PROBLEMAS AMBIENTAIS
Um vídeo muito educativo comentando sobre os problemas ambientais urbanos, do Professor Marcus. Assista ao vídeo com atenção e depois responda às perguntas! Bons estudos! Bom exercício!
Perguntas com respostas sobre o vídeo acima!
1- Quais são as camadas da atmosfera?
RESPOSTA - A primeira camada (que nos cerca, onde estamos) é a troposfera, e depois: estratosfera; mesosfera; termosfera; exosfera.
2- O que é inversão térmica?
RESPOSTA - A inversão térmica é um fenômeno que ocorre quando as camadas mais próximas da Terra se encontram mais frias do que as mais afastadas ou superiores.
Normalmente quanto maior a altitude menor é a temperatura. O problema da inversão térmica é o acúmulo de poluentes, já que o ar frio é mais denso, impedindo a dispersão de gases tóxicos e poeira, tornando o ar que respiramos ainda mais poluído.
3- O que é a chuva ácida? Como ela se forma?
RESPOSTA - As chuvas, mesmo caindo em ambientes não poluídos, são sempre ligeiramente ácidas. Isso acontece devido à combinação de gás carbônico (CO²) e água (H²O), presentes na atmosfera, produzindo o ácido, carbônico (H²CO³), que dá às chuvas uma pequena acidez.
As chamadas chuvas ácidas causam graves problemas por resultarem da elevação anormal dos níveis de acidez da atmosfera, em conseqüência do lançamento de poluentes produzidos, em geral, por atividades urbano-industriais. As chuvas ácidas tratam-se de um fenômeno atmosférico causado, em escala local e regional, pela emissão de poluentes das indústrias , dos veículos que utilizam combustíveis fósseis e de usinas termoelétricas (usinas geradores de energia elétrica que utilizam combustíveis fósseis, como o carvão mineral e derivados do petróleo). Os principais responsáveis pelas chuvas ácidas são o dióxido de nitrogênio (NO²) e o trióxido de enxofre ( SO³ : é a combinação do dióxido de enxofre – SO², emitido pela queima de combustíveis fósseis, e do oxigênio - O² , presente na atmosfera).
A concentração de trióxido de enxofre aumentou na atmosfera como resultado da ampliação do uso de combustíveis fósseis nos transportes, nas usinas termoelétricas e nas indústrias. Cerca de 90% desse gás é emitido pela queima do carvão e do petróleo. No caso do dióxido de nitrogênio, pelo menos 70% dele é emitido por veículos automotores.
O problema da precipitação ácida tem crescido com o aumento da população e com a industrialização, abrangendo áreas crescentes do planeta, com destaque para a Índia , o leste e sudeste asiático. O uso de altas chaminés industriais para dispersar os gases emitidos tem contribuído para aumentar as áreas afetadas, já que os poluentes são lançados na circulação atmosférica regional, atingindo vastas áreas a sotavento do ponto de emissão.
Como se formam as Chuvas Ácidas? O trióxido de enxofre e o dióxido de nitrogênio ao serem lançados na atmosfera se combinam com a água em suspensão, transformando-se em ácido sulfúrico (H2SO4), ácido nítrico (HNO3) e nitroso (HNO²). Esses ácidos têm elevada capacidade de corrosão. São muito mais fortes do que o ácido carbônico, presente nas chuvas normais.
A ação corrosiva da chuva ácida foi observada, pela primeira vez, no século XVIII e desde então vem aumentando em intensidade. Em 1872, Robert Angus Smith, inspetor de saúde pública de Londres, escreveu o livro AR E CHUVA : Fundamentos de Uma Climatologia Química, no qual apontava a grande concentração de ácido sulfúrico no ar londrino, como resultado da queima do carvão e a conseqüente oxidação das peças de metal da cidade.
Além de causar a corrosão de metais, de pinturas e de monumentos históricos – alguns extremamente valiosos, como os monumentos gregos de Atenas – as chuvas ácidas provocam impactos ambientais, malefícios aos seres vivos, muitas vezes a centenas de quilômetros de distância das fontes poluidoras (por exemplo: acidificação de lagos da Escandinávia devido aos pólos industriais da Alemanha, França e Reino Unido, distantes centenas de quilômetros ).
4 - O que é a Ilha de Calor?
RESPOSTA - O ser humano altera o meio ambiente para suprir suas necessidades básicas de moradia e alimentação, e também para obter melhor qualidade de vida. Através do desenvolvimento da tecnologia, as sociedades humanas alteraram as paisagens naturais, de algumas regiões do planeta, transformando-as em cidades, os melhores exemplos de paisagens geográficas, ou culturais.
As cidades ocasionam o fenômeno Ilhas de Calor, o aumento da temperatura em dias de sol, devido à utilização de materiais que absorvem o calor com maior intensidade, como o asfalto das ruas e avenidas, o concreto das calçadase paredes de casas, o ferro das pontes e gradeamentos dos equipamentos urbanos, e o vidro presente em abundância nos prédios .
A Ilha de Calor também colabora para aumentar os índices de poluição nas zonas centrais das áreas urbanas. A Ilha de Calor é uma das mais evidentes consequências da ação do homem sobre o microclima de uma região. Em comparação com as áreas rurais, as temperaturas médias das cidades são mais elevadas. As variações térmicas, entre elas, pode chegar até a 7°C e ocorrem basicamente por causa das diferenças de irradiação de calor entre as áreas urbanizadas e as áreas verdes, e também por causa da concentração maior de poluentes (que bloqueiam a irradiação de calor da superfície) nas zonas centrais das grandes cidades. Citando como exemplo, a expansão da área urbana da cidade de São Paulo provocou um aumento de 1,3 ° C da temperatura média anual : 17,7 °C em 1920 para 19°C em 1995.
A substituição da vegetação por grande quantidade de casas e prédios, viadutos, ruas e calçadas pavimentadas faz aumentar significativamente a irradiação de calor para a atmosfera, em comparação com as zonas rurais, onde em geral, é maior a cobertura vegetal. Além disso, nas zonas centrais dos grandes centros urbanos é muito maior a concentração de gases e de materiais particulados lançados pelas descargas dos veículos. Esses materiais são responsáveis por um efeito estufa localizado, que colabora para aumentar a retenção de calor. A isso se soma o calor desprendido pelos próprios motores dos milhares de veículos, ou mesmo milhões, dependendo da cidade, acentuando o fenômeno das Ilhas de Calor.
Deve-se salientar, no entanto, que uma cidade pode ter vários picos de temperatura espalhados pela mancha urbana, caracterizando várias ilhas de calor. Uma região fortemente edificada e industrializada, como o eixo da Avenida Marginal Tietê, em São Paulo, apresenta picos de temperatura mais elevados do que da região da Avenida Marginal Pinheiros, ao longo da qual há bairros residenciais, como o Alto de Pinheiros e Morumbi, ainda com grandes áreas verdes.
A formação de Ilhas de Calor facilita a ascensão do ar, formando uma zona de baixa pressão. Isso faz com que os ventos soprem, pelo menos durante o dia, para essa área central, trazendo, muitas vezes, maiores quantidades de poluentes. Sobre a área central da zona urbana forma-se uma "cúpula" de ar muito poluído. No caso de São Paulo e de qualquer outra grande cidade com elevados índices de poluição, os ventos que sopram de zonas industriais periféricas, como as cidades do ABC, Osasco e Guarulhos por exemplo, rumo às zonas centrais da metrópole concentram ainda maiores quantidades de poluentes. Quando se está chegando à cidade vindo de municípios mais distantes, pode-se ver nitidamente uma "cúpula" acinzentada recobrindo-a.
5- Comente sobre o problema da ocupação desordenada e outros problemas urbanos do Brasil.
RESPOSTA -
A rápida urbanização que aconteceu no Brasil, sem planejamento, trouxe diversos problemas nas grandes e médias cidades.
A Urbanização no BrasilNo Brasil aconteceu um dos maiores processos de êxodo rural do mundo. A população do campo foi diminuindo e a população que vive nas cidades foi crescendo. Isso aconteceu, basicamente, porque as condições de vida no campo estavam menos atrativas ou mais difíceis, e o início da industrialização brasileira, a partir de 1930, ofereceu melhores oportunidades fazendo crescer os núcleos urbanos, ou cidades.
Esse processo de urbanização é consequência de mudanças na economia. Ao longo do século XX o perfil da economia brasileira foi se modificando: de predominantemente agroexportador, nosso país passou a ser também industrializado. Foi a industrialização que intensificou o processo de urbanização, pois a produção industrial favorece o crescimento das cidades.
Uma nova indústria (ou fábrica) atrai outras atividades para a região onde foi implantada. Os trabalhadores preferem morar próximo ao trabalho, portanto novas casas são erguidas, desenvolvendo a construção civil. Essas pessoas que passaram a circular na região precisam se alimentar, e logo surgem restaurantes, padarias. Depois é claro que aparecerão novas lojas, oficinas mecânicas, salão de cabeleireiro, cinemas, lan- houses, ou seja, o crescimento do setor secundário da economia vai atrair o setor de serviços, ou setor terciário da economia, também. O Brasil deixou de ser um país com economia predominantemente do primeiro setor (agropecuária, extração de matérias-primas) e desenvolveu também o segundo e o terceiro setor econômico, o que teve como consequência a urbanização no Brasil.
A urbanização brasileira, que ocorreu em seguida ao êxodo rural, não foi planejada, acarretando vários problemas, que atingem o espaço urbano do Brasil, principalmente nas grandes e médias cidades, que concentram parcela significativa da população. O estudo desses problemas é importante para o planejamento de políticas públicas que permitam o encaminhamento das suas soluções.
Veja, abaixo, um gráfico que mostra o crescimento da população urbana brasileira, que em 1940 somava quase 13 milhões de habitantes, sendo bem menor do que a população rural que somava quase 29 milhões de habitantes. Ao passo que no ano de 2.000 a população urbana registrava o número de 138 milhões de habitantes, enquanto que nesse mesmo ano de 2.000 a população rural somava apenas pouco mais de 31 milhões de pessoas. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), ao ano de 2050 a população urbana no Brasil estará somando pouco mais de 237 milhões de habitantes, quase 15 vezes a população rural que deverá somar pouco menos de 17 milhões de habitantes. Atualmente, o total de habitantes do Brasil é de cerca de 206 milhões (maio de 2016).
Problemas Urbanos no Brasil Moradias Precárias, as Favelas
Na maioria das grandes e médias cidades do Brasil, muitas pessoas vivem em moradias precárias. Quanto maior a parcela de pessoas pobres de uma cidade, tanto maior será o número de moradias em precárias condições. Esse problema é resultado de desigualdades sociais, construídas desde o período de colonização no Brasil, que tinha o objetivo claro de levar as riquezas para a metrópole Portugal, em detrimento do real desenvolvimento de uma nova nação.
As favelas são conjuntos de moradias aglomeradas, construídas utilizando-se técnicas e materiais frágeis, e geralmente em terrenos sujeitos a enchentes ou desmoronamentos, sobre córregos ou à margem de rios e nas encostas e topos de morros. De modo geral, as favelas não contam com coleta de lixo, rede de esgoto, ruas asfaltadas, iluminação, serviço dos correios, e outros. Além disso, devido à aglomeração das moradias nas favelas, a incidência de luz solar e a circulação de ar são dificultadas, o que torna as favelas ambientes insalubres.
Em décadas atrás a opinião pública defendia a erradicação das favelas, no Brasil. Mas, a quantidade delas cresceu muito, tornando isso impossível. Ao mesmo tempo, observou-se a necessidade de respeitar e procurar diminuir as dificuldades de vida das pessoas que não têm outra alternativa, senão de viverem em uma favela. Com isso, o termo favela está sendo substituído pela palavra comunidade, a fim de resgatar a auto-estima das pessoas que lá vivem. O termo comunidade humaniza a favela, fazendo lembrar que na favela vivem pessoas trabalhadoras que lutam para criar e educar seus filhos, mantendo laços de união com seus vizinhos, mantendo vivos traços culturais marcantes.
O esforço individual das famílias que vivem em favelas é significativo e vem conseguindo erguer moradias mais seguras e dignas. Programas sociais persistentes no Brasil, como o Bolsa Família, aliados ao crescimento progressivo do salário mínimo, vêm trazendo uma diminuição da desigualdade econômica no Brasil, o que reflete em melhorias nas condições de vida nas comunidades.
Se o aspecto visual arquitetônico foi pouco alterado, para quem observa de fora, dentro das moradias das comunidades as famílias puderam melhorar a sua alimentação e adquirirem eletrodomésticos e mobiliário.
É importante que sejam ampliados os programas de habitação popular pelos municípios, e também o Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, para dar a oportunidade de mudança das famílias, rapidamente, para um bairro. Ao mesmo tempo, as comunidades precisam receber os serviços de saneamento básico, para que definitivamente venham a se tornar bairros, e garantir condições dignas de vida aqueles brasileiros que lá vivem.
Infelizmente, a partir do ano de 2014, a economia do país entrou em crise, fazendo com o desemprego aumentasse significativamente e colocando em risco os avanços sociais recentes.
Mobilidade Urbana
Os moradores das grandes e médias cidades no Brasil gastam muito tempo no deslocamento diário da sua casa ao trabalho, já que o trânsito nas horas de pico fica congestionado. O investimento em transportes de massa, sistemas de trens e metrô, pode ser aliado a outras medidas simples, como o escalonamento de horários de entrada e saída dos trabalhadores, a fim de diminuir a saturação no trânsito. A partir de um entendimento entre o setores empresariais, poderia-se experimentar que as grandes empresas alternassem os turnos de seu funcionamento, a fim de que a ida e volta ao trabalho não se desse totalmente ao mesmo tempo. Outra medida administrativa que está aos poucos sendo implementada pelas empresas, é que o profissional realize suas tarefas de trabalho na própria residência, pela internet.
Um outro problema que vem crescendo, devido ao intenso tráfego nas rodovias são os acidentes envolvendo motociclistas, que fazem os números de atendimentos de politraumatismos crescerem nas emergências médicas das grandes cidades. A frota de motocicletas cresceu muito, como alternativa de deslocamento nos constantes engarrafamentos das grandes cidades, mas a imprudência e desrespeito às leis de trânsito têm levado a trágicos acidentes.
Poluição
A poluição do ar não afetou tanto as grandes cidades brasileiras, como aconteceu com outras tantas pelo mundo. Principalmente porque a matriz energética no Brasil utiliza os seus volumosos recursos hídricos. Na China, por exemplo, a poluição do ar é um gravíssimo problema, devido à queima do carvão, muito abundante lá, amplamente utilizado na geração de energia elétrica.
A principal fonte de poluição atmosférica, nas grandes cidades brasileiras é o escapamento das descargas dos automóveis, ônibus e caminhões e as indústrias. De maneira geral, a poluição atmosférica, diminuiu a partir do avanço das leis e normas ambientais. Uma indústria, por exemplo, para funcionar precisa obter a licença ambiental, devendo diminuir ou mesmo erradicar o lançamento de gases tóxicos ao ambiente. Os caminhões, ônibus e automóveis diminuíram muito a emissão de gases tóxicos, também por conta de maiores exigências para a diminuição do lançamento de poluição, devendo manter a frequente manutenção de seus motores.
Falta de Saneamento Básico As formas de poluição mais agressivas, que se mantém nos ambientes urbanos das grandes e médias cidades do Brasil, são o acúmulo de lixo e a descarga de esgotos domésticos nos rios e mananciais. Isso se deve à precariedade nos serviços de saneamento básico no Brasil.
A população brasileira, com raras exceções, joga ao chão todo o tipo de lixo, o que contribui para a proliferação de vetores de doenças e para as enchentes e alagamentos. Em cidades com precária coleta de lixo o problema se torna insuportável, inclusive exalando mau cheiro nas suas ruas.
