terça-feira, 25 de setembro de 2012

JAPÃO : Exercícios em Perguntas com Respostas de Geografia sobre o Japão



     Atenção prezados alunos, pesquisadores e leitores, abaixo alguns exercícios com respostas sobre o Japão, no nível do 8º e 9º anos do ensino fundamental.  Boa sorte ! 





1-  Até a alguns anos anos atrás a economia japonesa era a segunda maior do mundo. Será que isso continua assim ?

   RESPOSTA 

   Atualmente a China é a segunda maior economia do mundo, Japão em  terceiro, com Estados Unidos no primeiro lugar e nosso Brasil na sétima posição. 


2-  O Japão foi derrotado na Segunda Guerra Mundial, sendo que duas boas atômicas foram lançadas e detonadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, pelos Estados Unidos. Comente, resumidamente, sobre o desempenho econômico do Japão após esse trágico período.

   RESPOSTA

  O país apresentou notável desenvolvimento tecnológico e industrial na segunda metade do século XX e foi dos responsáveis pelo grande crescimento econômico dos chamados Tigres Asiáticos.
   
3-  Comente sobre a configuração e principais aspectos do território geográfico japonês. 

   RESPOSTA 

    
     O Japão é um  país-arquipélago de tradições milenares. O Japão tem apenas 378.000 km² de extensão.  É constituído por quase 4 mil ilhas, entre as quais se destaca Honshu (230.948 km²), Hokkaido (85.514 km²) e Shikoku (18.798 km²). Essas três ilhas são interligadas por pontes e túneis que permitem a perfeita integração do território. 
   As atividades econômicas do país concentram-se nas estreitas planícies litorâneas. 

4 -  Com uma população de aproximadamente 127,9 milhões de habitantes em 2005 (segundo a ONU), o Japão é um dos países mais populosos do mundo, com alta densidade demográfica (cerca de 337 hab./km²).  Comente sobre a ocupação humana no Japão e suas principais características demográficas.

      RESPOSTA

     A população japonesa é predominantemente urbana (75%), concentrando-se em cidades como Tóquio (capital do país), Yokohama, Osaka, Nagoya, Sapporo, Kyoto e Kobe .
   Na faixa que se estende de Tóquio a Kyoto, encontra-se uma das maiores aglomerações urbanas do mundo, com mais de 70 milhões de habitantes. A concentração populacional em grandes áreas urbanas dificulta a solução do problema de espaço para moradia e trabalho por parte do governo.
   Dois aspectos importantes da população japonesa atual são a queda constante da taxa de natalidade, apesar das campanhas governamentais pelo seu aumento, e a elevada expectativa de vida (82,3 anos em 2005, segundo a ONU). Esse quadro aponta para o envelhecimento da população e para a necessidade da destinação de verbas públicas a um número cada vez maior de aposentadorias. 

5-  Sobre a taxa natalidade no Japão : é alta, média ou baixa?  Por quê?

       RESPOSTA


    A taxa de natalidade no Japão é muito baixa, acarretando como principais consequências a queda do crescimento vegetativo e a carência de mão-de-obra. 
     A razão dessa baixa taxa de natalidade seria o alto nível educacional da população, a maior inserção da mulher japonesa no mercado de trabalho e a formação de uma sociedade informatizada e altamente competitiva, que acabaram por desestimular a natalidade. 
   Os japoneses, a exemplo dos europeus, encaram os filhos como obstáculo à ascensão econômica da família e temem as dificuldades de acesso ao mercado de trabalho que eles poderão ter no futuro.

6 -  Qual solução o Japão tem buscado para o problema da falta de mão-de-obra? 

        RESPOSTA

   A saída que o Japão tem dado à carência de mão-de-obra é o incentivo à imigração de dekasseguis (descendentes de japoneses que nasceram e residem em outros países), geralmente jovens, que desejam se aventurar a ganhar até US 5 mil por mês trabalhando nesse país. Em 2006 havia cerca de 313 mil brasileiros trabalhando no Japão, a maioria descendente de japoneses. 

7 -  Quais dificuldades físicas, ou obstáculos geográficos, o Japão enfrenta? De que forma o país tenta resolver isso (destaque a agricultura do país)?


        RESPOSTA

   Apesar de sua grandeza econômica, o país tem enormes desafios, entre os quais o relevo montanhoso, com mais de 40 vulcões ativos, e a pequena extensão, fatores que dificultam a produção agrícola e, consequentemente, o abastecimento alimentar da população.

