quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Perguntas com Respostas de Geografia sobre O Esgotamento do "Modelo" Japonês para o 9º Ano do Ensino Fundamental





            Leia o texto com atenção e responda às perguntas. Após  cada pergunta você verá a resposta. 

                           Boa leitura e bom exercício

   
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             O Esgotamento do "Modelo" Japonês



         O "modelo" japonês de desenvolvimento, tão bem-sucedido dos anos 1950 até início dos anos 1990, parece ter se esgotado. Ele precisa de reformas urgentes para que o país volte a crescer como antes. Basicamente, a economia japonesa precisa deixar de ser essencialmente voltada para fora (para a exportação) e voltar-se para dentro, para o mercado interno.
      De fato, o grande segredo do enorme desenvolvimento japonês foram as exportações, as maiores do mundo durante várias décadas, que inundaram o mercado mundial com automóveis, produtos eletrônicos, motocicletas, relógios, etc. O Japão, por exemplo, chegou a ter a maior indústria automobilística do mundo nos anos 1980, e isso dispondo de menos da metade da população  - e do mercado consumidor - norte-americana. No entanto, a maior parte dessa produção japonesa era exportada, notadamente para os Estados Unidos. De cada dez carros neste último país na década de 1980, três eram japoneses. Isso chegou até a provocar a falência e o fechamento de centenas de fábricas automobilísticas nos Estados Unidos, pois os veículos japoneses eram melhores e mais baratos. Esse quadro, porém, começou a mudar desde o fim dos anos 1980, por vários motivos.
    Primeiro, os demais países industrializados começaram a copiar, adaptar e até a aperfeiçoar certos métodos japoneses de produzir com maior qualidade e menor custo. Os automóveis norte-americanos hoje, por exemplo, têm a mesma qualidade (ou até superior) e praticamente os mesmos preços que os japoneses. Logo, houve um reerguimento da indústria desse país e uma perda relativa do mercado para os carros japoneses. E o mesmo ocorreu com outros produtos - especialmente os eletrônicos -, que o Japão conseguia vender com alta qualidade e preços inigualáveis. As indústrias de outros países se modernizaram, e hoje a vantagem japonesa praticamente não existe mais. 
   Segundo, surgiram concorrentes importantes para as exportações japonesas. Inicialmente foram os chamados Tigres Asiáticos - Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura e a cidade de Hong Kong, hoje anexada à China -, que também passaram a exportar em grande quantidade produtos bons e baratos. Eles não incomodaram muito até os anos 1980, pois exportavam produtos que o Japão estava deixando de lado, como tecidos e roupas, brinquedos, etc. A partir dessa década eles passaram a exportar também automóveis, motocicletas, computadores, produtos eletrônicos (vídeos, gravadores, secretárias eletrônicas, aparelhos de fax, etc.) e outras mercadorias básicas para as exportações do Japão. E a partir dos anos 1990 entrou em cena outro competidor: a imensa China, com força de trabalho barata, disciplinada e com boa qualificação, matérias-primas abundantes e com preço baixo, recebeu enormes investimentos estrangeiros nessa década e começou a se tornar um dos maiores exportadores mundiais de produtos eletrônicos a preços baixos. 
        Outro desafio enfrentado pela economia japonesa foram as queixas dos demais países industrializados, especialmente os Estados Unidos (que tinham enormes déficits comerciais com o Japão), de que o Japão deveria importar mais do resto do mundo. Muitos Estados começaram a limitar as importações oriundas do Japão, pois exigiam uma contrapartida, isto é, que o Japão também comprasse produtos deles. Para continuar a exportar automóveis em grande quantidade para os Estados Unidos  ou a Europa, por exemplo, o Japão se viu obrigado a importar carros dessas regiões, algo difícil de ocorrer por causa do extremo nacionalismo da população japonesa, que prefere os produtos nacionais, mesmo quando são mais caros. Essa é uma questão ainda não resolvida, pois o Japão não consegue aumentar muito o consumo (logo, a importação) de produtos estrangeiros. Mas, sem isso, dificilmente voltará a ter produtos aceitos nos principais mercados do mundo.
     Por fim, a economia japonesa precisa depender menos do mercado externo, das exportações , e voltar-se mais para o mercado interno. Mas, a população japonesa não é tão grande quanto a norte-americana ou a europeia e, em média, consome bem menos que essas populações. Portanto, constitui um mercado consumidor bem menor que o dessas regiões do globo. O japonês costuma poupar mais do que o norte-americano ou o europeu. Se, por um lado, a poupança de uma parte da renda das pessoas é positiva, pois aumenta os recursos no setor bancário, que pode emprestá-los a juros baixos favorecendo o crescimento econômico, por outro, o excesso de poupança é negativo, pois limita o consumo e, consequentemente, a produção. O ideal é um equilíbrio, que não existe no Japão. Dessa forma, não há muito incentivo para as empresas se expandirem (uma empresa só se expande se houver consumidores dispostos a comprar os seus produtos). Com a diminuição das exportações, que foram o principal incentivo do crescimento japonês, o desafio agora é expandir o consumo interno para vender no próprio país aquela imensa produção que era, até o início dos anos 1990, em grande parte exportada. 

