O Tratado de Maastricht : O Tratado de Amsterdã : Integração Europeia : União Europeia : Geografia para 9º Ano Ensino Fundamental
Texto transcrito do Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do mundo industrializado . 9º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo: 2009.
" O
Tratado de Maastricht e o Tratado de Amsterdã
Em dezembro de 1991, os países membros do
MCE assinaram, na cidade de Maastricht, no sul dos Países Baixos, um tratado
que leva o nome da cidade, com o objetivo de reforçar a integração europeia por
meio da união monetária (moeda única) e de um futuro sistema único de defesa.
Em outras palavras, a integração política européia começava a se tornar
realidade.
As propostas do Tratado de Maastricht
repercutiram profundamente nas populações européias. Muitos povos ficaram no
início preocupados com a moeda única (pois todos têm orgulho de suas moedas
nacionais : a libra esterlina, o franco francês, o marco alemão, etc.) e
alguns também com a possibilidade de uma
força de defesa conjunta. Além disso, as populações se ressentiram do fato de a
integração européia poder eliminar ou descaracterizar a força política de
respectivos Estados-Nações, da qual não abrem mão. Por esse motivo, esse
tratado quase fracassou : em 1992, a população da Dinamarca disse não a ele em
um plebiscito e isso quase se repetiu na França, onde o sim venceu por uma
margem mínima de diferença.
Para contornar o problema, as autoridades
européias fizeram algumas modificações no Tratado de Maastricht, que acabou
sendo aceito na Dinamarca em um novo plebiscito realizado em 1993. A moeda
única e o Banco Central Europeu, previstos no Tratado de Maastricht,
tornaram-se realidade a partir de 1º de
janeiro de 1999. A nova moeda europeia – o euro – foi adotada, inicialmente por
doze países da União Europeia: Alemanha, França, Itália, Irlanda, Portugal,
Finlândia, Áustria, Países Baixos, Luxemburgo, Bélgica, Espanha e Grécia. Até dezembro de 2001, o euro foi apenas uma
referência para preços, contas bancárias e moedas nacionais. Somente a partir
de 1º de janeiro de 2002 as notas de euro entraram em circulação e, em julho de
2002, as moedas nacionais dos países que participam da experiência (o franco
francês, o marco alemão, a lira italiana, etc.) passaram a ser completamente
trocadas por notas de euro.
Em junho de 1997, os países membros da União
Europeia assinaram o Tratado de Amsterdã, que modificou o Tratado de Maastricht
e, entre outras medidas, deliberou que a colocação em prática das estratégias
de sua Política Estrangeira de Segurança
Comum (Pesc) será decidida pelo voto da maioria dos países, o que
eliminou o risco de um só país vetar uma decisão apoiada pelos demais. Por
outro lado, o Tratado de Amsterdã exige que os Estados da União Europeia ponham
em prática o “pacto de estabilidade e crescimento”, isto é, que diminuam o
déficit de suas administrações públicas.
Do ponto de vista internacional, a
integração europeia, tão desacreditada no início, acabou servindo de exemplo
para o resto do mundo. Com o seu sucesso, associações semelhantes – pelo menos
em parte, pois em nenhum outro lugar a unificação avançou tanto quanto na
Europa ocidental – surgiram em vários continentes : o Nafta, na América do
Norte, o Mercosul na América do Sul, a Apec, na Ásia e no Pacífico, etc. O
processo de unificação europeia, em especial a integração econômica, mostrou ao
mundo a importância de associações desse tipo. Elas incentivam o comércio
mundial e, dessa forma, a produção de cada país membro. Elas ampliam a
interdependência nas nações e podem ajudar, pelo menos em tese, na construção
de um mundo mais integrado e com menos conflitos.
As fotos abaixo mostram a sede do Parlamento
europeu e a bandeira da União Europeia. "
GEOGRAFIA Newton Almeida
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