quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O Que Foi a Revolução Industrial - Novas Maneiras de Produzir - Taylorismo, Fordismo e Toyotismo

      Você sabe que a Geografia está sempre atenta às formas como as sociedades humanas relacionam-se entre si e também como elas relacionam-se com o ambiente que as cercam. Quando surge algo muito diferente nesses complexos e amplos relacionamentos ocorre um novo paradigma, que desperta o interesse de pesquisadores, estudiosos e das ciências, entre elas a Geografia. 
        Um exemplo de um novo paradigma, um acontecimento marcante que transformou a maneira de produzir bens utilizando máquinas movidas a vapor,  foi a Revolução Industrial; que também revolucionou os transportes,  com as locomotivas e os barcos movidos pela força do motor a vapor. Antes da Revolução Industrial, a fabricação de artigos e utensílios era realizada pelos chamados artesãos. O artesão utilizava ferramentas simples para fabricar sapatos, panelas, cadeiras, para obter tecidos a partir de fios de linhas, dominando, portanto, todas as etapas do trabalho. 
        Até que teve início a Revolução Industrial, lá pelo meio do século XVIII, no ano de 1750 (caso você tenha alguma dúvida sobre a contagem dos séculos, clique aqui para entender). 
Em uma indústria, ou fábrica, introduzida após a Revolução Industrial,  os artesãos foram substituídos por máquinas e por funcionários especializados em etapas específicas dos processos de produção. Isso fez com que a quantidade de bens produzidos aumentasse bastante, trazendo enormes lucros aos donos das fábricas. 
         O que foi a Revolução Industrial? 

        A Revolução Industrial foi um conjunto de mudanças, ocorridas, inicialmente na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII,  que marcaram o início da mecanização industrial, ou o surgimento das fábricas, que depois  foram se espalhando por toda a Europa.

        As máquinas das primeiras fábricas funcionavam como? 

    Naquela época ainda não existia a energia elétrica. As máquinas das primeiras fábricas eram movidas por motores a vapor, após o aquecimento de água em caldeiras, a partir da queima do carvão mineral. Portanto, uma das marcas visuais da Revolução Industrial são as fábricas com suas chaminés exalando muita fumaça.   

             
                           Novas Maneiras de Produzir
      O capitalismo é o sistema econômico que mais beneficia o surgimento de novos processos de produção, pois está  sempre investindo em pesquisa, à procura de inovações e de novos produtos ou novas maneiras de produzir a menor custo e maior produtividade, a fim de aumentar os lucros. Diante disso, no decorrer do tempo, surgiram diversos modelos e sistemas de produção industrial, um  sempre superando o outro de acordo com o momento histórico e suas respectivas necessidades.
                                  O  Taylorismo
      No início do século XX (1901 - 2.000) o estudioso (engenheiro e administrador) Frederick Taylor observou que os trabalhadores eram  pouco concentrados no trabalho e também não recebiam a orientação devida. Então Taylor dedicou-se a estudar 'os tempos e movimentos' de cada tarefa dos processos de produção. Além disso, Taylor relacionou  o pagamento dos salários à correta execução da tarefa em um tempo mínimo,  mas Taylor pregava a importância  de se aumentar os salários, pois entendia que, assim como o    patrão,
os trabalhadores também deveriam prosperar, premiando aqueles que atingissem maior eficiência. O trabalhador, porém, era tratado como uma máquina, um especialista em uma única tarefa. 
    Em 1911 Taylor lançou o livro Princípios da Administração Científica, o qual propunha:
   - substituição dos métodos empíricos e improvisados por métodos científicos e testados (planejamento);
      - importância de selecionar os trabalhadores pelas suas melhores aptidões e treiná-los para cada cargo (seleção e preparo);
     -  constante supervisão do trabalho executado para saber se está seguindo o padrão estabelecido (controle);
      -  o  trabalhador é treinado para ser um especialista em uma etapa do processo de fabricação do produto (especialização).

                                     O Fordismo

    Essa modalidade de produção foi criada a partir do Taylorismo, com seu mentor Henry Ford. Sua inovação foi desenvolvida em sua própria indústria de automóvel, a Ford Motor Company (fundada em 1903 em Detroit, Estados Unidos), baseada na especialização da função e na instalação de esteiras sem fim na linha de montagem, à medida que o produto se deslocava na esteira o trabalhador desenvolvia sua função.
Com isso, visava diminuir o tempo gasto no trabalho, aumentar a produtividade, diminuir o custo de produção e, principalmente, realizar a produção em massa para atender às grandes necessidades de  consumo. 
     Esse processo de fabricação inovador ficou conhecido como linha de montagem e alcançou uma produtividade fantástica, com a fabricação de um automóvel (Ford Modelo T) em apenas 98 minutos. Um dos destaques do Fordismo foi o pagamento de altos salários aos funcionários (5 dólares por dia,  em  1914). 

                                    O  Toyotismo

    Sistema de produção criado no Japão que tinha em sua base a tecnologia da informática e da robótica,  na década de 1970, e primeiramente foi usado na fábrica da Toyota. A fábrica de automóveis Toyota utilizou um sistema de produção orientado para a demanda, o Just in Time, ou seja, sua linha de montagem fabricando automóveis, com tempo programado, na quantidade exata requisitada pelos clientes, primando pela qualidade e evitando os desperdícios.
Além disso, no Toyotismo, o trabalhador não fica limitado a uma única tarefa, o operário desenvolve diversas atividades na produção. 

 



           
                     

GEOGRAFIA Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial