Região do Ártico : Pólo Norte : Ações Antrópicas
As Pressões Antrópicas se Acentuam na Região do Ártico
* Imagem de satélite Google Earth , pesquisada dia 05 de maio de 2013, por Newton Almeida .
O mundo atual passa por uma crise econômica, desde o ano de 2010, onde a maior marca é a instabilidade política na União Europeia. Mas, mesmo nesse cenário de desaceleração econômica, as pressões antrópicas sobre a Região do Ártico vem crescendo.
O Oceano Ártico foi identificado há décadas como uma região rica em petróleo e gás. Estima-se que a região que cerca o Polo Norte guarde cerca de 25% das reservas mundiais de petróleo e gás natural, e esses países, que têm territórios próximos ao Ártico, ainda não alcançaram um consenso sobre como dividir a área.
O Oceano Ártico foi identificado há décadas como uma região rica em petróleo e gás. Estima-se que a região que cerca o Polo Norte guarde cerca de 25% das reservas mundiais de petróleo e gás natural, e esses países, que têm territórios próximos ao Ártico, ainda não alcançaram um consenso sobre como dividir a área.
O Ártico inclui o todo e parte dos territórios de oito países: Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca (Groenlândia), Islândia, Canadá, Rússia e Estados Unidos (Alasca), bem como as terras de dezenas de grupos indígenas que abrangem distintos sub-grupos e comunidades. Os povos indígenas atualmente representam cerca de 10% da população total do ártico, embora, no Canadá representem cerca de metade da população ártica do país, e na Groenlândia representam a maioria.
Há anos que empresas petrolíferas estão investindo em pesquisas para a exploração dessas reservas significativas de petróleo e gás natural no Oceano Ártico.
*Foto ao lado : Quebra gelo Oden, levando pesquisadores Dinamarqueses ao Ártico .
Uma equipa de duas dezenas de investigadores dinamarqueses partiu, em 2012, de Svalbard (arquipélago norueguês onde se juntam os oceanos Ártico e Atlântico) com destino ao Polo Norte, a bordo do navio quebra-gelos sueco Oden. Pretendem provar que 155 mil quilômetros quadrados do fundo do Oceano Ártico – incluindo o Polo Norte – fazem parte da plataforma continental da Gronelândia e devem ser incorporados no Reino da Dinamarca (que inclui, além da Dinamarca, a Gronelândia e as ilhas Faroé).
Na costa ao norte do Alasca, dentro da região do Ártico, a empresa Shell ganhou autorização dos Estados Unidos para a exploração do petróleo. Mas, muitas dificuldades técnicas surgiram, como danos nos equipamentos e outros imprevistos. Essas falhas são constrangedoras para a empresa, que aplicou cerca de US$ 5 bilhões no projeto até agora, e força o governo a redobrar a atenção e fiscalização. Os grupos ambientalistas, que se opunham à perfuração no Ártico, cobram do governo americano mudança na autorização. Eles esperam que o governo Obama, a partir desse atraso e dificuldades técnicas, reconsidere sua decisão de permitir a exploração de petróleo no topo do mundo.
A Rússia prevê que em 2030, as sua companhias petrolíferas irão extrair na plataforma continental dos mares árticos mais de cem milhões de toneladas de petróleo e até 160 bilhões de metros cúbicos de gás. A base estratégica de exploração destes territórios será a região de Arkhanguelsk, onde está sendo criado um poderoso pólo industrial que irá unir o potencial de gigantescas empresas de construção naval e a base científica da Universidade Federal do Norte, chamada também Universidade Ártica.
*Foto ao lado : Quebra gelo Oden, levando pesquisadores Dinamarqueses ao Ártico .
Uma equipa de duas dezenas de investigadores dinamarqueses partiu, em 2012, de Svalbard (arquipélago norueguês onde se juntam os oceanos Ártico e Atlântico) com destino ao Polo Norte, a bordo do navio quebra-gelos sueco Oden. Pretendem provar que 155 mil quilômetros quadrados do fundo do Oceano Ártico – incluindo o Polo Norte – fazem parte da plataforma continental da Gronelândia e devem ser incorporados no Reino da Dinamarca (que inclui, além da Dinamarca, a Gronelândia e as ilhas Faroé).
Na costa ao norte do Alasca, dentro da região do Ártico, a empresa Shell ganhou autorização dos Estados Unidos para a exploração do petróleo. Mas, muitas dificuldades técnicas surgiram, como danos nos equipamentos e outros imprevistos. Essas falhas são constrangedoras para a empresa, que aplicou cerca de US$ 5 bilhões no projeto até agora, e força o governo a redobrar a atenção e fiscalização. Os grupos ambientalistas, que se opunham à perfuração no Ártico, cobram do governo americano mudança na autorização. Eles esperam que o governo Obama, a partir desse atraso e dificuldades técnicas, reconsidere sua decisão de permitir a exploração de petróleo no topo do mundo.
Movimento Ambientalista de Preservação do Ártico
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) apresentou um relatório que declara que o Ártico necessita de uma governança e uma administração fortalecidas para proteger seus recursos da exploração excessiva. De acordo com o Livro do Ano de 2013 do PNUMA, a redução da cobertura de gelo do Ártico nos últimos anos, sobretudo no verão, culminou com o recorde de baixa de 3,4 quilômetros em setembro de 2012, 18% abaixo do recorde mínimo anterior, de 2007, e 50% abaixo das médias das décadas de 1980 e 1990.