   Para superar essa limitação, os japoneses tem recorrido a recursos tecnológicos e a técnicas agrícolas modernas - como, por exemplo, o cultivo hidropônico (que usa somente água e nutrientes) -, obtendo alta produtividade com boa qualidade. Os principais produtos agrícolas do país são o arroz e o chá; também se destacam o algodão, a soja e o trigo.
   Porém, apesar da elevada produção agrícola, o Japão não é autossuficiente, o que o obriga a recorrer à importação de alimentos para suprir as necessidades de sua população.

8 -  O que são os Zaibatsus japoneses? 


       RESPOSTA


    Os  Zaibatsus são poderosos grupos financeiros japoneses controlados por famílias tradicionais, proprietárias de grandes empresas, que se unem e buscam parceria com o Estado no desenvolvimento de suas atividades produtivas.      


9 - De que  maneira o governo japonês aliou a tradição dos Zaibatsus às necessidades de tornar a sua indústria competitiva?   

     RESPOSTA 

   É na atividade industrial que se encontra  a força econômica do Japão.  O governo busca aliar valores tradicionais aos processos industriais do Ocidente, formando pactos com suas antigas elites (os zaibatsus) para investir maciçamente na criação da infraestrutura necessária às indústrias. Governo e empresários se fundem então em um único interesse: mostrar ao mundo que o Japão é um país com grande poder industrial, econômico, político e tecnológico.

10 - Comente sobre a indústria japonesa. 

       RESPOSTA  

                    
   O Japão está entre os mais importantes produtores mundiais em quase todos os ramos industriais, destacando-se nos seguintes:

. siderúrgico  -  para o qual depende de importações de matéria-prima (aço), principalmente da Ásia, da América do Sul e da Austrália;
. automobilístico -  com um sistema de produção que emprega robótica e oferece alta qualidade, é o líder de vendas para os Estados Unidos ;
. eletroeletrônico - com destaque para equipamentos de imagem e som, transmissão de dados digitais e microcircuitos;
. naval -  o país é  um dos maiores construtores de navios do mundo;
. têxtil: -  especialista em novas fibras artificiais.

11-  O relevo japonês  dificulta a instalação de novas indústrias. Como o Japão enfrenta essa limitação territorial ?


     RESPOSTA


   Como as áreas montanhosas impedem a expansão para o interior, os japoneses construíram pôlderes (diques) e ilhas artificiais à beira-mar para a instalação de indústrias.
Geografia Newton Almeida

Foto acima : vista do Monte Fuji, na Ilha de Honshu, Japão. 









 Fonte Livro:  DANELLI, Sonia Cunha de;  Geografia Projeto Araribá; 9º ano; Editora Moderna, 2ª edição; São Paulo : 2007    





domingo, 23 de setembro de 2012

Rússia




Geografia Newton Almeida

  "  Rússia : um país em transição 

   O fim do socialismo na Rússia marcou um momento singular na história da humanidade. Centro da outrora poderosa União Soviética, a Rússia viu seu modelo político e econômico ruir e hoje vive a economia de mercado, destacando-se no mundo globalizado. 

                          Um país grandioso
   A Rússia, maior país do mundo, tem 17.075.000 km² de área, que se dividem entre os continentes europeu e asiático. Cerca de dois terços do seu território estão situados na Ásia, mas a capital do país, Moscou, localiza-se na porção europeia. Por sua grande extensão leste-oeste, o país é abrangido por onze fusos horários. 
   Os Montes Urais, onde há enorme concentração de jazidas minerais, especialmente de carvão, marcam a divisão do território russo entre a Europa e a Ásia. 
   No relevo da Rússia (veja abaixo) destacam-se duas grandes planícies : a Russa, situada no noroeste, e a Siberiana, na porção centro-ocidental. A leste da Planície Siberiana está localizado o Planalto Central Siberiano, em que há importantes cadeias montanhosas antigas, com concentração de minerais, como ouro e diamantes. 
Geografia Newton Almeida

Geografia Newton Almeida

                              Clima e vegetação
   O clima predominante no território russo é o temperado frio, com ocorrência da Tundra. À medida que as latitudes diminuem, tem-se o clima subpolar e o predomínio da Taiga ou Floresta de Coníferas, que abastece as indústrias de papel e madeira. Ao sul, verifica-se um clima temperado mais ameno, e a presença da Pradaria. Esta área é a mais populosa, e nela ocorre o maior aproveitamento da terra para a agricultura.  

