quinta-feira, 28 de junho de 2018

Tire suas Dúvidas Localização Coordenadas Geográficas

    

     As coordenadas geográficas são linhas imaginárias que determinam a localização de qualquer ponto da superfície terrestre, ou no espaço geográfico. O sistema é semelhante ao par coordenado (x,y) do plano cartesiano, sendo que as coordenadas geográficas utilizam as latitudes e as longitudes para a localização. 
   A distância das coordenadas geográficas são medidas em graus, minutos e segundos. Um grau corresponde a 60 minutos, e um minuto corresponde a 60 segundos.
     Latitude: São as linhas no sentido horizontal, também conhecidas como paralelos. O círculo máximo da esfera terrestre, na horizontal, é chamado de Linha do Equador.  
    O Equador corresponde à latitude 0°, dividindo o planeta em hemisférios Norte e Sul. As latitudes variam de 0 a 90°, tanto ao Norte quanto ao Sul. 

   Longitude: São as coordenadas geográficas que cortam a Terra no sentido vertical, também conhecidas como Meridianos. A distância das longitudes varia de 0° a 180°, nos sentidos Leste e Oeste. Como padronização internacional, adotou-se o Meridiano de Greenwich como ponto de partida, a longitude de 0°. Assim, tal meridiano divide a Terra em Ocidental (a Oeste) e Oriental (a leste). 
  O sistema de coordenadas geográficas permite localizar qualquer ponto na superfície da Terra . As coordenadas geográficas se referem a um conjunto de linhas imaginárias, os paralelos e os meridianos, que formam uma espécie de rede envolvendo todo o globo terrestre. 
     As coordenadas geográficas são definidas pelos valores de latitude e longitude, duas grandezas angulares, para aquilo que se quer localizar em qualquer lugar do planeta. 
Geografia Newton Almeida
     Para medir a latitude é necessário utilizar os paralelos, que são as linhas imaginárias traçadas ao redor do globo terrestre paralelamente à Linha do Equador. A Linha do Equador é o paralelo principal, e divide o globo terrestre em dois hemisférios (duas metades de esfera): Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. 
     Portanto, uma cidade, ou país, ou estado, ou uma pessoa, podem estar localizados no Hemisfério Norte, se estiverem ao norte da Linha do Equador, ou no Hemisfério Sul, se estiverem ao sul da Linha do Equador. Outros paralelos importantes são o Círculo Polar Ártico, o Círculo Polar Antártico, o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio. 
      Para medir a longitude é necessário utilizar os meridianos, que são linhas imaginárias traçadas ao redor do globo terrestre paralelamente ao Meridiano de Greenwich.   O Meridiano de Greenwich divide o globo terrestre em dois hemisférios (duas metades de esfera) :  Hemisfério Oeste (também chamado  de Hemisfério  Ocidental) e Hemisfério Leste (ou Hemisfério Oriental). O  Meridiano de Greenwich passa perto de Londres no Observatório Astronômico de Greenwich, e serve de referência para os fusos horários. Os meridianos passam sempre pelos polos. 
     Portanto, um país, ou cidade, ou um  bairro pode estar localizado no Hemisfério Oeste, se estiver a oeste do Meridiano de Greenwich, ou no Hemisfério Leste, se estiver a leste do Meridiano de Greenwich .
      Saber o que são paralelos e meridianos é um dos primeiros passos para entender o sistema de localização proporcionado pelas coordenadas geográficas. Quaisquer pontos  a serem localizados na superfície da Terra resultarão sempre do cruzamento entre um paralelo e um meridiano. Para comparação, seria como o cruzamento de duas ruas, necessário para localizar qualquer esquina. 
      Observe agora  nas figuras, abaixo,  a maneira com que são atribuídos os valores que definem as coordenadas de qualquer ponto na superfície terrestre, a partir da identificação de dois ângulos : o ângulo de latitude (distância, em graus, do ponto, que se quer localizar,  à Linha do Equador) e o ângulo de longitude (distância, em graus, do ponto ao Meridiano de Greenwich). 
Geografia Newton Almeida
        A latitude corresponde ao ângulo formado pelo ponto (P), que se quer localizar, o centro da Terra (C) e um ponto na Linha do Equador (Q). A medida desse ângulo é a distância em graus do paralelo onde P se encontra à Linha do Equador. Lembre de verificar, também, se o ponto está no Hemisfério Norte ou Sul, ou seja, se a latitude é norte ou se é latitude sul. No exemplo da figura a latitude, do ponto P é norte, ou seja, ele está localizado no Hemisfério Norte. Evidentemente que todos os pontos pertencentes ao paralelo que passa por P apresentam a mesma latitude.  Observe mais uma vez a figura e note que o mais distante que um ponto pode estar da Linha do Equador é 90 graus (ou 90 °), para o norte ou para o sul.   Por convenção,  a  Linha do Equador marca a latitude  de  0° . 
         A longitude, por sua vez, é dada pelo ângulo formado pela interseção, no eixo de rotação da Terra, entre o plano que contém o meridiano que se quer localizar e o plano do meridiano principal (de Greenwich). A longitude pode ser obtida no plano da Linha do  Equador, medindo o ângulo formado pelos pontos P, C e Q, resultantes dos cruzamentos, com o plano da Linha do Equador,  do meridiano do ponto, do eixo de rotação e do meridiano principal. Evidentemente todos os pontos pertencentes ao mesmo meridiano terão a mesma longitude. Por convenção, o Meridiano de Greenwich marca a longitude de 0° . As longitudes poderão variar de 0° a 180° para o leste e o mesmo para o oeste. Lembre de observar se o ponto está no Hemisfério Oeste ou no Hemisfério Leste, no caso da figura, o ponto P está no Hemisfério Oeste ou Ocidental, ou seja está localizado a oeste do Meridiano de Greenwich. 

