segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Categorias do Espaço Geográfico Conceitos e Definição de Lugar Paisagem Território e Região

        A Geografia possui quatro principais categorias, ou conceitos básicos, que são como pilares para a construção do entendimento da saga do homem sobre o ambiente, criando o espaço geográfico. 
      A natureza virgem e intocada deixa de existir quando as sociedades humanas desenvolvem tecnologia e gradualmente alteram a natureza, com objetivo primeiro de alimentação e para garantir melhor qualidade de vida ou conforto.          
       Atualmente, qualquer pesquisa, por mais simples que seja, pode observar a alteração da natureza por parte do avanço tecnológico, pelo menos indiretamente. Seja nas profundezas do mar ou das florestas, já não mais há o equilíbrio ecológico de eras passadas, pois resíduos químicos, bio-invasão ou mesmo a alteração climática se fazem presentes. Assim, vivemos em um espaço geográfico onde a ação humana interage com as forças da natureza, e cabe à Geografia o entendimento desses processos, de maneira geral. 
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         O espaço geográfico, foco do estudo da Geografia, engloba quatro principais categorias dessa ciência humana, conceitos básicos de muita importância, que por vezes podem ser relacionados como Dimensões ou Níveis do Espaço Geográfico: 
              
- Lugar é uma porção do espaço geográfico em que vivemos, onde temos referências emocionais, pois é em nosso lugar que adquirimos experiências de vida e aprendemos valores culturais. 
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     O lugar é  o espaço geográfico mais importante para cada um, onde estudamos e vivemos, e é onde a contribuição positiva ou negativa, de cada pessoa, vai impactar a pequena  porção desse espaço; 

- Paisagem é uma porção do espaço geográfico que captamos ao olhar. A paisagem é um conjunto de elementos naturais e culturais, que interagem entre si e tomam a forma que podemos ver.  A paisagem é o retrato das forças naturais e culturais que moldaram essa porção do espaço geográfico, que além de ser vista pode ser sentida, pelos outros sentidos, como audição e olfato, e também da complexa percepção emocional. 
    Uma paisagem pode ser uma pequena parte de um lugar, como a paisagem visualizada de uma janela, ou do terraço de um prédio. 
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      A imagem acima mostra uma ampla paisagem de parte da cidade de Niterói, e nesse caso, diversos lugares estariam inseridos nela, assim como elementos naturais (águas da Baía de Guanabara) e culturais (como o Museu de Arte Contemporânea - MAC).  

- Território é a porção do espaço geográfico limitada por fronteiras. Sempre existe no território a expressão do poder de aspecto social, ou político ou militar. 
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     Um território é o palco das disputas de poder, e também das tentativas de organizar as relações humanas sob normas administrativas, sejam tendo sido decididas em consenso, democraticamente, ou arbitrariamente por um grupo hegemônico ou por um único ditador; 


- Região é a porção do espaço geográfico determinada por limites ou linhas cartográficas a fim de melhor compreender, e conseguir estudar, o imenso espaço dividindo-o em porções, que guardam características em comum. 
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    Uma região pode ter sua identidade (ou limites espaciais) definida por inúmeros critérios, como o clima, a renda per capita, densidade populacional, etc, de acordo com os principais aspectos que interessam aos pesquisadores, estudiosos e geógrafos. 


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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Explicação Simples e Didática Sobre Os Níveis e Dimensões do Espaço Geográfico

        Vamos hoje conversar sobre esse conteúdo que é muito importante para a Geografia. Teremos, a seguir, uma explicação bem simples, cujo objetivo é o alcançar o entendimento sobre os Níveis ou Dimensões do Espaço Geográfico.  
   
   Lembrem-se: para os estudos das ciências humanas, como a Geografia, é necessário um bom entendimento e interpretação dos textos! Se você tem dificuldade de leitura siga aqui para saber sobre como vencer esse problema  
      
            Agora sim, pessoal, vamos já  começar a explicar os Níveis ou Dimensões do Espaço Geográfico
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     O que é Espaço Geográfico? 

      O que vem à sua mente quando ouve ou lê a palavra espaço? Com certeza que você deve pensar em foguetes, naves espaciais e nos planetas. Esse é o um dos significados para a palavra espaço, e o mais comum de todos, mas existem outros. Esse espaço, das estrelas, é o que se chama de espaço astronômico, é o mais amplo e se refere a todo o Universo. 
    O tipo de espaço que estudamos na Geografia é o espaço geográfico, que também, logicamente, faz parte do Universo, do espaço astronômico. Porém, antes de tudo, o espaço geográfico é o espaço da sociedade humana, aquele em que os seres humanos ocupam, utilizam e transformam. Sempre que você ler sobre o espaço geográfico deve saber que  o trabalho, ou ação do homem, está presente nele. 

     O espaço geográfico, portanto, é onde vivemos e refere-se ao planeta Terra, o nosso lugar de moradia no Universo. Porém, nós, seres humanos, ocupamos apenas uma parte da Terra: a sua superfície. Dessa forma, pode-se dizer que o espaço geográfico é a superfície terrestre, na qual as sociedades humanas interagem com a natureza.


              O que significam os Níveis ou dimensões do Espaço Geográfico?

      O espaço geográfico possui diversos níveis ou dimensões, que são representados pelas escalas geográficas. 

        Isso pode ser entendido, de maneira bem simplista como o tamanho ocupado por determinada porção territorial, ou porção do espaço geográfico. Esse tamanho é comparativo e não exato. Como assim? 
  
      Por exemplo, digamos que você viva em uma casa de 100 metros quadrados (m²), isso é uma medida exata. Agora, se você diz: "minha casa é bem maior que a do meu vizinho" ; então você está comparando um tamanho com outro. 
      É dessa maneira que devemos pensar nos níveis ou dimensões do espaço, comparativamente. 

    Nossa casa, nosso bairro e o município representam uma dimensão (ou tamanho) menor do espaço geográfico, ou seja, dizem respeito ao nosso lugar, o espaço mais próximo de nós. O lugar é uma pequena porção do espaço geográfico, restrito aos limites de um bairro, ou no máximo uma cidade. 

     A dimensão, ou nível, de um lugar é maior que a de uma paisagem (siga aqui para ler mais sobre a paisagem). Mas, qual é mesmo a definição de lugar? 

    Lugar é uma porção do espaço geográfico onde vivemos, trabalhamos ou estudamos, no qual desenvolvemos nossas atividades do dia a dia, e que por isso tem um valor sentimental especial para cada um. 
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      Observe que uma paisagem natural (que nunca foi alterada pelos seres humanos) não pode ser considerada um lugar, sob o enfoque conceitual da Geografia, pois embora possa até despertar algum sentimento para alguém, não pode ser uma porção do espaço geográfico em que a vida de alguém aconteça e se desenvolva.  O lugar tem laços com uma paisagem cultural, na qual é visível o trabalho humano, construindo um novo ambiente e onde as pessoas desenvolvem suas atividades diárias.  

           Sabendo que o lugar possui relação com paisagens culturais, será que pode existir algum elemento natural no lugar?  Sim. Pode sim. Uma paisagem cultural, inserida em algum lugar, costuma, possuir elementos naturais, como árvores com pássaros, ou um bosque inteiro, ou mesmo uma mata com animais, ou um lago, etc.  Portanto o lugar pode abranger não só elementos culturais, mas elementos naturais também.    
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       A figura acima mostra uma imagem de satélite (Google Earth) de um bairro da cidade de Rio Bonito, no Estado do Rio de Janeiro, chamado Green Valey.  
         Nesse bairro devem viver  cerca de 2.000 pessoas.  Para cada uma delas o Green Valey é o seu lugar, onde possuem seus laços familiares e com os seus vizinhos.  A cidade inteira de Rio Bonito possui população da ordem de 60.000 habitantes. Isso é cerca de 30 vezes a quantidade de moradores do Green Valey. 
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     Veja a imagem de satélite acima: mostra o Bairro Green Valey (bem pequeno), o centro da cidade de Rio Bonito e outros bairros. Você percebe que a dimensão de toda a cidade é muito maior que o Green Valey (um bairro). 
      Imagine então o conjunto de todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro, que somam 92, formando uma dimensão ainda maior do espaço geográfico. E o nosso país, uma outra dimensão territorial maior ainda, englobando 26 estados e o Distrito Federal (Brasília), e depois os continentes e oceanos que em conjunto formam toda a superfície terrestre (ou planeta Terra).
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   Vamos colocar essas porções do espaço geográfico em ordem crescente: 

BAIRRO  CIDADE   ESTADO  PAÍS  CONTINENTES e OCEANOS (superfície terrestre = todo o espaço geográfico).

       Entendeu? Mais ou menos? Então vamos tentar responder a duas perguntas simples, tá? 

    -  Qual porção do espaço geográfico possui maior dimensão: 
   um lugar ou uma região que engloba algumas cidades (como a Região dos Lagos,  no Estado do Rio de Janeiro)? 

      A Região dos Lagos possui dimensão maior do que um lugar. 

