quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Pesquisa Científica : Ártico : Antártida


        "     Os desafios da ciência nas regiões polares
   Para além da preocupação com o derretimento das calotas polares, as pesquisas nas regiões ártica e antártica podem ajudar a desvendar o passado climático do planeta, o funcionamento das correntes oceânicas e seus efeitos no clima global. 
   
                        A atividade científica na Antártida
   Em 1959, vários países assinaram o Tratado da Antártida, pelo qual se firmou o compromisso do uso do continente apenas para fins pacíficos e de cooperação internacional por meio do desenvolvimento de pesquisas científicas. O Tratado entrou em vigor em 1961.
   As pesquisas desenvolvidas nas regiões polares têm levado a descobertas importantíssimas para toda  a humanidade. Destacam-se o estudo do krill (tipo de crustáceo) como potencial fonte de alimento nutritivo também para os seres humanos, e o estudo dos lagos de água doce no subsolo da Antártida, como fontes potenciais de água potável para o planeta.  
   Além disso, achados de fósseis comprovaram a teoria  das placas tectônicas e da deriva continental, proposta por Wegener, segundo a qual a Antártida realmente fazia parte do supercontinente primitivo chamado Gondwana. 
   A camada de gelo acumulada por milhares de anos na Antártida é um arquivo natural que pode fornecer informações sobre as alterações climáticas e ambientais pelas quais o planeta já passou. 
   Há outros projetos internacionais mais específicos, como o estudo das comunidades aquáticas do continente, da geologia das regiões congeladas e estudo de oceano. 
   Os países que possuem base de pesquisa científica no continente antártico são : África do sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Bulgária, Chile, China, Coreia do Sul, Equador, Espanha, Estados Unidos, Rússia, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Peru, Polônia, Reino Unido, Suécia, Ucrânia e Uruguai. 
Geografia Newton Almeida
Figura acima - vista da estação brasileira Comandante Ferraz (Antártida, 2004).    

                                 O Proantar (Programa Antártico Brasileiro)
   O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 1975; em janeiro de 1982, iniciou o Proantar, que passou a ser executado, de forma descentralizada, por universidades, institutos de pesquisa e entidades públicas e privadas, de acordo com uma comissão coordenada pelos ministérios da Marinha e da Ciência e Tecnologia.
Geo Newton
   Figura acima  - o navio oceanográfico Ary Rongel deixa o cais, no Rio de Janeiro, rumo à ilha Rei George, na Antártida (2003).  

   As atividades brasileiras na Antártida são desenvolvidas na Estação Antártica Comandante Ferraz, em quatro refúgios distribuídos pelas ilhas Elefante, Nelson e Rei George, e pelo navio de apoio oceanográfico Ary Rongel. Os refúgios são contêineres que podem abrigar até seis pesquisadores durante o verão.
   Hoje, a Estação Antártica Comandante Ferraz conta com dois módulos, acomodando até 24 pesquisadores, e é operada por um grupo de apoio de dez militares da Marinha, que permanece na Antártida por um período contínuo de doze meses. 
   Complementando os esforços do Brasil na Antártida, a Força Aérea Brasileira realiza, por ano, sete voos de apoio, levando os materiais necessários e viabilizando a troca de pesquisadores durante o inverno, numa demonstração do interesse do Brasil no futuro do continente antártico. 

                   Pesquisas científicas no Ártico   
   Estudos científicos mostraram que um buraco na camada de ozônio, similar ao que existe sobre a Antártida, pode estar se formando sobre o Ártico. Embora a Antártida seja mais afetada pelo problema, a questão é mais grave na região polar norte, porque atinge regiões povoadas da Europa, da Ásia e da América do Norte. 
   Outros estudos, realizados no final da década de 1990, apontam a poluição do ar por toxinas, liberadas pela incineração de lixo e pelas indústrias dos países da América do Norte, que são transportadas para o Ártico pelas correntes atmosféricas.  As investigações climáticas levaram à  conclusão de que os  Estados Unidos são responsáveis por cerca de 80% da emissão de toxinas que afetam o Ártico canadense. O restante é atribuído ao Canadá e ao México. Esse problema preocupa estudiosos e dirigentes indígenas de toda a América do Norte, em razão da contaminação da cadeia alimentar dos inuítes, habitantes nativos da região ártica. Desde a apresentação dos resultados desses estudos, foram aprovadas várias leis para garantir o controle da emissão de poluentes.
   Os estudos no Ártico e na Antártida ainda estão em andamento e já levantam preocupações centrais quanto ao futuro do ambiente terrestre e á continuidade de um modelo de civilização que prejudica maciçamente a atmosfera, os oceanos e vários ecossistemas do planeta. 
     
Geografia Newton Almeida
Figura acima - estação de pesquisa meteorológica russa  (Polo Norte, 2003). 

                        Problemas Ambientais no Ártico 
   A calota da região ártica é menos espessa que a da Antártida. A fina espessura do gelo e do permafrost (camada de solo que permanece congelada durante quase todo o ano) tornam o Ártico uma região extremamente vulnerável ao aumento da temperatura causada pelo aquecimento global. 
    No Ártico, as temperaturas estão subindo mais rápido que em outras partes do planeta. A mais dramática consequência desse fenômeno é o acelerado derretimento das calotas polares. 
Geografia Newton Almeida
Figura acima - os ursos polares estão se afogando em número significativo, pois precisam nadar distâncias muito maiores entre as placas de gelo (Noruega,  2007) .    

    Se o permafrost descongelar, calcula-se que irá liberar quantidades significativas de gás metano na atmosfera, gerado pelo armazenamento de matéria orgânica (animais e vegetais). O metano é um dos gases que potencializam o efeito estufa. 

Geografia Newton Almeida
    Figura acima -   O pesquisador capta amostras de camadas do solo permafrost que está derretendo no noroeste da Sibéria (Rússia, 2007).  

Geografia Newton Almeida
   Figura acima - o aquecimento global está causando o derretimento de grandes áreas de permafrost. Essa casa, no Alaska, afundou devido ao descongelamento do solo (EUA, 2004). 

Geografia Newton Almeida
   Figura acima - Os estudos sobre as fraturas na plataforma de gelo Ward Hunt, em Nunavut (Canadá), apontam constatações de mudanças climáticas de efeitos mais graves do que em qualquer outro lugar do planeta (foto de 2008).               "


Fonte : Livro Projeto Araribá 9º ano ;  Organizadora  Editora Moderna ; Editora responsável Sônia Cunha de Souza Danelli, 2ª edição, 2.007 .

GEOGRAFIA Newton Almeida

1 Comentários:

Às 3 de novembro de 2015 às 19:15 , Blogger Unknown disse...

Mt bom <3

 

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