Você já ouviu falar em erosão laminar? Não? Pois bem, a erosão laminar, aquela que se faz por camadas, descama uniformemente sobretudo, nas vertentes suaves e regulares, a camada superficial do solo, sem modificar o relevo durante os primeiros estágios. “Esse tipo de erosão, geralmente, é pouco visível no início e, portanto, particularmente perigosa”, afirma Caetano Marciano de Souza, professor do Curso a Distância CPT Técnicas Mecânicas de Conservação de Água e Solo, em Livro+DVD e Curso Online.
Traduz-se apenas por ligeiras modificações na cor dos solos e pelo aparecimento de pedras que permanecem no local e pelo afloramento de raízes, enquanto o material mais fino, onde estavam imersas, vai desaparecendo. Isso rediz a fertilidade do solo, sua capacidade de reter umidade com todas as consequências previsíveis sobre a vegetação, cujo desaparecimento progressivo agrava os efeitos da degradação.
Outra evidência para sua identificação é que, em dias de chuva, as enxurradas ficam barrentas. Essa forma de erosão, por vezes lenta e insidiosa, assume, em certos casos, proporções consideráveis: nos EUA (Connecticut), apenas em uma semana, as chuvas levaram 20 mm de solo de um campo de tabaco; comparativamente, no Quênia, um furacão de algumas horas eliminou uma camada uniforme de 25 mm por erosão eólica (HARROY20).
A erosão laminar arrasta inicialmente as partículas mais leves, desde que estejam soltas, do solo (matéria orgânica e argila). Essas são suas frações mais ricas, nas quais se encontram maiores quantidades de nutrientes para as plantas, além de serem as responsáveis pela estrutura do solo. É a forma menos notada (perceptível), sendo, por isso, a mais perigosa. Às vezes, continua por muitos anos sem ser percebida. Portanto, é uma forma de erosão que oferece muito risco para o produtor e necessita de observação cuidadosa para sua identificação.
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