terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Tsunami no Brasil? Muito Improvável Porém Não Impossível

    
Geografia Newton Almeida

Imagem acima: foto-montagem, que circula pela internet, sobre o risco de um tsunami atingir o  Rio de Janeiro (praia de Ipanema).

      As pessoas demonstram muita curiosidade e interesse sobre as catástrofes naturais que acontecem, volta e meia, lembrando da pequenez humana diante das forças da natureza. O medo diante de alguma possível tragédia é fortalecido nos dias atuais, em que as imagens dos fatos são veiculadas em instantes, ao redor do mundo. 

                   O que É um Tsunami? 

     A palavra TSUNAMI vem do japonês: ' tsu ' significa porto e ' nami ' quer dizer onda.  O tsunami é um fenômeno definido como uma série de grandes ondas oceânicas geradas a partir de determinados processos, tais como: tremores sísmicos ou terremotos no assoalho oceânico, atividades vulcânicas, deslizamento com grandes avalanches submarinas em áreas de talude ou até impacto de meteoritos.  
      Se perguntássemos a qualquer pessoa, mesmo bem informada, há 20 anos atrás, o que é um tsunami, com certeza não haveria resposta, pois esse fenômeno era desconhecido, exceto no caso de quem estuda ou pesquisa as ciências geográfica, geológica, oceanográfica, entre outras. Isso mudou a partir do dia 26 de dezembro de 2004, em virtude do tsunami de enormes proporções que dizimou o litoral da Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia, principalmente, além de outros 10 países. Ondas de até 30 metros de altura deixaram uma devastação sem precedentes e mais de 230 mil mortes. 
Geografia Newton Almeida


 
       Qual é a diferença entre um Tsunami e uma onda enorme ou gigante? 
Geografia Newton Almeida
       Para ser considerado um tsunami, a onda precisa ter entre 10 e 500 km de comprimento (distância entre duas cristas ou dois cavados consecutivos), tendo um período de formação relativamente lento, de alguns minutos ou até meia hora, em comparação ao período de até algumas dezenas de segundos das ondas marítimas “normais”. Assim, momentos antes de elevar-se e atingir a costa, devido ao grande comprimento de onda, o tsunami provoca um rebaixamento do nível do mar que recua significativamente, o que pode servir de aviso silencioso para a população procurar rapidamente áreas elevadas. Esta característica torna o tsunami muito diferente das outras ondas, mesmo as observadas durante tempestades.

          Qual é a velocidade do Tsunami?  
      A velocidade da onda tsunami depende da profundidade do oceano. Essa onda pode se propagar tão rápido quanto um avião a jato (em torno de 965 km/h) sobre águas profundas, apenas reduzindo quando alcança águas rasas. Essa onda também possui pequena amplitude (altura) de alguns poucos centímetros em alto mar, sendo de difícil detecção por quem navega em águas profundas. Assim, alguém que esteja em um barco em alto mar, ou mesmo a algumas centenas de metros da costa, pode simplesmente não perceber a passagem de um tsunami.   No entanto, ao se aproximar da costa, é quando o tsunami se torna perigoso. A onda diminui sua velocidade para 30-40 km/h, se comprime e cresce em altura, podendo atingir mais que 30 m de altura, invadindo violentamente a praia.
Geografia Newton Almeida


      Tsunami no Brasil?  Muito Improvável Porém Não Impossível !

     Existem dois registros históricos sobre a ocorrência de onda gigante e destruidora, um tsunami, no litoral do Brasil:

  1-  O primeiro reporta ao final do  ano de 1541 (século XVI), onde uma onda gigante atingiu a primeira vila do Brasil, São Vicente, no litoral de São Paulo. Uma única onda, de quase 10 metros, avançou terra adentro por até 150 metros, destruiu construções, deixando a Igreja Matriz submersa.  

Geografia Newton Almeida
 2-  O segundo teria sido gerado a partir de um terremoto em Lisboa (Portugal), em 1755 (século XVIII),  um tsunami que matou 30 mil pessoas. Cartas enviadas à corte portuguesa pelos governadores da Paraíba e Pernambuco registraram a chegada de grandes ondas ao Brasil, relatando a destruição de casas e galpões e o desaparecimento de 2 pessoas, após o fenômeno. 
Geografia Newton Almeida      A grande maioria dos cientistas descarta a possibilidade de acontecer um tsunami no Brasil,  apesar  de  acontecerem  tremores de terra em nosso país, com epicentro na Cordilheira Meso-Atlântica (imagem ao lado), pois não é uma região de encontro de placas tectônicas (sul-americana e africana) e sim de afastamento, tornando impossível a formação de um tsunami. 
      Será mesmo impossível? Infelizmente não há como descartar totalmente essa possibilidade. Pois além dos tremores ocasionados na dorsal meso-atlântica existe a possibilidade de que um meteoro caia no oceano ou em superfície próxima ao litoral, ou ainda que aconteça algum deslizamento de terra que possa empurrar massas de água, mesmo muito distantes, irradiando um mega-tsunami que alcance o Brasil. Essa é uma hipótese menos improvável de acontecer, pois o vulcão Cumbre Vieja, localizado na Ilha La Palma, das Ilhas Canárias (costa oeste da África), pode entrar em erupção e deslocar gigantescas encostas da ilha, segundo os estudiosos. 
Geografia Newton Almeida
     Imagem acima: um possível  tsunami (vermelho) irradiado a partir da Ilha de La Palma (Ilhas Canárias).

     A maior segurança de que o Brasil não será surpreendido por um mega-tsunami diz respeito a investimentos para formação de especialista e cientistas, pois o planeta Terra está em constante dinâmica de suas forças imensamente poderosas,  além de corpos celestes que podem ser atraídos pelo campo gravitacional.  Investir em educação e conhecimento é o melhor caminho para que vidas sejam salvas, já que em se tratando de catástrofes naturais vale como nunca a frase popular: 

             " é  melhor prevenir do que remediar " !

Geografia Newton Almeida





Geografia Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial