                       Primeira Revolução Industrial 

     A revolução no modo de produzir teve início na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e ficou conhecida como Primeira Revolução Industrial. O destaque nesse período foi a indústria têxtil. 
     A partir da Primeira Revolução Industrial, o desenvolvimento científico e tecnológico foi acompanhado de grandes transformações não só na produção de bens, mas também nos transportes, nas comunicações, nas relações sociais e nas relações entre os seres humanos e a natureza. 

                       Segunda Revolução Industrial

     A partir da segunda metade do século XIX, a industrialização expandiu-se para França, Alemanha, Rússia, Japão e Estados Unidos, ameaçando a hegemonia inglesa. Iniciava-se uma nova fase da produção industrial, que  ficou conhecida como Segunda Revolução Industrial.
     Na Segunda Revolução Industrial, o carvão mineral foi aos poucos sendo substituído pelo petróleo, que se tornou a fonte de energia mais usada no mundo. As indústrias petroquímicas, siderúrgicas e automobilísticas superaram em importância a indústria têxtil. O minério de ferro, o aço e o petróleo tornaram-se mais importantes que as matérias-primas têxteis (algodão, lã, etc.). 
     A especialização do trabalhador ampliou-se ainda mais com a criação da linha de montagem, na qual cada operário realiza uma tarefa específica. 

                       Terceira Revolução Industrial 
  
    A partir da década de 1970, o desenvolvimento da eletrônica e o surgimento da informática possibilitaram a introdução de novas técnicas de produção. Iniciou-se, assim, uma nova fase da indústria, conhecida como a Terceira Revolução Industrial.
     A Terceira Revolução Industrial caracteriza-se pela grande importância da tecnologia  avançada, ou de ponta, presente em muitas indústrias, e pelo uso do silício, mineral empregado na fabricação de placas de computador. Nas fábricas, é  cada vez maior a robotização, isto é, o uso de robôs no lugar da mão-de-obra humana. Os robôs executam tarefas repetitivas, perigosas ou de precisão, em ambientes quentes, sem ar ou muito escuros, sem correr o risco de adquirir doenças ou de sofrer acidentes.
     É também nessa fase da indústria que se destaca o desenvolvimento das telecomunicações e da biotecnologia, sobretudo a engenharia genética.
     Na Terceira Revolução Industrial, buscam-se fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a de origem orgânica, em substituição ao ainda importante e indispensável petróleo.
     Apesar de toda a sua evolução e expansão, desde que se desenvolveu na Inglaterra, no século XVIII, a indústria é uma  atividade bastante concentrada em algumas regiões do mundo. Veja o mapa abaixo.


     A partir das últimas décadas do século XX, muitas indústrias dos países ricos passaram a transferir parte de suas fábricas para países mais pobres. Essas indústrias, em geral, são as que necessitam de grande disponibilidade de matéria-prima e de fontes de energia, e de mão de obra barata e abundante. Por esses fatores, algumas nações subdesenvolvidas vêm se transformando em novos pólos industriais. 
                                                                                                                                                 "

Fonte :  DANELLI, Sonia Cunha de Souza. Projeto Araribá Geografia 6º ano. Editora Moderna. 2ª edição. São Paulo : 2007 .


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