Em muitas cidades do Brasil, o esgoto não recebe qualquer tipo de tratamento e acaba contaminando o solo, os rios, os oceanos e até mesmo os mananciais que abastecem as cidades com água. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), de 2006, cerca de 1,1 bilhão de pessoas no mundo não tem acesso à água potável e 2,4 bilhões não dispõem de condições sanitárias básicas. A consequência disso é o aumento do número de mortes por doenças como diarreia. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, em 2011, embora o Brasil esteja entre as 10 maiores economia do mundo, ocupa, ainda, a 112ª posição no quesito saneamento básico.
Ilhas de Calor nas Grandes Cidades Nas aglomerações urbanas em que há poucas áreas com vegetação, em geral ocorre o aquecimento da camada de ar mais próxima ao solo. Por causa desse fenômeno, chamado Ilha de Calor, os centros urbanos chegam a apresentar diferenças de até 10°C em relação às áreas vizinhas. O aumento da temperatura em dias de sol, se deve à utilização de materiais que absorvem o calor com maior intensidade, como o asfalto das ruas e avenidas, o concreto das calçadas e paredes de casas, o ferro das pontes e gradeamentos dos equipamentos urbanos, e o vidro presente em abundância nos prédios .
A Ilha de Calor é uma das mais evidentes consequências da ação do homem sobre o microclima de uma região. Em comparação com as áreas rurais, as temperaturas médias das cidades são mais elevadas. As variações térmicas, entre elas, pode chegar até a 7°C e ocorrem basicamente por causa das diferenças de irradiação de calor entre as áreas urbanizadas e as áreas verdes, e também por causa da concentração maior de poluentes (que bloqueiam a irradiação de calor da superfície) nas zonas centrais das grandes cidades. Citando como exemplo, a expansão da área urbana da cidade de São Paulo provocou um aumento de 1,3 ° C da temperatura média anual : 17,7 °C em 1920 para 19°C em 1995.
A elevação da temperatura em uma grande cidade, que chamamos de Ilha de Calor, é explicada pelo grande número de construções, uma vez que o concreto e o asfalto absorvem o mais o calor do Sol. Outro fato que contribui para a elevação da temperatura em grandes cidades é devido à concentração de gases poluentes, que são lançados na atmosfera por indústrias e automóveis, que contribuem para o aquecimento. Por fim, a Ilha de Calor é também formada pela dificuldade de a cidade dissipar os poluentes e o calor acumulado na sua atmosfera, pois a circulação do ar é barrada pelos prédios.
Na maioria das grandes e médias cidades do Brasil, muitas pessoas vivem em moradias precárias. Quanto maior a parcela de pessoas pobres de uma cidade, tanto maior será o número de moradias em precárias condições. Esse problema é resultado de desigualdades sociais, construídas desde o período de colonização no Brasil, que tinha o objetivo claro de levar as riquezas para a metrópole Portugal, em detrimento do real desenvolvimento de uma nova nação.
As favelas são conjuntos de moradias aglomeradas, construídas utilizando-se técnicas e materiais frágeis, e geralmente em terrenos sujeitos a enchentes ou desmoronamentos, sobre córregos ou à margem de rios e nas encostas e topos de morros. De modo geral, as favelas não contam com coleta de lixo, rede de esgoto, ruas asfaltadas, iluminação, serviço dos correios, e outros. Além disso, devido à aglomeração das moradias nas favelas, a incidência de luz solar e a circulação de ar são dificultadas, o que torna as favelas ambientes insalubres.
Em décadas atrás a opinião pública defendia a erradicação das favelas, no Brasil. Mas, a quantidade delas cresceu muito, tornando isso impossível. Ao mesmo tempo, observou-se a necessidade de respeitar e procurar diminuir as dificuldades de vida das pessoas que não têm outra alternativa, senão de viverem em uma favela. Com isso, o termo favela está sendo substituído pela palavra comunidade, a fim de resgatar a auto-estima das pessoas que lá vivem. O termo comunidade humaniza a favela, fazendo lembrar que na favela vivem pessoas trabalhadoras que lutam para criar e educar seus filhos, mantendo laços de união com seus vizinhos, mantendo vivos traços culturais marcantes.
O esforço individual das famílias que vivem em favelas é significativo e vem conseguindo erguer moradias mais seguras e dignas. Programas sociais persistentes no Brasil, como o Bolsa Família, aliados ao crescimento progressivo do salário mínimo, vêm trazendo uma diminuição da desigualdade econômica no Brasil, o que reflete em melhorias nas condições de vida nas comunidades.
Se o aspecto visual arquitetônico foi pouco alterado, para quem observa de fora, dentro das moradias das comunidades as famílias puderam melhorar a sua alimentação e adquirirem eletrodomésticos e mobiliário.
É importante que sejam ampliados os programas de habitação popular pelos municípios, e também o Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, para dar a oportunidade de mudança das famílias, rapidamente, para um bairro. Ao mesmo tempo, as comunidades precisam receber os serviços de saneamento básico, para que definitivamente venham a se tornar bairros, e garantir condições dignas de vida aqueles brasileiros que lá vivem.
Infelizmente, a partir do ano de 2014, a economia do país entrou em crise, fazendo com o desemprego aumentasse significativamente e colocando em risco os avanços sociais recentes.
Mobilidade Urbana
Os moradores das grandes e médias cidades no Brasil gastam muito tempo no deslocamento diário da sua casa ao trabalho, já que o trânsito nas horas de pico fica congestionado. O investimento em transportes de massa, sistemas de trens e metrô, pode ser aliado a outras medidas simples, como o escalonamento de horários de entrada e saída dos trabalhadores, a fim de diminuir a saturação no trânsito. A partir de um entendimento entre o setores empresariais, poderia-se experimentar que as grandes empresas alternassem os turnos de seu funcionamento, a fim de que a ida e volta ao trabalho não se desse totalmente ao mesmo tempo. Outra medida administrativa que está aos poucos sendo implementada pelas empresas, é que o profissional realize suas tarefas de trabalho na própria residência, pela internet.
Um outro problema que vem crescendo, devido ao intenso tráfego nas rodovias são os acidentes envolvendo motociclistas, que fazem os números de atendimentos de politraumatismos crescerem nas emergências médicas das grandes cidades. A frota de motocicletas cresceu muito, como alternativa de deslocamento nos constantes engarrafamentos das grandes cidades, mas a imprudência e desrespeito às leis de trânsito têm levado a trágicos acidentes.
Poluição
A poluição do ar não afetou tanto as grandes cidades brasileiras, como aconteceu com outras tantas pelo mundo. Principalmente porque a matriz energética no Brasil utiliza os seus volumosos recursos hídricos. Na China, por exemplo, a poluição do ar é um gravíssimo problema, devido à queima do carvão, muito abundante lá, amplamente utilizado na geração de energia elétrica.
A principal fonte de poluição atmosférica, nas grandes cidades brasileiras é o escapamento das descargas dos automóveis, ônibus e caminhões e as indústrias. De maneira geral, a poluição atmosférica, diminuiu a partir do avanço das leis e normas ambientais. Uma indústria, por exemplo, para funcionar precisa obter a licença ambiental, devendo diminuir ou mesmo erradicar o lançamento de gases tóxicos ao ambiente. Os caminhões, ônibus e automóveis diminuíram muito a emissão de gases tóxicos, também por conta de maiores exigências para a diminuição do lançamento de poluição, devendo manter a frequente manutenção de seus motores.
Falta de Saneamento Básico As formas de poluição mais agressivas, que se mantém nos ambientes urbanos das grandes e médias cidades do Brasil, são o acúmulo de lixo e a descarga de esgotos domésticos nos rios e mananciais. Isso se deve à precariedade nos serviços de saneamento básico no Brasil.
A população brasileira, com raras exceções, joga ao chão todo o tipo de lixo, o que contribui para a proliferação de vetores de doenças e para as enchentes e alagamentos. Em cidades com precária coleta de lixo o problema se torna insuportável, inclusive exalando mau cheiro nas suas ruas.
