quarta-feira, 2 de maio de 2012

Exercícios Resolvidos de Geografia sobre as Populações e Extensão Territorial dos Continentes da Terra


Geografia Newton Almeida
                    Os Continentes da Terra  

      A superfície terrestre, onde estão as condições para a existência da vida, como água, gases, rochas e minerais, é irregular . Existem lugares planos e elevados, áreas em regiões mais baixas, montanhas, vales e outras formas. A superfície  terrestre é constantemente modificada pelos seres humanos, e também pelas forças da natureza : vulcões, terremotos, furacões, tsunamis, ciclones,  tempestades.  Portanto as paisagens que vemos hoje estão sempre sendo transformadas.
      As terras emersas que ocupam a superfície terrestre, ou seja, as terras que estão acima dos oceanos, são também chamadas de continentes. Cerca de 70% da superfície terrestre é coberta pelos oceanos, e apenas uns 30 % é ocupada pelos continentes.     

     Exercício   -   Complete a tabela com todos os seis continentes da Terra, em ordem decrescente de tamanho, utilizando as seguintes informações :

    -   O continente sempre coberto de gelo é o que fica mais ao sul e sua extensão territorial é 13.340.000 Km² , não possui país algum e também população  .
   -   O continente com 30.335.000 Km²  (Fonte Livro Araribá 5ª série) foi muito explorado no passado pelos países ricos da Europa, tem 54 países e   1 .000. 010 .000   habitantes (fonte, internet, Wikipedia)  .
  -  O continente Europeu tem 10.498.000 km² ,  50  países e população de   738. 200. 000  .
 -  O Brasil é localizado nesse continente que tem  42.960.000 quilômetros quadrados, população de
 902 .892 .047    e  com  35   países.
 -  O maior continente do mundo tem 43.608.000 Km²,        também         tem   a   maior    população do mundo de  4 .050. 404. 000  e  49  países.
- A Oceania é o menor continente do mundo, com 8.923.000 km², apenas  16 países, e também possui a menor quantidade de habitantes do mundo  32 .000. 000  .

    Continentes
Área   (Km²)
Fonte Livro Araribá 5ª série
     Número de países
           (fonte wikpedia)
           População
         (fonte wikpedia)


























                     RESPOSTA  :    Primeiro passo é colocar na Tabela as informações dos tamanhos, ou extensões territoriais dos continentes, do maior para o menor, ou seja, ordem decrescente. A partir daí, basta completar também os dados  de número de países e populações.   Veja abaixo :

    Continentes
Área   (Km²)
Fonte Livro Araribá 5ª série
     Número de países
           (fonte wikpedia)
           População
         (fonte wikpedia)

43.608.000
49
4 .050. 404. 000

42.960.000
35
902 .892 .047

30.335.000
54
1 .000. 010 .000

13.340.000
Nenhum
--------

10.498.000
50
738. 200. 000

8.923.000
16
32 .000. 000

     Agora basta lembrar que o  Brasil  está localizado no Continente Americano, ou América ;  que o Continente que foi muito explorado pelas potências européias foi a África ;  que a Antártida é o continente mais ao sul, sempre coberto  de gelo, e lá  só  vivem cientistas e pesquisadores, em períodos de no máximo dois anos. 
    Agora sim , nossa tabela está completa. Lembrando que os dados variam de acordo com a fonte consultada, mas em linhas gerais temos no mundo cerca de 200 países, que somam perto  de 7 bilhões de habitantes (2012) .

                         Os Continentes do Mundo 
    Continentes
Área   (Km²)
Fonte Livro Araribá 5ª série
     Número de países
           (fonte wikpedia)
           População
         (fonte wikpedia)
ÁSIA
43.608.000
49
4 .050. 404. 000
AMÉRICA
42.960.000
35
902 .892 .047
ÁFRICA
30.335.000
54
1 .000. 010 .000
ANTÁRTIDA
13.340.000
Nenhum
cientistas e pesquisadores
EUROPA
10.498.000
50
738. 200. 000
OCEANIA
8.923.000
16
32 .000. 000

domingo, 29 de abril de 2012

Mar Mediterrâneo : Geofrey Baliney : Aspectos Históricos


   
Geografia Newton Almeida

              "  Maravilhoso Mar 

    Nenhum outro pedaço de água salgada exerceu uma influência tão  ampla sobre o nascimento do mundo atual quanto  o Mar Mediterrâneo. Não fosse esse mar, com suas qualidades peculiares e sua localização extraordinária, a vida política, econômica, social e cultural do mundo teria tomado outro rumo.
   Numa época em que o mar - contanto que estivesse calmo - representava um recurso menos  dispendioso e mais rápido do que a terra para o  transporte de carga e de passageiros, o Mediterrâneo apresentava vantagens. A oeste, aproximava-se do Oceano Atlântico; a leste, aproximava-se do proeminente Mar Vermelho e do Golfo Pérsico (que podem ser considerados duas enseadas do Oceano Índico); além disso, tinha um longo braço - o Mar Negro - que avançava para o interior da Ásia. Dois braços mais curtos, ladeando a Península Itálica, chegavam quase até o sopé  das montanhas cobertas de neve dos Alpes europeus. 
   O mar unia África, Europa e Ásia. Como uma verdadeira autoestrada marítima, ligava regiões diversas, cada uma com seus produtos - cobre, estanho, ouro, prata, chumbo, vinho, azeite de oliva, grãos, madeira, gado, corantes, roupas, armas, especiarias, obsidianas e outros luxos -, sendo também um ótimo condutor de ideias e de crenças religiosas. Se a Ásia e a África tivessem um mar tão grande quanto o Mediterrâneo no centro de seus territórios, a história desses continentes teria sido muito diferente. Em essência, o Mediterrâneo era um lago estratégico, com a vantagem de que, no Estreito de Gibraltar, uma  garganta apertada abria-se para o imenso oceano. 
   Quase todo cercado por terra, esse mar podia permanecer surpreendentemente calmo por longos períodos. Em alguns dias, parecia um espelho e no verão ficava praticamente livre de tempestades. Lá, os grandes barcos a remo, conhecidos como galeras, adaptavam-se muito bem, em parte pela ausência de vento em certas épocas do ano. Em tempos de calmaria, os remos eram a única força motriz e possibilitavam às galeras entrarem em portos estreitos onde o vento contrário tornaria arriscadíssima a aproximação de qualquer veleiro. 
   Durante as tempestades,  ondas com a crista branca de espuma quebravam nas praias pedregosas. Uma galera podia ir a pique em questão de minutos. Frotas inteiras podiam desaparecer, ceifando muitas vidas. Em 480 a.C., quando os persas atacaram Atenas, o resultado da guerra foi parcialmente determinado por uma ventania que jogou os navios invasores contra a costa rochosa da Grécia. Século após  século, vidas de figuras bastante conhecidas acabaram influenciadas por essas tempestades ocasionais. 
Geografia Newton Almeida
