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         "  A Reprodução das Bactérias

    A reprodução das bactérias se faz por bipartição simples (cissiparidade); a partir de uma única célula originam-se em poucas horas milhares de indivíduos geneticamente iguais, os clones. Em algumas espécies ocorrem processos sexuais, como por exemplo a conjugação, em que duas células se unem por uma fina ponte citoplasmática, podendo assim trocar DNA, o que resulta em maior variabilidade genética na descendência.

   Nas cianobactérias filamentosas, a reprodução pode se dar  pela formação de hormogônias, pequenos segmentos que se separam, originando novos filamentos, ou ainda pela formação de muitos esporos que, ao se destacarem, germinam, dando origem a novos filamentos.

   No gênero Anabaena, o filamento mostra um esporo e uma grande célula oval, chamada heterocisto, que armazena enzimas, responsáveis pelas reações de fixação do nitrogênio.  

Acima - fotomicrografia de Anabaena, filamento com esporo (a) e heterocisto (b); aumento de 400 x ; ( Cedoc ) . 

                   Os Esporos 

   Certas bactérias são capazes de produzir esporos, células resistentes que podem suportar altas temperaturas e desidratação  do meio em que se encontram. Essas bactérias podem concentrar rapidamente boa parte do protoplasma num dos pólos ou no meio da célula, formando ao  redor dele uma grossa e impermeável parede celular, originando-se assim um esporo esférico ou oval. 

   Destruída a bactéria que o produziu, o esporo permanece em dormência, sem manifestações vitais. Sob condições ambientais normais, ele rompe a grossa parede e cresce, transformando-se numa nova bactéria, ativa. 

   Alguns esporos suportam horas de fervura, dessecação, ação de desinfetantes e até radiações, podendo ainda permanecer no  solo, intatos, durante anos. São esses esporos que contaminam ferimentos profundos na pele e aí, em condições anaeróbias, originam as formas bacterianas vegetativas, com alta taxa de reprodução e causadoras de graves doenças, caso do tétano. 

Acima - fotomicrografia, colorida artificialmente, de bacilos do tétano (Clostridium tetani), com esporos nas extremidades (aumento : 1000 x) ; (Alfred Pasieka / Stock Photos)  .  

                    Cianobactérias 

   As cianobactérias vivem geralmente aglomeradas em colônias, em águas paradas, rasas, com poluentes orgânicos e junto aos sedimentos do fundo. Quando morrem, elas podem liberar na água várias toxinas. A mais  conhecida é a microcistina, liberada pela espécie Microcystis aeruginosa. 

   A ingestão de água contaminada pode provocar vômitos, dores de cabeça, dores abdominais e até a morte por lesão hepática e do sistema nervoso. Em geral, esse tipo de acidente não é  frequente, pois uma grande concentração dessas toxinas na água a deixa com odor forte e desagradável e, por isso, ela é rejeitada para o consumo. 

   Devido à eliminação de detergentes, fertilizantes e outros poluentes nas águas, estas se tornam ricas em nutrientes para as cianobactérias. A exagerada reprodução, torna as águas impróprias para o  bastecimento público, problema que vem se agravando no Brasil. 

Acima - fotomicrografia de cianobactérias filamentosas (Andrew Syred/SPL)   "

FONTE : Livro : Júnior, César da Silva ; Sasson, Sezar; BIOLOGIA 2 , CÉSAR e SEZAR ; Editora Saraiva, 8ª edição, São Paulo : 2005 .

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GEOGRAFIA Newton Almeida