Em muitas cidades do Brasil, o esgoto não recebe qualquer tipo de tratamento e acaba contaminando o solo, os rios, os oceanos e até mesmo os mananciais que abastecem as cidades com água. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), de 2006, cerca de 1,1 bilhão de pessoas no mundo não tem acesso à água potável e 2,4 bilhões não dispõem de condições sanitárias básicas. A consequência disso é o aumento do número de mortes por doenças como diarreia. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, em 2011, embora o Brasil esteja entre as 10 maiores economia do mundo, ocupa, ainda, a 112ª posição no quesito saneamento básico.
Ilhas de Calor nas Grandes Cidades Nas aglomerações urbanas em que há poucas áreas com vegetação, em geral ocorre o aquecimento da camada de ar mais próxima ao solo. Por causa desse fenômeno, chamado Ilha de Calor, os centros urbanos chegam a apresentar diferenças de até 10°C em relação às áreas vizinhas. O aumento da temperatura em dias de sol, se deve à utilização de materiais que absorvem o calor com maior intensidade, como o asfalto das ruas e avenidas, o concreto das calçadas e paredes de casas, o ferro das pontes e gradeamentos dos equipamentos urbanos, e o vidro presente em abundância nos prédios .
A Ilha de Calor é uma das mais evidentes consequências da ação do homem sobre o microclima de uma região. Em comparação com as áreas rurais, as temperaturas médias das cidades são mais elevadas. As variações térmicas, entre elas, pode chegar até a 7°C e ocorrem basicamente por causa das diferenças de irradiação de calor entre as áreas urbanizadas e as áreas verdes, e também por causa da concentração maior de poluentes (que bloqueiam a irradiação de calor da superfície) nas zonas centrais das grandes cidades. Citando como exemplo, a expansão da área urbana da cidade de São Paulo provocou um aumento de 1,3 ° C da temperatura média anual : 17,7 °C em 1920 para 19°C em 1995.
A elevação da temperatura em uma grande cidade, que chamamos de Ilha de Calor, é explicada pelo grande número de construções, uma vez que o concreto e o asfalto absorvem o mais o calor do Sol. Outro fato que contribui para a elevação da temperatura em grandes cidades é devido à concentração de gases poluentes, que são lançados na atmosfera por indústrias e automóveis, que contribuem para o aquecimento. Por fim, a Ilha de Calor é também formada pela dificuldade de a cidade dissipar os poluentes e o calor acumulado na sua atmosfera, pois a circulação do ar é barrada pelos prédios.
5- Comente sobre o correto destino final do lixo e os problemas que um lixão a céu aberto acarreta ao meio ambiente.
RESPOSTA - Muitas incertezas rondam o futuro de nossa civilização. Ao longo dos anos, os problemas ambientais, como a crise da água, desertificação, incêndios florestais, poluição sob diversas formas, entre outros, parecem estar crescendo em velocidade exponencial obstante as medidas de mitigação adotadas pela legislação e gestão ambiental. A Geografia Ambiental surge dessa necessidade: encontrar soluções para restabelecer o equilíbrio ecológico e sustentabilidade, ao mesmo tempo buscando melhores indicadores socioeconômicos às parcelas da população excluídas do processo da globalização capitalista.
Destino Final de Lixo se Relaciona com Saneamento Básico?
O saneamento básico é essencial para o desenvolvimento e qualidade de vida. Seus indicadores costumam crescer à medida que cresce o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH de um país, um estado ou cidade.
O saneamento básico é o conjunto de quatro serviços essenciais prestados à população: coleta e destino final do lixo; drenagem das águas pluviais; tratamento de esgoto e fornecimento de água potável.
Inúmeros institutos de pesquisa afirmam que: para cada Real aplicado em saneamento básico são economizados 4 Reais no sistema de saúde. Eu (Newton Almeida) penso que esse cálculo é muito complexo, e portanto, não se trata de uma afirmativa exata. E isso acontece muito nos estudos e pesquisas da Geografia. A realidade está sempre sendo alterada, e qualquer estudo, sob o olhar da Geografia, possui uma exatidão relativa ao período, ou recorte de tempo, em que foi elaborado. Mesmo assim, eu (Newton) iria mais além, e aprimoraria a afirmativa: para cada Real investido em saneamento básico o Brasil economiza 10 Reais em saúde.