Esse derretimento, que os cientistas acreditam ser causado pelo excesso de emissão de gases do efeito estufa (GEEs), que contribuem para o aquecimento global, está levando à abertura de novas rotas marítimas no Ártico, bem como a novas possibilidades da exploração de recursos da região, como o petróleo e o gás.
O Greenpeace e outras organizações ambientalistas consideram que a região central do Oceano Ártico – que ainda não pertence a ninguém –, deve ser objeto de medidas de proteção semelhantes às adotadas na Antártica, há décadas.
Um ato pedindo a proteção do Ártico, um dos ecossistemas mais ameaçados em todo o mundo devido aos efeitos do aquecimento global, foi promovido pelo Greenpeace no Rio de Janeiro na manhã do sábado do dia 20 de abril de 2013. A ação aconteceu simultaneamente em outras 279 cidades em 36 países. Cerca de 20 voluntários usaram seus próprios corpos para formar, nas areias de Botafogo, a mensagem "I love Arctic" (Eu amo o Ártico) - mote da ação que envolveu mais de mil pessoas em todo o mundo.
Lançada em junho de 2012 durante a Rio+20, a campanha do Greenpeace em proteção ao Ártico defende a criação de um santuário mundial na área em torno do Polo Norte, que seria dedicada exclusivamente à pesquisa. A ideia é suspender a exploração de petróleo em alto mar e a pesca predatória.
Desenvolvimento x Preservação - População do Ártico
Entre a população que vive mais perto da proposta de perfuração de petróleo no Ártico, o projeto continua a gerar tensão e debate. Embora dependam da produção de petróleo para conseguir empregos e arrecadar impostos, eles contam com o oceano para grande parte de sua alimentação e cultura.
“Eu estou preocupado porque vivemos do oceano, das baleias, das belugas, das morsas, do focas”, disse Tommy Olemaun, presidente da Aldeia Nativa de Barrow, uma organização tribal esquimó. “O oceano é o nosso jardim.”
Quase quatro milhões de pessoas vivem no Ártico hoje. Eles incluem povos indígenas e outros recém chegados, caçadores e pastores que vivem diretamente daquela natureza, e moradores da cidade. Muitos grupos indígenas distintos são encontrados apenas no Ártico, onde cultivam as suas tradições e se adaptam ao mundo moderno ao mesmo tempo.
Nas últimas décadas, com o afluxo de recém-chegados aumentou a pressão sobre o meio ambiente no ártico, devido ao aumento da pesca e caça, e principalmente por causa do desenvolvimento industrial.
Degradação Ambiental
O desenvolvimento industrial do Ártico tem sido acompanhado pelo acúmulo de resíduos, especialmente nas proximidades das aldeias indígenas. Isso representa uma ameaça crescente à segurança e à saúde das pessoas do Ártico que - devido às condições de vida tradicionais - estão expostos a altos níveis de contaminação do ar, da água, do solo e sua fonte de alimento.
Para tratar de questões de contaminantes em comunidades indígenas em áreas remotas do Ártico, os participantes permanentes do Conselho do Ártico propuseram a criação do comitê dos Povos Indígenas para Ação Comunitária . Esta iniciativa foi aprovada pelo Conselho do Ártico nas reuniões em Salekhard e Tromsø . O trabalho comunitário dos Povos Indígenas visa reduzir a exposição e o impacto de contaminantes nas comunidades dos povos indígenas. O grupo deve também reforçar o envolvimento de povos nativos árticos nessas atividades de debate das ações para a mitigação aos danos ambientais.
Apesar das crescentes degradações ambientais, e expectativa de vida tem aumentado consideravelmente na maior parte do Ártico, nas décadas recentes.
O Conselho do Ártico pretende promover o desenvolvimento sustentável na região do Ártico, incluindo o desenvolvimento econômico e social, a melhoria das condições de saúde e bem-estar para os povos do Ártico .
GEOGRAFIA Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com
Fontes : http://www.geodireito.com/?p=4726 http://opiniaoenoticia.com.br/economia/negocios/planos-de-exploracao-no-artico-da-shell-congelam/
http://www.arcticcouncil.org/&prev=/search%3Fq%3Dconselho%2B%25C3%25A1rtico%26hl%3Dpt-BR%26rlz%3D1C1LENN_enBR493BR493%26biw%3D1092%26bih%3D533;
http://portuguese.ruvr.ru/2012_12_30/Litoral-norte-da-Russia-a-base-da-exploracao-do-Artico/
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/04/1266119-greenpeace-promove-ato-em-defesa-do-artico-na-praia-de-botafogo-no-rio.shtml
1 Comentários:
A Era do Fogo como fonte de energia começou há milhares de anos. De lá para cá o Desenvolvimento Tecnológico Energético tem girado em torno da Combustão. Entretanto, num horizonte de menos de 40 anos, para o futuro, tendem a surgir fontes alternativas de energia mais baratas e menos poluidoras do que a energia obtida através da combustão. Acredito que, assim como aconteceu com o carvão, nos dias de hoje, o petróleo e o gás, deixarão de ser fontes de energia, a partir de 2050. Daí porque dificilmente as projeções de exploração deste tipo de energia no Ártico, mesmo antes desta data, terão oportunidade de ocorrer.
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