    O Mediterrâneo  não apresentava grandes variações de maré : o nível de suas águas mudava pouco no espaço de 24 horas. Assim, os navios podiam atracar no cais e nas docas e ser descarregados com relativa facilidade. Só em alguns portos mais rasos é que as embarcações precisavam esperar a maré alta para entrar ou sair. A cidade de Veneza, com canais em vez de ruas, só pôde surgir porque a variação das marés era mínima. 
    Um mar quase sempre calmo, com golfos profundos, possibilitava a potências militares comandar  uma grande área. Cada um a seu tempo, fenícios, gregos, cartagineses e romanos aproveitaram essa vantagem. Ali foi vista pela primeira vez uma singular invenção: o  veleiro. O registro mais antigo de uma embarcação a vela é uma  decoração  feita num vaso egípcio, por volta de 3100 a.C. A vela quadrada assemelhava-se a um grande quadro-negro sobre um cavalete e, sem dúvida, foi empregada em uma embarcação que percorreu o movimentado Rio Nilo. Couro ou pele  de animais podem ter sido usados para confeccionar as primeiras velas, mas já em 2000 a.C. esses materiais eram substituídos pelas fortes fibras de linho. Até o  surgimento do barco a vapor, a garantia de suprimento dessas fibras representou um componente do poderio naval. 
   O içamento de velas em mastros e um uso melhor das cordas caminharam lado a lado com o conhecimento cada vez maior dos ventos. Na época do poeta Homero, os gregos já sabiam muito sobre eles: ventos e estrelas eram praticamente a única bússola disponível para quem estivesse no mar. Assim, os marinheiros em alto-mar, nas noites escuras, usavam as rajadas uivantes, frias e úmidas como um dos recursos para determinar sua posição. Conhecido como zéfiro, a origem desse vento geralmente indicava o oeste. 
    As galeras eram dotadas de velas. Quando o vento soprava de um quadrante favorável, içava-se uma vela  quadrada; se era brando, porém, a tripulação usava os remos. Com o tempo, as pequenas galeras deram lugar a outras maiores, especialmente adequadas para combates no mar. Os remadores ficavam posicionados em dois tombadilhos, e não em um só. Mais tarde, a trirreme surgiu, com três tombadilhos, chegando a comportar cerca de 170 remadores. Os que ficavam no tombadilho superior manejavam remos muito longos, para que as pás pudessem alcançar a água, bem mais abaixo. 
   A combinação de velas e remos permitiu que os navios atingissem uma velocidade que esses recursos, separadamente, não teriam conseguido. Assim, um leve vento de popa permitia que a galera, quando equipada com todos os remadores, aumentasse sua velocidade de 4 para 6 nós. Às vezes, sob vento forte, a embarcação chegava a 10 nós, tornando desnecessários os remos.  Nesse caso, se as velas fossem içadas em dois mastros, o navio podia inclinar-se tanto  que ficava impossível remar. 
   Em Atenas, as galeras em geral empregavam sobretudo a força de homens livres, mas as que transportavam carga usavam mais o braço escravo. Em qualquer dia calmo, dezenas de milhares de escravos devem ter ocupado os bancos  de remadores em navios que pertenciam às cidades e colônias gregas. Os cativos tinham os tornozelos presos por grilhões que os impediam de afastar-se dos remos. Se a embarcação afundasse de repente durante uma batalha ou tempestade, eles dificilmente escapariam. 
   A região mediterrânea


Fonte : BLAINEY, Geofrey . Uma Breve História do Mundo.  Editora Fundamento  Educacional. São Paulo : 2011 . 



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Oriente Médio : Conflitos



Geografia Newton Almeida

                Os Conflitos no Oriente Médio


        O Oriente Médio é marcado por grandes conflitos geopolíticos, em cuja origem está a disputa por um território em que árabes e judeus consideram ter direitos históricos. Desde o começo do século XX, o movimento sionista sonhou construir um Estado judeu em Israel, terra de onde os judeus foram expulsos pelos romanos no ano de 70 d.C.  . O drama dos sobreviventes do holocausto nazista motivou a comunidade internacional a dividir o então protetorado britânico da Palestina em dois Estados : um para os judeus e o outro para os árabes, que haviam ocupado a região no século VII. A comunidade árabe negou-se a aceitar a criação do Estado de Israel e desde o primeiro momento lutou contra sua constituição.

                          O  Estado de Israel 
      Israel, com cerca de 6,4 milhões de habitantes, é o país que, proporcionalmente à sua economia, mais gastou em armamentos em todo o mundo até o início da década de 1990: 30% a 32% do seu Produto Nacional Bruto (PNB) por ano. Nem mesmo as duas superpotências (União Soviética e Estados Unidos) chegaram a se igualar a Israel nessa proporção de gastos. 
      O Estado de Israel foi criado em 1948, quando a ONU, recém-constituída na época, estabeleceu um plano para a divisão da Palestina em três partes : um Estado judeu, um Estado árabe e uma cidade - Jerusalém - que, por seu significado religioso, deveria ser internacionalizada, ficando sob controle da ONU. Essa área, juntamente com outra vizinha a leste (onde hoje se encontra a Jordânia e parte de Israel) pertencia ao imenso império colonial que os britânicos criaram na Ásia a partir do fim do século XIX . 
      Como uma das grandes vítimas da Segunda Guerra Mundial e do nazismo foi o povo judeu, a opinião pública internacional foi favorável à criação de uma pátria para esse povo, que vivia  (e ainda vive, em parte) espalhado por inúmeros  países, especialmente nos Estados Unidos e na Europa.  
      O grande problema é que a criação de Israel não ocorreu de forma prevista, pois os governos israelenses acabaram expandindo o  território e ocupando toda a Palestina. A partir de então, os conflitos militares, já comuns entre judeus e árabes, passaram a ser cada vez mais frequentes e violentos, e os palestinos, expulsos de suas terras, acabaram ficando sem território.    

                                     Movimentos terroristas

    As sucessivas derrotas árabes nas guerras de 1947 - 1948, 1956, 1967 e 1973 consolidaram o Estado de Israel e sufocaram qualquer possibilidade de um Estado palestino. 
    Foi então  que extremistas optaram pelo uso do terrorismo como forma de pressão.  A fundação da Al-Fatah tinha como objetivo inicial a expulsão dos judeus da Palestina. Movimentos terroristas vinculados à Organização para Libertação da Palestina (OLP), como o Setembro Negro, realizaram ações criminosas contra pessoas e interesses econômicos israelenses ou ocidentais. O sequestro e assassinato de atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique em 1972 foi uma das ações de maior repercussão, manchando a causa palestina . 
   
                               Conflitos árabe-israelenses
  
   No contexto da guerra Fria, o Oriente foi um dos focos de tensão entre as superpotências. Enquanto Israel se aliou aos Estados Unidos, os países árabes buscaram ajuda da União Soviética.  
     A partir de 1948, com a criação do Estado de Israel, os conflitos entre árabes e israelenses se multiplicaram. Desde o início da criação do Estado de Israel, os israelense se impuseram à força nessa área, ampliando o território a eles destinado inicialmente. Já em 1948 e 1949 eclodiu uma violenta guerra entre Israel e países árabes vizinhos, na qual Israel conquistou novas terras, aumentando em 50% o seu território (veja os mapas abaixo ) . 
Geografia Newton Almeida