Sei que a afirmativa pode estar exagerada, mas tenho certeza de que reflete a realidade. Primeiramente é preciso estar claro que os recursos públicos aplicados em saneamento básico são investimentos. Quanto mais aplicarmos em saneamento básico mais estaremos investindo na saúde preventiva da população. Uma cidade com precariedade em saneamento básico está expondo a população à contaminação pelas doenças, principalmente de veiculação hídrica. Com as fortes chuvas, ou a partir dos alagamentos e enchentes, toda sujeira se dilui nas águas e a população acaba entrando em contato com as bactérias e micro-organismos que se proliferam na sujeira.
O que é Destino Final do Lixo?
A melhoria da renda das famílias faz com que consumam mais, fazendo aumentar o descarte do lixo. De maneira geral, cada pessoa costuma jogar fora cerca de 1 kg de lixo ao dia. Então chegaremos a uma dimensão gigantesca da quantidade de lixo gerada, em único dia, no Brasil, por exemplo, de 200 milhões de quilogramas (200.000.000 Kg), ou 200.000 toneladas. Um caminhão compactador de lixo é capaz de coletar até 6 toneladas, assim para a coleta de todo o lixo descartado pela população brasileira são necessárias 34.000 viagens (coletas de caminhão)!
O destino final de lixo é a maneira que o lixo é depositado e os cuidados que são tomados no local, após ter sido coletado. O destino final do lixo é um importante componente do saneamento básico, podendo ser da forma: incineração e aterro sanitário (principalmente).
O Lixão é a completa falta de cuidado com o destino do lixo!
O lixão a céu aberto é um grande problema ambiental, pois o acúmulo de lixo em um terreno sem qualquer cuidado contamina o ambiente e prejudica a saúde das pessoas. O lixo atrai e permite a proliferação de moscas, baratas, ratos, etc. O chorume do lixo irá contaminar as águas subterrâneas, podendo afetar os rios, mananciais e poços de água da região. São comuns os incêndios nos lixões, o que irá lançar ao ambiente gases tóxicos. O lixão é um símbolo da falta de cuidado com o meio ambiente e saúde pública. Um verdadeiro crime ambiental!
Destino Final de Lixo em Aterro Sanitário
As famílias devem separar os resíduos recicláveis, do lixo, os plásticos, os vidros, os metais e papel e papelão; os recicláveis podem ser doados a uma cooperativa de reciclagem ou a um sucateiro. O lixo restante deve ser ensacado para ser recolhido pelo agente de limpeza pública (caminhão de coleta de lixo). Então, a Prefeitura deve destinar o lixo a um aterro sanitário.
O aterro sanitário é o depósito do lixo em um terreno que foi preparado para isso. Ele deve estar localizado em áreas distantes de habitações, ou núcleos urbanos, dever ser cercado e possuir controle de entrada e saída dos caminhões que transportam o lixo, além de uma balança para a pesagem.
A superfície do terreno precisa ser impermeabilizada, utilizando-se plásticos especiais (mantas impermeabilizantes) para que o chorume do lixo não percole (se infiltre) para o subterrâneo, atingindo o lençol freático (águas subterrâneas).
Os caminhões depositam o lixo em células que são, depois, cobertas por argila (sedimentos de solo de pequeno tamanho). O fundo de cada célula possui uma estrutura (tubos) para drenar o chorume do lixo a uma lagoa (lagoa de estabilização do chorume). Essa lagoa deve receber cuidados para que seu nível não transborde, e também foi impermeabilizada (com mantas). O tratamento da lagoa garantirá que o chorume vá perdendo sua toxicidade, até que possa ser borrifado ao ambiente, mas longe dos rios.
Em cada célula de lixo, que foi coberta por argila, deverá ser instalada uma tubulação para drenar os gases, provenientes da decomposição da matéria orgânica. O biogás liberado pode ser coletado e utilizado como combustível (gerar energia elétrica, ou em carros movidos gás, ou até mesmo para cozinhar).
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