    * Apêndice (fonte wikpedia) :  A região mais a norte do país, chamada Sibéria, é a mais fria de todo o país. Registram-se temperaturas no inverno da ordem dos -40°C ou -50°C, às vezes chegando aos -60°C ou até menos. Ao sul, o clima é mais quente, havendo campos e estepes onde as temperaturas chegam aos 8 graus negativos. 
    O Verão na Rússia também é variável de região a região registrando-se temperaturas médias de 25 °C. Em certos casos extremos, já houve dias alcançando temperaturas superiores a 45 °C.
   O frio proveniente da Sibéria alastra-se não só por toda a Rússia como por quase toda a totalidade da Europa e grande parte da Ásia.
   A Rússia é atravessada por quatro climas, ártico, subártico, temperado e subtropical. A ordem das estações pode ser classificada assim: Inverno longo e nevoso - Primavera temperada - Verão curto e quente - Outono chuvoso e varia muito ao longo do território russo.
   Na zona central da Rússia encontram-se as florestas mais claras, mistas, dominadas por bétulas, álamos, carvalhos. As florestas das zonas centrais estão divididas por estepes. A maior parte de estepes é lavrada e semeada por trigo, centeio, milho, girassol, etc.
Geografia Newton Almeida
            Imagem acima : Planaltos da Sibéria Ocidental, em Oblast de Tomsk.

                            População 



   Segundo dados da ONU, a população da  Rússia era de 144 milhões de habitantes em 2005 e deverá cair para 136,5 milhões até 2015. Desde 1998 o país vive um processo de regressão populacional, com crescimento vegetativo negativo ( - 0,2% ao ano). Cerca de 70% dos russos vivem na parte europeia, onde a densidade demográfica média varia de 26 a 100 hab. / km². É nela que se concentram as principais atividades econômicas e as duas maiores regiões metropolitanas : a de Moscou, com cerca de 12 milhões de habitantes, e São Petersburgo (abaixo) com 4,2 milhões. 
Geografia Newton Almeida
       Figura acima : vista da cidade de São Petersburgo, com a Catedral de Nossa Senhora de Kazam no centro (Rússia, 2006). 

                       A transição para a economia de mercado
   A desagregação da União Soviética deu origem à modernização industrial da Rússia e à abertura econômica para o mundo, porém aumentou a pobreza e a concentração de renda da população. 
   A transição da economia planificada para a capitalista provocou várias mudanças, como a privatização das antigas empresas estatais, a introdução da concorrência e da competição, a busca do lucro como meta política e econômica, a liberação de preços e a abertura ao capital estrangeiro.
   Em linhas gerais, a modernização russa segue políticas semelhantes às aplicadas nos demais países em desenvolvimento : prioriza os investimentos em infraestrutura para a instalação de transnacionais e reduz as verbas estatais destinadas ao desenvolvimento social da população. 
   Na atualidade, um dos grandes desafios que o governo russo enfrenta é conseguir a modernização acelerada da economia em uma  sociedade culturalmente ligada a um passado socialista, planificado e " estável ". 

                      Quadro econômico 
   Desde 1917, ano da Revolução Socialista, a estrutura econômica russa baseava-se no uso de seus recursos minerais e agrícolas. Durante várias décadas, o país priorizou as indústrias de bens de produção (máquinas e equipamentos). Desde a década de 1980, porém, passou a ser dada prioridade às indústrias de bens de consumo, como alimentos, vestuário, eletrodomésticos, etc. 
           " Moscou agora experimenta as liberdades e as desilusões do capitalismo, que  (...) chegou de forma avassaladora. Quem esteve em Moscou há dez anos vai encontrar agora uma metrópole frenética. As lojas de departamentos deram lugar a butiques de marcas famosas, a vida noturna é uma das mais agitadas da Europa. (...) . Há hotéis luxuosos e modernos, e arranha-céus são construídos para abrigar empresas dos mais diversos setores. Com a febre das mudanças também chegaram o abismo social (é a cidade com maior número de bilionários do mundo !) e o consumismo. Uma nova geração, para quem Atálin, Brejenev e Gorbatchev são múmias de museu, está ávida por novidades do mundo da moda e da música. A propaganda oficial do partido deu  lugar a imensos outdoors com mulheres estonteantes vendendo o passaporte da felicidade . (...)  "  VIEIRA, Tuca. Rússia: Visitante capta transformações na história de Moscou. Folha online. Disponível em < www.folha.com.br>. Acesso em 30 ago. 2007. 

                         Recursos minerais 
   Atualmente, os principais recursos minerais encontrados na Rússia são : o minério de ferro, extraído dos Montes Urais; o carvão, da região de Kuzbass, na Sibéria; o petróleo, em regiões  da Sibéria, do Cáucaso e da Planície Russa. Esses recursos são fundamentais para o fornecimento de energia e matéria-prima às indústrias pesada, química e mecânica russas. 

                         A agropecuária
   A agropecuária também é uma importante atividade para a economia russa, apesar das dificuldades enfrentadas com os invernos prolongados e rigorosos.
   Os principais cultivos são : trigo, centeio, beterraba açucareira, linho, algodão e cevada. Na atividade pecuária, destacam-se os rebanhos bovino, ovino e suíno. 