                        Prêmio da Longitude 
    Fonte : Livro Geografia do Mundo ; Carvalho, Marcos Bernardino de ; Pereira, Diamantino Alves Correia ; Editora FTD ; São Paulo ; 2009; 8º ano)
   Em 16 de junho de 1714, o parlamento inglês aprovou um decreto. Em um de seus trechos: 
                " ... fornecer um prêmio em dinheiro para quem determinar a longitude ... " . Esse decreto ficou conhecido como o Prêmio da Longitude.  
   Estabelecendo quantias que variavam de 10 mil a 20 mil libras, dependendo da contribuição técnica de cada candidato ao prêmio, o ato pretendia resolver um dos grandes empecilhos à expansão marítima do império inglês: a questão de como determinar com precisão a longitude de qualquer ponto da superfície terrestre.
   Quase cinquenta anos depois, em 1761, o prêmio máximo de 20 mil libras foi finalmente distribuído quando um inglês, John Harrison, apresentou sua invenção: um relógio de bolso com doze centímetros de diâmetro, logo batizado de cronômetro. As 20 mil libras foram repartidas entre vários outros pesquisadores, cujas contribuições foram consideradas como etapas que permitiram a Harrison chegar ao seu invento. 
      O sistema de coordenadas geográficas já era conhecido há bastante tempo. Graças a Hiparco, um astrônomo grego do século II, que pela primeira vez propôs a divisão da circunferência terrestre em 360 graus, estabelecendo aquela rede de meridianos e paralelos que nos permite fornecer as latitudes e as longitudes de qualquer ponto. A questão que permaneceria ainda insolúvel durante séculos seria a definição dessas coordenadas em situações reais, fora dos mapas e dos lugares conhecidos, como em trajetórias de navegação, por exemplo. 
     A determinação das latitudes já se fazia com razoável precisão, desde tempos muito antigos, observando trajetórias aparentes de astros que pudessem ser adotados como referências, tais como a Estrela Polar ou o Sol. Como se sabe, os raios solares atingem a superfície terrestre em diferentes ângulos de incidência, variáveis conforme as latitudes dos lugares.  
     A dificuldade maior, no entanto, residia na determinação da longitude, pois isso só seria possível comparando a hora do meridiano de origem com a hora de um local qualquer, considerando-se que 15 graus de deslocamento correspondem a uma hora. 
   O fato é que, até aparecer o cronômetro de Harrison, nenhuma forma de medição do tempo conseguia conservar a hora de origem em navegações de longas distâncias, por exemplo. Até então, só era possível, com segurança, medir quanto se estava navegando para o norte ou para o sul. Mas, para adquirir a mesma segurança em relação às direções leste e oeste, seria preciso fazer um relógio que não só fosse fácil de manejar e transportar, mas que, sobretudo, tivesse um mecanismo capaz de funcionar pelos longos períodos de tempo que duravam as viagens, ou seja, que fosse resistente à maresia e cujo funcionamento, independentemente da condição do mar, não se abalasse. E esse não era o caso dos antigos e pesados relógios que, além de suas engrenagens expostas à ação do tempo, dependiam de pêndulos para funcionar. 
        Solucionado o problema da longitude e apesar de algum aprimoramento técnico, observar astros, contar horas e realizar os inúmeros cálculos necessários para determinar as coordenadas de um ponto permaneceram como procedimentos rudimentares durante séculos. 
       Somente há pouco menos de trinta anos, com a implantação de um sistema desenvolvido pela marinha dos Estados Unidos, é que houve uma radical mudança na tecnologia empregada para determinar as latitudes e longitudes. Trata-se do Sistema de Posicionamento Global, que é também conhecido por sia sigla em inglês GPS (Global Positioning System). 
       Inicialmente  desenvolvido para cumprir objetivos militares, o GPS foi franqueado para uso público e irrestrito a partir de 1980. O sistema é suportado tecnicamente por uma rede de 24 satélites em órbita da Terra. Por dia, cada um deles dá dois giros completos em nosso planeta.  Basta uma conexão com três satélites para estabelecer latitudes e longitudes e com quatro para obter também a altitude do lugar. 
        Os satélites estão a uma distância de aproximadamente 20 mil quilômetros da Terra, levam 12 horas para realizar um órbita e realizam as órbitas em seis diferentes planos. Todos esses ítens foram calculados de modo a permitir que em qualquer lugar da Terra se possa, quase instantaneamente, estabelecer conexão com um número suficiente de satélites que permitam ler nos aparelhos de GPS as coordenadas do lugar. 
    Hoje praticamente não há embarcação ou aeronave que não possuam tais aparelhos. Em outros veículos, incluindo os carros de passeio, o GPS também está  cada vez mais presente. 
     Mas o GPS tem muitas outras aplicações e benefícios. Dos limites entre países à demarcação de terras indígenas, ou dos limites de uma propriedade privada à delimitação do curso de um rio, muitas são as possibilidades de utilização do GPS. Ou seja, tais aparelhos têm proporcionado maior precisão na demarcação de todos os tipos de fronteiras e, consequentemente, têm facilitado o conhecimento e a localização dos diversos fenômenos geográficos.  
  (Fonte :  Fonte : Livro Geografia do Mundo ; Carvalho, Marcos Bernardino de ; Pereira, Diamantino Alves Correia ; Editora FTD ; São Paulo ; 2009; 8º ano)
   As coordenadas geográficas podem ser entendidas como o "endereço" geográfico  de cada  ponte, ou árvore, ou casa, enfim, de cada objeto fixo na superfície da Terra.    
      Antes de mais nada, o aluno precisa lembrar que todo dia o Sol nasce na mesma direção: Leste. Portanto, depois de saber onde está o Leste, todos as outras direções cardeias são também localizadas (lembre-se da Rosa-dos-Ventos). Aponte o braço direito para o Leste e você terá o Norte à sua frente, o Oeste estará na direção que seu braço esquerdo apontar, e o Sul estará atrás de você. 
       As coordenadas geográficas são, hoje em dia, facilmente indicadas pelo Sistema GPS , que também mostra a altitude de qualquer ponto. Os mapas também indicam as coordenadas geográficas e é importante que o aluno aprenda, entenda para poder utilizar esse conhecimento . 

