Geografia: As Três Revoluções Industriais
A Revolução Industrial, um dos acontecimentos que estão na origem da sociedade moderna e que também definiram as regras da economia de mercado, teve início na Inglaterra, no século XVIII, e no século XIX atingiu outros países: França, Alemanha, Estados Unidos, Japão, Rússia, etc. Essa revolução não se restringiu aos aspectos econômicos: ela provocou profundas transformações em todos os setores da vida humana.
A concorrência, um dos elementos mais importantes para o funcionamento da economia de mercado, foi consagrada pela Revolução Industrial. À medida que iniciou o desenvolvimento da indústria, a Inglaterra pode dominar o mercado internacional com seus produtos industrializados praticamente exclusivos.
A produção em série e em larga escala, com base na utilização de máquinas (a vapor, cujo combustível era o carvão mineral) até então desconhecidas, permitia aos ingleses oferecer produtos de qualidade a baixo custo, isto é, vender bens industrializados por preço relativamente baixo.
Dessa maneira, a Inglaterra monopolizou, pelo menos até meados do século XIX, o desenvolvimento da tecnologia. Inúmeros países europeus e principalmente de outros continentes passaram a importar produtos ingleses industrializados e a exportar para a Inglaterra produtos primários: alimentos para sua população em rápido crescimento e matérias-primas para garantir o funcionamento das fábricas.
A Inglaterra, em meados do século XVIII, ao especializar-se na produção industrial, adquiriu o monopólio do desenvolvimento tecnológico. Ao mesmo tempo, impôs a grande número de países a condição de produtores de gêneros alimentícios e de matérias-primas, principalmente minerais. É nesse sentido que se afirma que a Inglaterra definiu uma divisão do trabalho entre quase todos os países da superfície da Terra, a chamada divisão internacional do trabalho.
Segunda Revolução Industrial
A partir da segunda metade do século XIX (1850), a industrialização expandiu-se para França, para a Alemanha, Rússia, Japão e Estados Unidos, diminuindo a hegemonia inglesa. Iniciava-se uma nova fase da produção industrial, que ficou conhecida como Segunda Revolução Industrial. A nova etapa da industrialização caracterizou-se pelo domínio do petróleo e eletricidade, pela invenção do motor a combustão, do automóvel, do telefone e do telégrafo, inovações tecnológicas que possibilitaram um grande aumento da produção industrial.
Terceira Revolução Industrial
O desenvolvimento da eletrônica e o surgimento da informática, a partir da década de 1970 (século XX), possibilitaram a introdução de novas técnicas de produção. Iniciou-se, assim, uma nova fase da indústria, conhecida como Terceira Revolução Industrial.
As novas tecnologias da revolução técnico-científica, ou Terceira Revolução Industrial são: informática; telecomunicações; robótica; biotecnologia; engenharia genética.
A partir dessas novas tecnologias o processo de globalização facilitou a descentralização industrial, pois esse é o objetivo do capitalismo: a busca de novos mercados. A globalização é o aumento dos fluxos de mercadorias e informação, permitindo o avanço do capitalismo. Nas últimas décadas do século XX, por causa da revolução técnico-científica, muitas indústrias dos países ricos passaram a transferir parte de suas fábricas para países mais pobres. Essas indústrias, em geral, são as que necessitam de grande disponibilidade de matéria prima e de fontes de energia, e de mão de obra barata e abundante. Por esses fatores, algumas nações subdesenvolvidas vêm se transformando em novos polos industriais. Isso só foi possível pela facilidade da comunicação global em tempo real, com os satélites e internet, permitindo a transferência tecnológica padronizada.
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