Revolução Industrial : Inglaterra Liderou a Tecnologia : Surge a Divisão Internacional do Trabalho
" A Revolução Industrial, um dos acontecimentos que estão na origem da sociedade moderna e que também definiram as regras da economia de mercado, teve início na Inglaterra, no século XVIII, e no século XIX atingiu outros países: França, Alemanha, Estados Unidos, Japão, Rússia, etc. Essa revolução não se restringiu aos aspectos econômicos : ela provocou profundas transformações em todos os setores da vida humana.
A concorrência, um dos elementos mais importantes para o funcionamento da economia de mercado, foi consagrada pela Revolução Industrial. À medida que iniciou o desenvolvimento da indústria, a Inglaterra pode dominar o mercado internacional com seus produtos industrializados praticamente exclusivos. A produção em série e em larga escala, com base na utilização de máquinas até então desconhecidas, permitia aos ingleses oferecer produtos de qualidade a baixo custo, isto é, vender bens industrializados por preço relativamente baixo.
Dessa maneira, a Inglaterra monopolizou, pelo menos até meados do século XIX, o desenvolvimento da tecnologia. Inúmeros países europeus e principalmente de outros continentes passaram a importar produtos ingleses industrializados e a exportar para a Inglaterra produtos primários : alimentos para sua população em rápido crescimento e matérias-primas para garantir o funcionamento das fábricas.
A Inglaterra, em meados do século XVIII, ao especializar-se na produção industrial, adquiriu o monopólio do desenvolvimento tecnológico. Ao mesmo tempo, impôs a grande número de países a condição de produtores de gêneros alimentícios e de matérias-primas, principalmente minerais. É nesse sentido que se afirma que a Inglaterra definiu uma divisão do trabalho entre quase todos os países da superfície da Terra, a chamada divisão internacional do trabalho.
A partir de 1850, outros países da Europa ocidental, particularmente a França e a Alemanha, começaram a realizar a sua revolução industrial. Após a união política dos povos germânicos, com a constituição do Estado-Nação alemão em 1870-1871, o país não poupou esforços para incentivar o desenvolvimento de sua indústria. Foi assim que, já nos últimos anos do século XIX, a Alemanha concorria em situação de igualdade com a produção industrial inglesa. A Inglaterra, portanto, foi perdendo o monopólio do desenvolvimento da tecnologia na segunda metade do século XIX.
De qualquer forma, a Europa ocidental continuava a exercer hegemonia em todo o mundo, o que perdurou até a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918). O término dessa guera assinalou o surgimento dos Estados Unidos como nova potência em ascensão, além do grande desenvolvimento do Japão, na Ásia, e da própria Rússia, que possui terras na Europa e na Ásia. Mas até a Segunda Guerra Mundial ainda havia um equilíbrio entre as grandes potências e existia uma decisiva influência mundial da Europa.
Com a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), a Europa perdeu essa posição de primazia ou liderança mundial. Mas a unificação econômica e política - a União Europeia - , nas últimas décadas, vem novamente ampliando a influência da Europa ocidental em todo o planeta. "
Fonte livro : VESENTINI, J. William ; VLACH, Vânia . Geografia Crítica , Geografia do mundo industrializado . Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2010 .
GEOGRAFIA Newton Almeida
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