       Leia com atenção o texto, transcrito do Livro : DANELLI, Sônia Cunha de Souza . Projeto Araribá , Geografia 6º ano  . Editora Moderna . 2ª Edição  .  São Paulo : 2007   .
      
                                    Bons estudos ! 

   "  A latitude e a longitude

   Quando observamos os paralelos e os meridianos em um mapa ou globo, temos a impressão de que a Terra está envolta em uma rede. Essa rede permite localizar com precisão qualquer lugar ou objeto na superfície terrestre e pode nos indicar a latitude e a longitude desse lugar.
   A latitude é a distância em graus de qualquer ponto na superfície terrestre em relação à linha do Equador. Todos os pontos que estão sobre o mesmo paralelo têm a mesma latitude. As latitudes variam entre 0°, na linha do Equador, e 90° ao norte ou ao sul desse paralelo.
    A longitude é a distância em graus de qualquer ponto na superfície em relação ao Meridiano de Greenwich. Todos os pontos situados sobre o mesmo meridiano têm a mesma longitude. As longitudes variam entre 0°, na linha de Greenwich, e 180°, para leste ou oeste dessa linha.   
   
          As coordenadas geográficas

   Estando em uma cidade, podemos localizar alguns lugares tomando como referência o cruzamento de duas ruas ou avenidas. Cada uma dessas vias seria um eixo, e o ponto em que ambas se cruzam seria a coordenada.
   Podemos fazer o mesmo com os paralelos (latitudes) e os meridianos (longitudes). O cruzamento ou encontro dessas linhas determina uma coordenada geográfica  que nos permite localizar com exatidão um ponto na superfície terrestre. Observe a figura abaixo. Tomando como exemplo a coordenada marcada com a letra A, concluímos que o ponto está a 60° de latitude norte e 30° de longitude leste.
   A latitude e a longitude fornecem o "endereço" geográfico dos pontos. 
Geografia - latitude e longitude : coordenadas geográficas
         Vamos continuar!  Vejam as latitudes e longitudes de todos os pontos do mapa acima! 

  A - Latitude  60º Norte; Longitude 30º Leste 
  
  B - Latitude  20º Norte; Longitude 30º Leste 

  C - Latitude  40º Norte; Longitude 60º Leste 

  D - Latitude  60º Sul; Longitude 150º Leste 

  E - Latitude  40º Norte; Longitude 90º Oeste 

  F - Latitude  20º Sul; Longitude 120º Oeste 

  G - Latitude  40º Sul; Longitude 90º Leste 


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