terça-feira, 10 de abril de 2018

O Que É a Geografia do Desenvolvimento?



      Países Desenvolvidos x Países Subdesenvolvidos (destaque para o Brasil)


      A Geografia do desenvolvimento busca entender o processo de mudança que afeta a vida das pessoas para melhor. O subdesenvolvimento assola a maior parte dos países do mundo, trazendo um drama diário de privações às suas populações. Após a Queda  do Muro de Berlim (1989), que marcou o declínio do comunismo, teve iníco uma Nova Ordem Mundial, com o fim da Guerra Fria e da bipolaridade: Estados Unidos x União Soviética. A busca atual é fazer com que o sistema capitalista garanta maior desenvolvimento, diminuindo as diferenças sociais, erradicando a miséria e fome no mundo, e garantindo a sustentabilidade às futuras gerações.

      O Que É a Geografia do Desenvolvimento?

     A Geografia do desenvolvimento é o estudo da qualidade de vida que os países oferecem aos seus cidadãos; a geografia do desenvolvimento tem por objetivo entender os processos que levaram ao êxito dos países mais desenvolvidos, e fazer com que o conhecimento dos acertos possam acabar com os erros cometidos pelos governos dos países ainda subdesenvolvidos.    
   Os países desenvolvidos se valem do subdesenvolvimento dos outros para manterem-se na prosperidade? Os ricos, que dominam o cenário econômico e político mundial, têm real interesse no desenvolvimento dos mais pobres? 
   


     Desenvolvimento refere-se à condição de países que atingiram a maturidade social, política e econômica. Isto significa, na prática, que se consolidou nestas nações um sistema político que estimula a participação dos cidadãos nas decisões de interesse coletivo, dentro de uma ordem institucional democrática e republicana, e independente do viés  dos grupamentos políticos que estejam se alternando no poder. As instituições estão consolidadas tanto na letra da lei, quanto na cultura estabelecida, sendo  reconhecidas e defendidas publicamente por todos. 

      Além dos Estados Unidos, a gente poderia muito bem ter uma imagem da Inglaterra,
 da Alemanha, da França, do Japão, de países ricos, desenvolvidos, bem estabelecidos politicamente, economias estáveis. Lógico que todos estão sujeitos a intempéries. Nós tivemos a crise no mundo, em 2008, 2009, que afetou a economia do mundo. Então, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa os efeitos foram sentidos por muitas pessoas,  e houve uma desestabilização, mas no geral as instituições são tão fortes que elas se mantém. 

Imagem: Tóquio, Japão. 



    Elas sobrevivem até mesmo nos percalços das crises, como a mencionada em virtude da bolha do mercado financeiro. Bom, são características, ressalto, estabilidade política, financeira, estabilidade cultural, todos esses aspectos garantem permanência às instituições, e sustentam os países dentro de um cenário, em que poucos atingiram esse grau de estabilidade. 
     Essas nações se caracterizam por um forte uso de tecnologias de ponta.  A economia desses países é diversificada, com forte atuação global, contando com alto grau de mecanização e informatização que lhes garante maior produtividade no campo e nas indústrias. Concentrando a maior parte de sua população economicamente ativa, hoje, em atividades relacionadas aos serviços e ao comércio. Há estímulo constante à pesquisa e busca-se estabelecer um estado de bem estar social, legando qualidade no atendimento em saúde, educação, segurança, entre outros quesitos fundamentais para a vida humana. Temos uma estabilidade que garante apoio, esclarecimento, participação política, possibilidade de trabalho. Há desemprego? Sim, como em todos os países, mas as políticas internas subsidiam a população, para que ela não careça de estímulo, de possibilidades. O investimento em educação, em saúde, especialmente nos países europeus, é muito forte. Nações como Suécia, Finlândia, Dinamarca, atingiram uma plenitude, um grau de  maturidade altíssimo, na questão do Estado de Bem Estar Social. 
   A Alemanha (imagem acima, Colônia na Alemanha) é outro exemplo de um país maduro, desenvolvido, economicamente influente, e a cada nova avaliação, percebe-se, estar ainda mais preparado aos desafios que se põem  a todas as nações. 
      Agora vamos falar daqui a pouco dos subdesenvolvidos. Antes, vamos ver uma palavra de um especialista, do economista Luiz Carlos Bresser Pereira, sobre desenvolvimento. Especificamente sobre a questão do Brasil.
   ' O Brasil continua, portanto, injusto e subdesenvolvido. A cura para esse duplo mal, pobreza e desigualdade, é o desenvolvimento econômico, que ocorreu de maneira muito forte entre 1930 e 1980, quando o país realizou sua revolução nacional e industrial - os dois componentes da revolução capitalista. O desenvolvimento econômico é um processo histórico de crescimento  da produtividade e dos padrões de vida da população, causado pela sistemática utilização do excedente econômico na acumulação de capital e no progresso técnico. Ocorre a partir da revolução capitalista, porque só foi a partir dela que o reinvestimento do excedente econômico (a produção que excede o consumo necessário) na produção e a incorporação sistemática do progresso técnico tornaram-se realidades históricas. Essa foi a experiência de todos os países hoje considerados desenvolvidos ou ricos - Bresser Pereira  '
     O problema é que o Brasil (imagem acima do Rio de Janeiro), especificamente, apesar de ter vivido, entre os anos 1930 e 1980, o surgimento e a consolidação da sua indústria de base, tendo trazido investimentos que geraram o surgimento de infraestrutura básica para a maturação da economia brasileira, ele não teve uma continuidade de investimentos, e ele não teve suporte das estruturas democráticas, principalmente no período de vigência da ditadura militar. Teve que reiniciar seus ciclos políticos a partir da redemocratização de 1985, o que leva um tempo. Os anos 80 do Brasil são considerados como uma década perdida, onde o crescimento foi muito baixo, próximo de zero, enquanto que os concorrentes internacionais estava expandindo suas ações. Esses retrocessos acabaram por impedir o Brasil de atingir o status de país desenvolvido, ainda estamos pouco distante disso. Já melhoramos no campo político e há melhorias no campo social e econômico, mas ainda estamos distantes do grau de país desenvolvido. 
(Imagem: Paraisópolis na cidade de São Paulo - SP)

    



Geografia Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br

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