                          A industrialização russa  
   A industrialização do país se deu mais intensamente na época da Guerra Fria (1947 - 1989), durante a qual a extinta União Soviética enfrentou os Estados Unidos na corrida armamentista. Priorizou-se então a indústria bélica, com o  desenvolvimento  de equipamentos de guerra cada vez mais avançados. Paralelamente, as indústrias química, metalúrgica, petrolífera, naval e de máquinas e equipamentos apresentaram crescimento extraordinário, graças aos pesados investimentos do Estado soviético. 
   No entanto, nesse esforço para equiparar-se militarmente aos Estados Unidos, a União Soviética não conseguiu acompanhar os avanços tecnológicos dos países capitalistas desenvolvidos nos demais setores industriais. Seu parque industrial tornou-se obsoleto e defasado, com dificuldades de produzir bens de consumo em quantidade e qualidade suficientes para abastecer o mercado  interno.
   Era necessário aumentar a oferta de bens de consumo para as pessoas, já  desgastadas pelo atraso de sua indústria (figura abaixo).
Geografia Newton Almeida
    Figura acima : em 1994, a dificuldade de obter bens de consumo era tanta que os  russos faziam fila para comprá-los. Na foto, fila de moscovitas diante de loja de roupas. 

                         As reformas
   Com as reformas político-econômicas, o governo abriu o país ao capital estrangeiro, buscando parcerias com grandes empresas transnacionais estadunidenses, japonesas e europeias. Contudo, apesar dos investimentos no desenvolvimento  de indústrias de bens de  consumo, ainda prevalecem no país as de bens de produção. 
   A indústria russa está concentrada principalmente na parte europeia do território, com destaque para as cidades de Moscou e São Petersburgo. A capital destaca-se pela disponibilidade de mão-de-obra, por recursos técnicos e pelo mercado consumidor. Em São Petersburgo sobressai a indústria petroquímica.
   O setor aeroespacial russo comanda parte considerável do processo de modernização  tecnológica, fazendo parcerias com agências espaciais dos Estados Unidos (Nasa), da Europa (Aesa) e do Japão, para o desenvolvimento de satélites e de espaçonaves destinadas a pesquisas científicas. 

                      Os desafios da CEI e do G-8
   Entre os atuais desafios da Rússia, está o esforço da integração das ex-repúblicas soviéticas reunidas na Comunidade de Estados Independentes (CEI), formada após a desagregação da União Soviética. Discutem-se muitas políticas  de integração econômica e monetária, como a adoção do rublo como moeda única, porém ainda não há consenso nas negociações entre os países do bloco.
   Outro  desafio diz respeito à elite econômica mundial. Em 1998 a Rússia foi aceita no chamado G-7, que reúne os países mais industrializados (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá). A transformação do G-7 em G-8 se deu por motivos estratégicos, já que a Rússia é muito mais uma potência nuclear que econômica. O país não participa, por exemplo, dos encontros dos ministros  de finanças ou dos presidentes dos bancos centrais. 
                         
GEOGRAFIA Newton Almeida

    Fonte Livro:  DANELLI, Sonia Cunha de;  Geografia Projeto Araribá; 9º ano; Editora Moderna, 2ª edição; São Paulo : 2007    
    Fonte : internet :  http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%BAssia

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ásia : Religiões

     


Geografia Newton Almeida

          "     Ásia : berço das maiores religiões

  As três maiores religiões do mundo originam-se na Ásia : a cristã, a islâmica e a hinduísta.

               Da Ásia para o Mundo  



Cristianismo  -  Muito difundido nas Filipinas, o cristianismo é praticado esparsamente no restante da Ásia . No mundo, 2,1 bilhões de fiéis o praticam.




Islamismo  -  Com 1,3 bilhão de adeptos, o islamismo é a religião que mais cresce no mundo.




Hinduísmo  -  Shiva é um dos deuses do hinduísmo, religião com mais de 1 bilhão de adeptos. 




Budismo -  Originário da Índia, o budismo tem a maioria de seus adeptos na China (cerca de 100 milhões). 




Xintoísmo - Religião tradicional japonesa, o xintoísmo reverencia os espíritos da natureza.




Sikhs  -  Os sikhs somam mais de 24 milhões. Com base na identidade religiosa sonham criar um Estado independente no Punjab, região situada entre a Índia e o Paquistão. 




Judaísmo - Hegemônico em Israel, o Judaísmo tem presença restrita em outros países asiáticos.



                  A origem do cristianismo
   O cristianismo está assentado na prática de cultuar Jesus Cristo, filho de Deus. Essa prática foi estabelecida pelos seus apóstolos (seguidores), chamados cristãos.
   Os primeiros cristãos, assim como o próprio Cristo fizera, seguiam as práticas da religião judaica, mas com o diferencial de incluir referências a Jesus Cristo. O cristianismo passou a existir como religião autônoma quando se separou do judaísmo. 
   A fé cristã baseia-se na crença de que Cristo viveu, morreu e ressuscitou para a redenção de todo aquele que crer em sua mensagem. 

                   Jesus Cristo
   Poucos são os registros da vida de Cristo. Praticamente tudo o que se sabe a seu respeito está nos Evangelhos, livros que fazem parte do Novo Testamento. Segundo a narrativa bíblica, Jesus nasceu em Belém, na Judeia, e passou a infância na cidade de Nazaré. Aos 30 anos de idade começou a propagar sua mensagem e, três anos depois, foi condenado a morrer na cruz.
Geografia Newton Almeida
   Figura acima : A última ceia. Pintada por Leonardo da Vinci no final do século XV, a obra representa a cena da última ceia de Jesus Cristo com seus apóstolos, após a qual teria sido preso e então crucificado. 

                   O livro sagrado do cristianismo
   A Bíblia, "livro" sagrado dos cristãos, é, na verdade, uma compilação de diversos livros. Compreende os livros do Antigo Testamento (anteriores a Cristo) e os do Novo Testamento (posteriores a Cristo). Reunindo um conjunto de códigos de conduta e de moral, para os cristãos ela é a palavra de Deus, enviada para guiá-los. 

                   A religião islâmica
    O elemento comum e unificador dos diversos povos e culturas que compõem a civilização islâmica é a religião criada por Maomé no século VII, conhecida como maometana ou muçulmana. 
Geografia Newton Almeida
    Figura acima : a Grande Mesquita de Meca (Arábia Saudita, 2006) recebe anualmente milhões de visitantes. Os peregrinos caminham e rezam em volta da Caaba, considerada um dos locais mais sagrados do islamismo, no interior da qual se encontra a Pedra Negra. 

   Nascido no território que hoje corresponde à Arábia Saudita, o islamismo difundiu-se por todo o Oriente Médio, chegando à Turquia, a alguns países do sul da Europa e ao Norte da África. Hoje é importante também na Ásia Central, no Sudeste Asiático e em vários países da África Subsaariana. 

                     Política e religião
   Muitos governantes de países islâmicos usam  os princípios de seu livro sagrado, denominado Alcorão, como instrumento político e de controle da população. O Irã, por exemplo, é um país de governo teocrático, isto é, no qual a política e a religião se entrelaçam. 

                    Correntes do islamismo
   O islamismo divide-se em várias correntes,  sendo a sunita e a xiita as mais mais conhecidas. Os sunitas defendem a Suna, um conjunto de preceitos atribuídos ao profeta Maomé. 
   A corrente xiita segue os preceitos de Ali (genro e primo de Maomé). Para seus seguidores, os líderes políticos legítimos devem ser descendentes de Ali, considerado sucessor de Maomé.

                    Conflitos no Oriente Médio
   Berço  da civilização islâmica, o Oriente Médio tem sido palco de diversos confrontos militares e civis entre xiitas e sunitas pelo poder nos Estados da região. 
   O conflito de maior destaque, no entanto, é de escala  internacional. O Iraque vem sofrendo intervenções lideradas pelos EUA desde 1990, com a Guerra do Golfo, e enfrenta grande instabilidade após a instalação do governo de ocupação de estadunidenses e aliados em 2003.
   O governo dos Estados Unidos alega que a intervenção visa estabilizar os conflitos civis  no país, mas fundamentalistas islâmicos afirmam que por trás disso está o interesse do Ocidente  em controlar a exploração do petróleo e o próprio Oriente Médio. 

                    A religião hinduísta
   O hinduísmo, mistura de religião e filosofia, tem como divindades principais a trindade Brahma (representação da força criadora ativa do universo), Vishnu e Shiva. Também chamado de bramanismo, constitui o grande elemento unificador da civilização hindu, que apresenta culturas diversificadas. 
   O hinduísmo prega a virtude e a resignação num ciclo de reencarnações, pelo qual cada vida é uma oportunidade de corrigir os erros cometidos na anterior e alcançar, afinal, a salvação.
   Para alguns pesquisadores, a colonização britânica na região abrangida pelo hinduísmo foi um fator de peso na imposição de um modelo  de desenvolvimento econômico altamente excludente e na manutenção do sistema de castas. 
Geografia Newton Almeida
     Figura acima : Holi, festa hindu da primavera, em Jaipur (Índia, 2000) .   

                     O sistema de castas : uma ordem hinduísta
   Os princípios do hinduísmo favoreceram a formação, na Índia, de uma estrutura que não permitia a ascensão de um indivíduo de uma classe social para outra, superior. 
   A sociedade era dividida em camadas chamadas castas. No topo da hierarquia estava a casta dos sacerdotes, denominados brâmanes. Em seguida vinham: a dos xátrias, que eram os militares; a dos vaixias, composta de comerciantes, artesãos e camponeses; e a dos sudras, trabalhadores rudimentares que serviam às demais castas. Excluídos do sistema, estavam os párias, grupo totalmente desprovido  de direitos. Os integrantes de uma casta não podiam casar com os de outra. 
   Em 1947, o sistema de castas foi extinto oficialmente. porém as desigualdades permaneceram na sociedade indiana e, apesar da extinção por lei, o sistema continua vigorando no cotidiano, impossibilitando o desenvolvimento de milhões de indianos.  
Geografia Newton Almeida
     Figura acima : Taj Mahal, em Agra, o mais suntuoso palácio do mundo, construído no século XVII. Incorpora, em sua arquitetura, elementos das tradições do Islã, da Pérsia, da Índia e dos mongóis. É considerado uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo (Índia, 2000).     "
         
GEOGRAFIA Newton Almeida

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ásia : Economia






Geografia Newton Almeida

"                      A economia do continente asiático   
   O governos asiáticos enfrentam um grande desafio: buscar o desenvolvimento econômico com distribuição de renda para mais de 1,5 bilhão de habitantes que vivem em condições precárias. 

                        A Ásia Agrícola
   A agropecuária e a exploração dos recursos naturais são atividades fundamentais para a economia da Ásia, principalmente nos países subdesenvolvidos do continente. A indústria e os serviços destacam-se como geradores de emprego e de renda em algumas poucas regiões. 
   Uma fatia considerável da população asiática mora no campo (veja a tabela), concentrando suas atividades no setor primário. 

         População urbana e rural de alguns países asiáticos  - 2006
País
População urbana (%)
    População rural (%)
Afeganistão
22,9
77,1
Bangladesh
24,7
75,3
China
43,0
57,0
Cingapura
100
-----
Coreia do Sul
80,8
19,2
Índia
28,9
71,1
Indonésia
48,3
51,7
Japão
65,8
34,2
Fonte : Calendário Atlante De Agostini 2008. Novara: Instituto Geográfico De Agostini, 2007 .

                       Agricultura 
  Vários povos asiáticos praticam a agricultura de subsistência, responsável pela produção de alimentos para o consumo interno, especialmente arroz, alimento básico das populações do continente.
   Em geral, as atividades agrícolas são realizadas com pouca tecnologia e baixa mecanização. Japão e Israel (figura abaixo) são os que mais empregam técnicas agrícolas modernas e irrigação. Por isso, apesar de terem áreas agricultáveis limitadas, alcançam elevada produtividade.
Geografia Newton Almeida
      Figura acima : a agricultura israelense é praticada nos kibutzin, unidades de produção baseadas no trabalho coletivo (Israel, 2007). 
                 
                         Plantation
   Em diversos locais da Ásia pratica-se a plantation, monocultura cuja produção é destinada principalmente à exportação. Esse sistema agrícola foi introduzido no período da colonização europeia no continente. Observe a figura abaixo. 
Geografia Newton Almeida
     Figura acima : avião pulveriza monocultura de banana com fungicidas que protegem a plantação em Mindanao (Filipinas, 2008). 
  
                         Principais produtos agrícolas
   Arroz,  trigo, algodão, cevada, chá, tabaco e frutas estão entre os principais produtos da agricultura asiática.
   A China e a Índia são os maiores produtores mundiais de arroz, cultivo  no qual se destacam também a Indonésia, Bangladesh e o Vietnã. Além dos aspectos culturais que possibilitam um mercado consumidor gigantesco, as condições climáticas são favoráveis à expansão agrícola, pois permitem duas safras por ano. 

                        Pecuária
   A pecuária, outra importante atividade econômica no continente, é praticada principalmente na forma extensiva, com o gado solto no pasto. Os principais rebanhos são de bovinos, suínos, ovinos e bufalinos. 
   A Índia tem o maior rebanho de gado bovino do mundo. No entanto, o consumo de carne dos indianos é baixo: os hindus (adeptos do induísmo), que são a maioria da população indiana, não comem carne, principalmente a bovina, por considerarem a vaca um animal sagrado. 

                      A gripe aviária
   A criação de aves na Ásia passou por um período crítico no final de 2003, devido ao surgimento do vírus responsável pela chamada gripe aviária ou H5N1 (figura abaixo). A doença teve origem no Sudeste Asiático e se espalhou por todo o sul da Ásia e pelo Oriente Médio, Europa e África.
Ásia : Economia
    Figura acima : vacinação de aves contra o vírus H5N1, em Banten (Indonésia, 2004). País mais afetado pela gripe aviária, a Indonésia liderou o movimento de reivindicação dos direitos dos países em desenvolvimento sobre as vacinas produzidas por empresas internacionais a partir das amostras de vírus compartilhados. 

   As epidemias constituem uma ameaça num continente em que a criação de animais em grande escala é fundamental para a alimentação e a sobrevivência da população. A falta de assistência técnica e de saúde pública no campo contribui para a rápida difusão de tais doenças. O Sudeste Asiático vive em constante atenção para evitar que ocorram novas epidemias.   

                      Os recursos minerais 
   A exploração e a industrialização de recursos naturais e energéticos, como carvão mineral, minérios de ferro, ouro, estanho e cobre, além de petróleo e gás natural, são fundamentais para a economia do continente asiático. 
   Na região do Oriente Médio, apesar da importância mundial do petróleo, a maior parte da população não trabalha diretamente na exploração e comercialização desse recurso. Essas atividades são controladas por poucos. 
   No Sudeste Asiático, o petróleo é produto importante para a economia regional, juntamente com o estanho. A Indonésia é o segundo maior produtor mundial de estanho, que está sendo cobiçado por empresas dos Estados Unidos e do Oriente Médio. Esse mineral é usado na indústria para produção de chapas, fios e tubos. 

                      O setor industrial
   Os países mais industrializados da Ásia são Israel, China, Coreia do Sul e Japão. Esses dois últimos países contam com modernos processos de produção, mão-de-obra especializada e tecnologia de ponta. A indústria japonesa destaca-se mundialmente nos setores de informática, robótica, eletroeletrônico e automobilístico.
   Nos últimos anos, outros países vêm apresentando grande desenvolvimento industrial: Taiwan, Cingapura, Hong Kong (ex-protetorado britânico devolvido à China em 1997), Índia, Malásia, Tailândia, Indonésia e Filipinas.

                       Tigres Asiáticos

   Revelando grande dinamismo econômico, Coreia do Sul (figura abaixo), Taiwan, Cingapura e Hong Kong, conhecidos como Tigres Asiáticos, têm promovido  intensa industrialização. Isso foi alcançado por meio da produção e exportação, em larga  escala, de artigos de valor altamente competitivo no mercado internacional.
Geografia Newton Almeida
      Figura acima : linha de montagem automatizada, com intenso uso de robótica, em Seul (Coreia do Sul, 2002) . 

                       China e Índia 

   O setor industrial chinês tem apresentado um dos mais elevados índices de crescimento do mundo, numa média de 8% ao ano, em boa parte devido à mão-de-obra abundante e barata (figura abaixo). 
Geo Newton
     Figura acima : trabalhadores em fábrica de brinquedos para rede de fast food transnacional em Guangdong (China, 2008).  


   Na Índia também tem havido considerável crescimento industrial nas últimas décadas, desenvolvendo diversos  setores, entre eles o mecânico, o têxtil, o siderúrgico e o de informática. 
   É importante lembrar que o crescimento econômico asiático se dá pela divisão da sociedade em dois segmentos: um ligado às atividades modernas da economia, com formação especializada, estágios no Ocidente, salários e padrão de vida elevados; o outro constituído de mão-de-obra barata, trabalhando em condições ilegais, sem quaisquer direitos trabalhistas e fiscalização dos governos.

                       Arábia Saudita

   Também a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, vem se desenvolvendo industrialmente, realizando investimentos para a construção de refinarias e indústrias petroquímicas . 
Geografia Newton Almeida
     Figura acima : campo de exploração de petróleo em Dammam (Arábia Saudita, 2004). O país possui um quarto das reservas mundiais de petróleo e  é grande exportador para os Estados Unidos e a Europa.          " 

Fonte :   DANELLI, Sônia Cunha de Souza . Projeto Araribá , Geografia 9º ano  . Editora Moderna . 2ª Edição.   São Paulo : 2007  .  

      

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ásia : População

   



Geografia Newton Almeida

  "  No continente asiático ocorre a maior  concentração populacional do planeta. Poderá essa população alcançar padrões de vida elevados sem comprometer seriamente os recursos naturais de seus países e do mundo ?  

                      A distribuição da população da Ásia

   Além de ser o mais extenso continente da Terra, a Ásia é o mais populoso, reunindo mais da metade da população mundial. A Índia e a China são os países mais populosos - do continente e do mundo -, somando atualmente mais de 2,3 bilhões de habitantes. 
   A distribuição da população pelo continente é irregular. Há áreas com elevada concentração de habitantes, como Bangladesh, onde a densidade demográfica ultrapassa 880 hab./Km²; outras, com condições inóspitas (desertos, altas montanhas), registram menos de 10 hab./Km².  

                     Políticas de controle demográfico

   A população asiática está em crescimento, apesar das políticas oficiais de controle da natalidade, em muitos países. É o caso da China (figura abaixo), que adotou a norma de um filho por casal no meio urbano e dois no  meio rural, caso o primeiro  tenha sido menina. 
   O efeito desse tipo  de política é a redução do crescimento demográfico. De acordo com a ONU, a população da Índia e da China deverá crescer cerca de 1,2% e 0,7% ao ano, respectivamente, até 2015. Esses percentuais são pequenos, se comparados, por exemplo, ao do Brasil, que é de 2,0% ao ano. 
Geografia Newton Almeida
 Figura acima : O programa do governo chinês de controle de natalidade aparentemente deu certo : na virada do século, a população do país era de 1,2 bilhão de pessoas, contra a previsão de 1,5 bilhão, caso não houvesse o programa. 

             Crescimento demográfico e desigualdades sociais  

   Entre os fatores que colaboraram para o acelerado crescimento demográfico na Ásia estão a elevada natalidade e o controle da mortalidade, este último devido à melhoria das condições de higiene e à ampliação do atendimento médico-hospitalar. 
   Porém, o elevado crescimento demográfico, somado às desigualdades sociais, tem influência negativa sobre o desenvolvimento do continente. Grande parcela da população asiática é analfabeta e tem baixo poder aquisitivo.  Apesar da melhora dos últimos anos, as taxas de mortalidade infantil continuam elevadas, a expectativa de vida permanece baixa e o analfabetismo atingia, por  exemplo, 39% da população  indiana e 50,1% da paquistanesa, em 2005. 
   Os melhores índices educacionais da Ásia  são apresentados pelo Japão e por Israel, que têm perto de 100% de sua população alfabetizada e, no caso japonês, cerca de 45% matriculada nas universidades. Os países conhecidos como Tigres Asiáticos também realizam investimentos na educação, buscando qualificar melhor a mão-de-obra. 

                       Urbanização e pressão sobre o meio ambiente

   Apesar de a população asiática ser predominantemente rural, existem no continente grandes aglomerações urbanas. Exemplos delas são Tóquio, no Japão, país com 65,8% da população urbana; Mumbai (Bombaim) e Calcutá, na Índia; Pequim (Beijing), na China; e Seul, na Coreia do Sul (veja  abaixo). 

                    Grandes aglomerações urbanas Asiáticas  - 2007 
                                       (número de habitantes)
   Tóquio                                   35.676.000
   Mumbai                                 18.978.000
   Nova Délhi                             15.926.000
   Xangai                                   14.987.000
   Calcutá                                  14.787.000          (Fonte: ONU) 
  
   As grandes concentrações populacionais ocorrem principalmente nas regiões litorâneas, como na China, no Vietnã e na Índia; também aparecem nas regiões interioranas que contam com a presença de grandes rios, como o Hoang-Ho (Amarelo) e o Yang-Tsé (Azul), na China, o Ganges e o Indo, na Índia.
   Como em outras regiões do planeta, isso é preocupante, porque significa uma enorme pressão sobre os rios e oceanos, que sofrem a deterioração da qualidade das águas, comprometendo o abastecimento das futuras gerações. 

                         Uma população de grande diversidade cultural e religiosa

   Diversas línguas e dialetos são falados no continente asiático. Os mais difundidos são o chinês, o híndi, o árabe, o japonês, idiomas eslavos (Rússia asiática) e o inglês. 
   Muitas são também as religiões praticadas : o islamismo, no Oriente Médio e na  Ásia Central; o hinduísmo (figura abaixo) e o budismo, na Ásia Meridional e no Sudeste Asiático; o xintoísmo, no Japão. O  cristianismo é praticado  esparsamente por diversos grupos em todo o continente. 
   Nem sempre a pluralidade religiosa na Ásia pode ser entendida como exemplo de tolerância e convivência entre os povos. Por exemplo, na Caxemira, entre a China, a Índia e o Paquistão, populações de muçulmanos, hindus, sikhs e cristãos vivem em constante enfrentamento pela posse do território e pelo domínio religioso na região. 
Geografia Newton Almeida
     Figura acima : pessoas banhando-se no Rio Ganges, em Uttar Pradesh (Índia, 2001). Segundo a crença dos hindus, o banho no Ganges faz parte  de um ritual de purificação.   "

Fonte :   DANELLI, Sônia Cunha de Souza . Projeto Araribá , Geografia 9º ano  . Editora Moderna . 2ª Edição.   São Paulo : 2007  .