Relações Comerciais Internacionais : Geografia para o Sétimo Ano do Ensino Fundamental

       

     O sistema capitalista expandiu as trocas de mercadorias no mundo de maneira muito dinâmica, notadamente após a queda do sistema socialista (Queda do Muro de Berlim, 1989). Antes da derrocada do socialismo, quase metade do mundo seguia o sistema político e econômico socialista, sob a liderança da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) . Os países antes socialistas, não comercializavam abertamente com outros também socialistas, quanto menos  com países capitalistas. 

      O texto abaixo foi extraído do Livro Geografia Crítica  (o espaço brasileiro) : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 . 

    Esse texto está muito bem escrito e informa com objetividade sobre o avanço das relações comerciais entre os países do mundo, mostrando o quanto é importante para a economia de qualquer país agregar valor aos produtos que vende. 

       Boa leitura !   

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   O comércio internacional atualmente envolve todos os países do mundo, embora alguns tenham economias mais abertas, isto é, mantêm intenso comércio com outros países, e outros sejam mais fechados, ou seja, têm menor atividade comercial internacional.   

   Alguns países exportam (vendem para o exterior) matérias -primas, enquanto outros importam (compram do exterior) matérias-primas e exportam bens industrializados. 

   Nas últimas décadas, no entanto, o mundo tornou-se mais internacionalizado ou globalizado, ou seja, houve um notável aumento nas trocas entre povos distantes. Até por volta dos anos 1960, ainda existiam países praticamente autossuficientes, que pouco dependiam do exterior para suprir suas necessidades de alimentos, máquinas, etc. Hoje, isso não existe mais. 

   Todos os países (em maior ou menor proporção) participam do comércio internacional e dependem uns dos outros. A sensação é que o mundo foi se tornando pequeno. Fica cada dia mais fácil encontrar imediatamente um produto ou uma informação oriundos de países distantes - antes, isso era incomum e levava muito tempo para ser realizado.

   Existem algumas exceções, mas a regra geral diz que, quanto mais desenvolvida é uma economia, mais aberta ela é, ou seja, mais relações mantém com o exterior. Os países desenvolvidos (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Suécia, Canadá, França, entre outros), embora reúnam apenas cerca de 10% da população mundial, participam com mais de 70% do volume total do comércio internacional.     

   Já os países subdesenvolvidos - aqueles da América Latina, da África e da maior parte da Ásia, apesar de contarem com imensa maioria da população mundial - por volta de 90% (contando a China e a Índia) - , participam com menos de 30% do comércio internacional. Mas também nesse caso existem exceções : a China, que hoje tem uma das economias mais dinâmicas do mundo (com acelerado crescimento), era um país extremamente fechado e, nos últimos vinte anos, vem se abrindo num ritmo intenso (em 1970, o país exportava apenas 3 bilhões de dólares; em 2008, exportou cerca de 1 trilhão). Via de regra, os países mais pobres exportam matérias-primas no comércio internacional, como minérios e produtos agrícolas, e os países desenvolvidos exportam produtos industrializados. 

   Essa regra, contudo, admite inúmeras exceções. Existem alguns países desenvolvidos que exportam grande quantidade de gêneros agrícolas (caso dos Estados Unidos) ou minérios (Austrália), e outros países subdesenvolvidos que exportam grande quantidade de produtos industrializados (como Brasil, México, África do Sul e outros). Porém, o que realmente está em jogo nessa relação é o controle da tecnologia avançada. Os países desenvolvidos fabricam e exportam produtos industrializados com maior valor agregado, isto é, com mais tecnologia, enquanto a maior parte dos produtos industrializados exportados pelos países subdesenvolvidos - com exceção da Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e, mais recentemente da China, que são nações que vêm superando o subdesenvolvimento - são de tecnologias apenas intermediárias (carros e aviões pouco sofisticados, calçados, sucos, chapas de aço, bebidas, máquinas mais simples, etc.). 

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  Foto do Newton Almeida, Porto do Rio de Janeiro, tirada dia 13 de dezembro de 2013, da Ponte Rio-Niterói .

GEOGRAFIA Newton Almeida