Geografia Newton Almeida


Geografia Newton Almeida
    O Estado israelense ocupou outras áreas que oficialmente não faziam parte de seu território : Golan (1.500 Km²), pertencente à Síria, a Cisjordânia (5.879 km²), e a parte leste de Jerusalém (70 km²). Desde  1967, Israel ocupava também a Faixa de Gaza, com 378 km², onde habitavam 8 mil colonos judeus.
   Na década de 1970, o conflito estendeu-se ao Líbano, onde coexistem comunidades árabes e cristãs. Nesse período, Israel, começou a perder o apoio da opinião pública internacional por conta da brutal repressão contra refugiados palestinos dos campos de Sabra e Shatila, no Líbano. No fim da década, a população palestina rebelou-se contra a ocupação israelense, na chamada Primeira Intifada. 
     Um primeiro processo de paz iniciado em Madri, em 1992, foi abortado com o assassinato do primeiro-ministro de Israel, Yitzahak Rabin, por um extremista judeu (veja abaixo). 
Geografia Newton Almeida
   Após o desgaste de uma intervenção militar norte-americana no Iraque, não autorizada pelo  Conselho de Segurança  da ONU, o governo do presidente George W.  Bush iniciou, em maio de 2003, negociações para firmar um acordo de paz entre o premiê palestino, Abu Mazen, e o de Israel, Ariel Sharon. Porém, as organizações palestinas Hamas, a Brigada dos Mártires de Al Aqsa e o Jihad islâmico não se entenderam e decidiram continuar a resistência armada. 
   Paralelamente prossegue a segunda intifada (levante contra a ocupação israelense), que começou em setembro de 2000; ao contrário  da primeira, ela  utiliza armas de  fogo e já matou mais de 1700 palestinos e 600 israelenses. A primeira intifada, que utilizou pedras como seu instrumento de luta, iniciou-se em 1987 e terminou em 1993. 
    Nos anos posteriores radicalizou-se a violência entre as duas partes. os terroristas palestinos usaram indiscriminadamente os homens-bomba, enquanto o Estado de  Israel construía um muro para se proteger dos terroristas. 
    No fim de  2003, a construção de um muro de concreto, juntamente com as barreiras paralelas (arame farpado e estradas militares) que separam árabes e judeus na Cisjordânia, tornou-se um novo fator de tensão geopolítica, dificultando o processo de negociação de paz na região. 
   Se o muro foi concebido para  impedir a passagem de militantes palestinos que cometem atentados suicidas em Israel ou idealizado como a fronteira desejada por Israel, o  fato é que, com essa barreira de concreto, as duas comunidades prosseguirão isoladas na região, como se fossem  guetos. Além do mais, a História registra que a paz se constrói com a criação  de um mínimo de confiança entre os povos envolvidos, por meio  de negociações, o que implica concessões de ambos os lados. Um muro como esse  só agrava as disputas entre árabes e judeus, até porque é mais um obstáculo para o deslocamento da mão de obra, outro problema da região. 
Geografia Newton Almeida

                          Cronologia dos conflitos no Oriente Médio

1947 - 1948   -  guerra entre árabes e judeus motivada pela criação do Estado de Israel 

1956  -  guerra entre árabes e judeus pela posse do Canal de Suez, no Egito 

1967  - Guerra dos Seis Dias

1973  -  Guerra do Yom Kippur (Dia do Perdão)

1980 - 1988   -  Guerra Irã - Iraque 

1990 - 1991  -  Guerra do Golfo, Iraque - Kwait

2001  -  início da invasão dos Estados Unidos no Afeganistão 

2003  -  início da invasão dos Estados Unidos no Iraque 

       Atualmente, estamos próximos do  reconhecimento de um  Estado Palestino, porém o risco de o processo voltar a fracassar é ainda muito grande.
     Além dos conflitos entre árabes e judeus, há outro  aspecto a considerar. Cerca de 65% das reservas mundiais de petróleo estão  no Oriente Médio, com destaque para a Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes. Essa riqueza atraiu potências como França, Reino Unido,  Estados Unidos e Rússia que, com a intenção de explorar as jazidas, interferiram na política da região, gerando também conflitos. 



    Fonte Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 8º ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2010 .  


   Fonte Livro:  DANELLI, Sonia Cunha de;  Geografia Projeto Araribá; 9º ano; Editora Moderna, 2ª edição; São Paulo : 2007

     Fonte internet :      http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_da_Cisjord%C3%A2nia


GEOGRAFIA Newton Almeida

domingo, 22 de abril de 2012

Prova Discursiva Resolvida de Geografia sobre a África Qual razão explicaria a pobreza e o subdesenvolvimento do continente africano? ....





Geografia Newton Almeida

    Atenção pessoal, numa prova discursiva é importante escrever corretamente, citar alguns indicadores e pode-se desenvolver comparações com a realidade e vivência individual. Desenvolver suas próprias  reflexões demonstram que existe real entendimento sobre os conteúdos ; essa é a opinião do Newton Almeida. 
   Agora, cada professor, ou banca examinadora, deve deixar bem claros os critérios para a correção.      Boa prova! 


1 ª Questão          A África é um continente assolado pela miséria, por doenças  e pela fome. Apesar de ter muitas riquezas naturais, enfrenta dificuldades para gerar desenvolvimento econômico sem ajuda externa.    Nesse continente são visíveis as condições de pobreza, sendo o continente africano o mais pobre de todos. Dos trinta países mais pobres do mundo (com mais problemas de subnutrição, analfabetismo, baixa expectativa de vida, etc.), pelo menos 21 são africanos.
  
        Pergunta:  Qual  razão explicaria a pobreza e o  subdesenvolvimento do continente africano?

RESPOSTA:     

         A realidade atual de determinada cidade, ou país, ou no caso  de um continente inteiro, como a África, formada por 54 países, com diversidade étnica e riquezas naturais, é precedida de incontáveis e complexos acontecimentos ao longo da sua história. Observando o continente africano inteiro, possuindo extensão territorial de pouco mais de 30 milhões de quilômetros quadrados, com população alcançando cerca de 1 bilhão de habitantes,  chega-se à conclusão de que o quadro de maior concentração de pobreza e subdesenvolvimento está na África SubSaariana, e a principal razão seria :    os países  europeus, a partir do século XVI, iniciaram a colonização da África, sua exploração comercial e divisão do território. 
   A demarcação das fronteiras não respeitou as populações nativas: tribos rivais ficaram confinadas entre as mesmas fronteiras, enquanto grupos etnicamente relacionados foram separados pelas fronteiras políticas estabelecidas.
   A ação dos colonizadores portugueses, ingleses, belgas, alemães, franceses e holandeses, resultou em diversos problemas econômicos sociais e territoriais, como:     impedimento de um desenvolvimento autossustentado pelos próprios povoados e comunidades africanas;  formalização da partilha do continente africano em áreas de domínio europeu pelo Congresso de Berlim (1884-1885); grande exploração de minérios para exportação.  O escoamento dos recursos naturais africanos visava ao abastecimento das indústrias européias.
    Após a Segunda Guerra Mundial as potências européias foram se retirando do território africano, pois estavam com suas economias em crise, não conseguindo manter a dominação na África.  Isso desencadeou o redesenho do Continente Africano, com consequente disputa pelo poder. Estados corruptos, liderados por elites tribais e alinhados aos interesses dos ex-colonizadores e de outros grupos estrangeiros, implantavam projetos de industrialização e modernização com mão de ferro e controle estatal.
    Paralelamente a essa política de exploração do povo africano, foram surgindo movimentos de organização populares, liderados por alguns líderes intelectuais , com objetivo de união e prosperidade dos africanos .  A maioria dos primeiros líderes , da independência do continente africano, não falava sobre alterar as fronteiras estabelecidas na Conferência de Berlim , e isso trouxe   graves conflitos, guerras, pela disputa de poder.
    No final do século XIX os europeus haviam conquistado mais de 80% do Continente Africano, e depois de uns cinquenta anos (após a 2ª Guerra Mundial), a partir de 1950 os europeus foram devolvendo o controle aos próprios africanos. Não existe nenhum evento histórico que seja comparável a esse processo repentino de conquista colonial e de descolonização. As guerras e pobreza em todo o território africano mostram que esse continente e seu povo nunca conseguiram se recuperar de tamanha violência.  

2ª Questão      No continente africano há grande diversidade de climas e de formações vegetais. Existem paisagens desérticas, e uma das regiões mais úmidas do planeta, situada na faixa da Linha do   Equador: a Floresta do  Congo .

      Pergunta:     Quais são os principais desertos da África  ?  Quais são as suas características?

RESPOSTA:     O Deserto do Saara  compreende parte dos seguintes países e territórios: ArgéliaBurkina FasoChadeEgitoLíbiaMarrocosSaara OcidentalMauritâniaMaliNígerSenegalSudão, e Tunísia.  O Saara possui extensão de cerca de 9 milhões de quilômetros quadrados e divide o continente africano em duas partes, a África do Norte e África Sub-Saariana. A fronteira saariana ao sul é marcada por uma faixa semi-árida  chamada Sahel. O Saara é conhecido por ter um dos climas mais áridos do mundo. O vento que vem do nordeste, prevalece e é comum fazer com que ocorram severas tempestades de areia  .
    Ao contrário do que muitos pensam, o Saara situa-se, quase totalmente, numa região de planalto (em média 300 metros de altitude) com presença de cadeias montanhosas. Podemos encontrar algumas regiões com rochas, porém grande parte do Saara é composta por areia. As dunas do deserto são formadas pelas perigosas tempestades de areia. Existem também os oásis, pequenas áreas com presença de água e vegetação.  As chuvas são extremamente raras e as temperaturas podem chegar a 50º C durante o dia e –5º C à noite. Com estas condições climáticas e geográficas é praticamente impossível viver no Saara. Poucos povos, entre eles os tuaregues e os beduínos, habitam esta região. Os beduínos costumam atravessar constantemente o Saara, acompanhados de seus camelos, para praticarem o comércio ambulante.

           O Deserto do Kalahari  é   localizado no Sul da África, cortado pelo Trópico de Capricórnio,  com cerca de 900.000 km² distribuídos pelos países BotswanaNamíbia e África do Sul. A temperatura no verão em algumas regiões do Kalahari pode alcançar 50°C (por isso algumas tribos bosquímanas se recolhem nos momentos mais quentes do dia). No inverno o  Kalahari tem um clima seco e frio. As baixas temperaturas do inverno podem ficar abaixo de 0°C. A vegetação  do Kalahari apresenta árvores dispersas, como palmeiras e baobás, formações arbustivas, matagais xerófitos e herbáceos. A fauna é constituída principalmente por suricatas e hienas. Embora pouco desenvolvida em toda a extensão do território, a flora é mais densa no norte. 



Fonte dos conteúdos : Livro Projeto Araribá 9º ano ;  Organizadora editora Moderna ; Editora responsável Sônia Cunha de Souza Danelli, 2ª edição, 2.007  ; http://pt.wikipedia.org/wiki/Deserto_do_Saara   ;
 http://www.suapesquisa.com/geografia/deserto_saara.htm    ;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Kalahari   ;
http://www.infoescola.com/biomas/deserto-de-kalahari/Qual razão explicaria a pobreza e o subdesenvolvimento do continente africano?


GEOGRAFIA Newton Almeida

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Aquífero Guarani

                      O  Aquífero Guarani 

        O Aquífero Guarani é um manancial subterrâneo que atinge 1,2 milhão de quilômetros quadrados, incluindo Brasil (2/3 do total), Argentina, Paraguai e Uruguai. No Brasil, ele abrange parte dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,  São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Observe o mapa abaixo : 
Geografia Newton Almeida

     O aquífero pode abastecer uma população de 360 milhões de pessoas sem ser afetado de maneira significativa. Um aspecto importante para a prevenção de problemas futuros no abastecimento de água é a dificuldade que um aquífero, por ser subterrâneo, tem para se recuperar dos efeitos da poluição. 
     O Aquífero Guarani é a principal reserva subterrânea de água doce da América do Sul e um dos maiores sistemas aquíferos do mundo; sua extensão no Brasil é de 840.000 Km², no Paraguai ele ocupa cerca de 58.500 km² de área, no Uruguai também cerca de 58.500 km² e na Argentina sua extensão é de 255.000 km². 
     As suas águas são de boa qualidade para o abastecimento público, além de outros usos, sendo que, em sua porção confinada, os poços têm cerca de 1.500 m de profundidade e podem produzir vazões superiores a 700 metros cúbicos por hora (m³/h) . 
     Por ser um aquífero  de  extensão continental, sua dinâmica ainda é pouco conhecida, necessitando maiores estudos para seu entendimento, de forma a possibilitar uma utilização racional e o estabelecimento de estratégias para a sua preservação.  



Fonte Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , O espaço natural e a ação humana . 6º ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2010 .  

Fonte Livro : DANELLI, Sonia Cunha de Souza; Projeto Araribá Geografia 6º ano. Editora Moderna, 2ª edição. São Paulo : 2007. 

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