EURO em CRISE
A União Europeia, cujo símbolo mais forte é adoção da moeda única, o EURO, foi uma conquista enorme que tem bases políticas anteriores às bases econômicas.
A Europa vivia em constantes guerras, desde a Idade Média, sendo que as duas maiores guerras da humanidade tiveram início no continente europeu, a primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A partir da crise do EURO o sonho virou pesadelo, e a saída mais sensata é a mais difícil de todas: seguir ao último patamar da unificação com a implantação de um Governo Europeu.
A Europa vivia em constantes guerras, desde a Idade Média, sendo que as duas maiores guerras da humanidade tiveram início no continente europeu, a primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A partir da crise do EURO o sonho virou pesadelo, e a saída mais sensata é a mais difícil de todas: seguir ao último patamar da unificação com a implantação de um Governo Europeu.
Abaixo, eu (Newton Almeida) escrevi as principais observações do Rodrigo Constantino, que eu acabei de assistir em um vídeo do You Tube (veja o link ao final).
A Alemanha com seu Banco Central, Bundesbank, muito ortodoxo, com política séria de controle da inflação, economia muito mais pujante que a dos vizinhos, sempre colocou em desvantagem as economias dos outros países. Essa conduta da Alemanha de um Banco Central poderoso e rígido, cumprindo as metas macro-econômicas, se deve ao medo de retorno à hiperinflação, que lançou o país num verdadeiro caos, que culminou com a ascensão do partido Nazista.
O Euro foi um projeto político desenhado por franceses, principalmente políticos da ala socialista, como Delors e outros mais.
A Alemanha, mais especificamente suas autoridades do Banco Central Alemão (Bundesbank), planejou mecanismos (inseridos no Tratado de Maastricht) para evitar as desorganizações econômicas comuns nos países da região. Entre esses mecanismos, os principais seriam: o déficit fiscal não pode ultrapassar 3% , a dívida sobre o PIB não pode passar de 60% . Mas isso não se revelou suficiente. Faltaram uma união fiscal, o exército único, enfim um Governo para impor uma doutrina econômica séria. Ao longo do tempo as regras macro-econômicas foram sendo esquecidas pelos países, sem haver qualquer repreensão ou alerta sobre isso, já que faltava justamente isso, instrumentos que pudessem impor de fato as regras.
A criação do Euro fez com os países-membros pudessem " pegar carona " na grandeza e credibilidade Alemã, pagando taxas de juros mais baixas no mercado. Isso fez com que ocorresse um boom imobiliário na Espanha, um exagero em número de funcionários públicos e gastos públicos na Itália e na Grécia.
Do lado da Alemanha houve o benefício da exportação de seus produtos, em tono de 25%, aos outros países, ainda que os pagamentos sejam em "moedas podres" de títulos da própria região que hoje não valem muito, mas de qualquer maneira trouxe um certo benefício à Alemanha. As exportações alemãs na Zona do Euro representam algo em torno de 10% do seu PIB.
Sobre a França pode-se destacar que sua economia também vai mal, com déficit fiscal de 7% do PIB, endividamento em 80% do PIB, além de estar amarrada num excesso de burocracia, com a máquina pública grande demais e o setor privado sem dinamismo.
A Itália e Espanha tem um cenário sombrio : juntas somam 2,5 trilhões de euros de endividamento. Então a situação está dificílima, pois além da crise da Grécia, entraram em crise países com economias grandes demais para serem resgatadas.
A única forma de salvar o Euro seria ampliar a integração da União Europeia, como a implantação de um governo europeu, um parlamento europeu, que tiraria o poder dos eleitores alemães e possibilitaria que os ricos desse país pagassem o prejuízo dos outros países (chamados de cigarras, que vivem se divertindo irresponsavelmente enquanto os alemães sempre trabalhando com austeridade).
A unificação de toda a Europa era sonhada pelos criadores do Euro, os socialistas franceses, que tinham por objetivo a criação dos Estados Unidos da Europa. Mas, isso parece bastante longe de acontecer, pois cada dia que passa cresce o medo de que um primeiro país-membro deixe o acordo e retorne à sua antiga moeda, o que bastaria para desmantelar toda a Zona do Euro.
Isso tudo é resultado de um grupo político socializante da França, que por arrogância não seguiu os rumos seguros da ortodoxia do Bundesbank alemão, segundo a opinião de Rodrigo Constantino.
* Em 2016 o Reino Unido decide deixar a UE, o chamado BREXIT, que está em processo de negociação.
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