                                                                      "


   Fotos abaixo, modelos de alguns carros fabricados no Japão



Mazda Cosmo 110S de 1967





Datsun / Nissan Z-car de 1969






                                                 PERGUNTAS

1-   O que significa o "modelo" japonês?  


RESPOSTA  -   O "modelo" japonês significa as bases da economia do Japão que tiveram enorme êxito após a Segunda Guerra Mundial. 



2-    O que parece ter acontecido com o modelo econômico japonês? 


RESPOSTA - O modelo econômico japonês parece ter se esgotado, pois a economia não cresce mais como acontecia dos anos 1950 até o início dos anos 1990.  



3-  O  que é preciso acontecer para que a economia do Japão volte a crescer como antes? 


RESPOSTA  -  Basicamente, a economia japonesa precisa deixar de ser essencialmente voltada para fora (para a exportação) e voltar-se para dentro, para o mercado interno.



4-  Na sua opinião como é possível incentivar o mercado interno de um país? 


RESPOSTA   -  Para incentivar o mercado interno de um país é necessário aumentar a renda da população ou facilitar o acesso ao crédito. 



5-  Qual foi o grande segredo do enorme desenvolvimento do  Japão ? 


RESPOSTA  -   O grande segredo do enorme desenvolvimento japonês foram as exportações, as maiores do mundo durante várias décadas, que inundaram o mercado mundial com automóveis, produtos eletrônicos, motocicletas, relógios, etc. 



6-  Cite um exemplo do sucesso do desenvolvimento do Japão nos anos 1980. 


RESPOSTA  -  O Japão, por exemplo, chegou a ter a maior indústria automobilística do mundo nos anos 1980, e isso dispondo de menos da metade da população  - e do mercado consumidor - norte-americana.



7- A maior parte da produção industrial japonesa era exportada para qual país? 


RESPOSTA  -  Para os Estados Unidos da América. 



8-  Qual foi a consequência da enorme quantidade de produtos exportados pelo Japão, para um segmento específico da economia dos Estados Unidos


RESPOSTA   -    A quantidade de exportações do Japão era tão grande que de cada dez carros nos Estados Unidos, na década de 1980, três eram japoneses. Isso chegou até a provocar a falência e o fechamento de centenas de fábricas automobilísticas nos Estados Unidos, pois os veículos japoneses eram melhores e mais baratos.



9-   Explique quais razões fizeram com que o modelo japonês começasse a declinar, no final dos anos 1980? 


RESPOSTA   -       Primeiro, os demais países industrializados começaram a copiar, adaptar e até a aperfeiçoar certos métodos japoneses de produzir com maior qualidade e menor custo.

    Segundo, surgiram concorrentes importantes para as exportações japonesas. Inicialmente foram os chamados Tigres Asiáticos - Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura e a cidade de Hong Kong, hoje anexada à China -, que também passaram a exportar em grande quantidade produtos bons e baratos. 
       Terceiro, a partir dos anos 1990 entrou em cena outro competidor: a imensa China, com força de trabalho barata, disciplinada e com boa qualificação, matérias-primas abundantes e com preço baixo, recebeu enormes investimentos estrangeiros nessa década e começou a se tornar um dos maiores exportadores mundiais de produtos eletrônicos a preços baixos. 


10-  Na opinião do autor do texto, o que é importante para que a economia do Japão volte a crescer nos níveis do que acontecia nos anos 1950 a 1990 ?


RESPOSTA  -   A economia japonesa precisa depender menos do mercado externo, das exportações , e voltar-se mais para o mercado interno.  Com a diminuição das exportações, que foram o principal incentivo do crescimento japonês, o desafio agora é expandir o consumo interno para vender no próprio país aquela imensa produção que era, até o início dos anos 1990, em grande parte exportada.



11-   Qual fator inerente à cultura do povo japonês inibe que o seu mercado interno expanda-se? 


RESPOSTA  -  O fator é que o povo japonês poupa muito e compra pouco.  
      O japonês costuma poupar mais do que o norte-americano ou o europeu. Se, por um lado, a poupança de uma parte da renda das pessoas é positiva, pois aumenta os recursos no setor bancário, que pode emprestá-los a juros baixos favorecendo o crescimento econômico, por outro, o excesso de poupança é negativo, pois limita o consumo e, consequentemente, a produção. O ideal é um equilíbrio, que não existe no Japão. Dessa forma, não há muito incentivo para as empresas se expandirem (uma empresa só se expande se houver consumidores dispostos a comprar os seus produtos).                                                                                
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GEOGRAFIA Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br




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