    -  Imagine que você precisa realizar uma pesquisa de campo para um trabalho de Geografia. Se você deseja facilitar a pesquisa, ou seja, deseja conseguir terminar o trabalho mais rápido: você vai escolher realizar uma pesquisa em uma dimensão de espaço maior ou menor? Por quê? 

        Menor! Quanto menor a dimensão do espaço a ser pesquisada, mais fácil será para percorrê-la. Por exemplo, uma porção do espaço de menor dimensão, como um bairro, pode ser visitada sem utilizar um carro, mas para percorrer e pesquisar uma porção do espaço de maior dimensão, como uma cidade inteira, então será necessário mais tempo e o deslocamento não poderá ser feito a pé.  

             Então é isso pessoal. Espero que a explicação tenha sido boa.  

          Lembrem-se: a Terra é a nossa casa e precisamos cuidar da nossa casa!     Até a próxima postagem! 
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Perguntas com Respostas sobre Texto da ONU Brasil que Trata da Desigualdade Social na América Latina

         
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     A Geografia se interessa e deseja contribuir com o desenvolvimento das sociedades. O texto abaixo traz uma discussão de vanguarda: quais mecanismos devem ser alterados pelo sistema capitalista para possibilitar a inclusão social e diminuir as desigualdades? O texto faz reflexões mais específicas no contexto dos sistemas tributários dos países da América Latina. 


            Leia o texto da ONU Brasil com bastante atenção e depois responda às perguntas. Ao final das perguntas verifique as respostas. 


       BOA LEITURA e BOM EXERCÍCIO! 


Fonte do texto - site da ONU Brasil 


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   Reforma do sistema tributário é necessária para fim da desigualdade da América Latina, afirma CEPAL


        Em mensagem conjunta, o organismo da ONU e a Oxfam Internacional alertam para crescimento desproporcional entre os ricos e pobres na região, considerada a mais desigual do mundo. Benefícios para multinacionais e evasão fiscal impedem que a verdadeira renda dos países seja aplicada no fim da pobreza e em serviços para a população mais vulnerável.

               Em Davos, Suíça, líderes do planeta se encontraram no Foro Econômico Mundial entre 20 e 23 de janeiro como o compromisso de melhorar o estado atual do mundo em nome do interesse público e encontrar respostas para os desafios mais prementes. A secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), Alicia Bárcena, e a diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima, utilizaram a ocasião para chamar a atenção para a crescente desigualdade no mundo que arrisca agravar o crescimento econômico e a luta contra a pobreza e a estabilidade social. Para elas, um novo sistema tributário internacional é essencial para responder a estas questões e possibilitar a conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
        No artigo de opinião, elas apontam para o impacto destrutivo da extrema desigualdade sobre o crescimento sustentável e a coesão social na América Latina. Apesar dos avanços para reduzir a extrema pobreza, a região continua a apresentar altos níveis de distribuição de riqueza e renda. Para elas, esta desigualdade tem implicações diretas na construção de sociedades inclusivas e na projeção reduzida de crescimento da região para 2016, estimada pela CEPAL em 0,2%.
              A América Latina ainda é a região mais desigual do mundo. Em 2014, os 10% mais ricos tinham acumulado 71% da riqueza regional. Segundo a Oxfam, se essa tendência continuar, em apenas seis anos 1% dos mais ricos terá o equivalente a 99% do restante da população.
             Entre 2002 e 2015, as fortunas dos multimilionários da América Latina cresceram em média 21% anual, o equivalente a seis vezes mais do que o PIB da região, segundo estimativas da Oxfam. Grande parte dessa riqueza é mantida em paraísos fiscais, o que significa que esse lucro não é revertido para os países, principalmente para os mais pobres e a classe média.
       Proteger os avanços conquistados na América Latina e garantir o crescimento inclusivo e sustentável deve ser prioridade para todos os países da região. Consequentemente, a CEPAL e a Oxfam afirmaram sua decisão de trabalhar de maneira conjunta para promover e construir um novo consenso contra a desigualdade.
          Entre as propostas mencionadas está a reforma tributária, redução de benefícios para multinacionais que impedem o crescimento de empresas domésticas, e controle da evasão e elisão de impostos, que custam à América Latina 190 bilhões de dólares – o equivalente a 4% do PIB – em impostos, uma quantia que deveria ser investida na luta contra a pobreza e desigualdade e na redução de brechas históricas da sociedade, principalmente no âmbito da educação, saúde, transporte e infraestrutura.
        As representantes instaram os países a tomar medidas conjuntas e coordenadas para a criação de um sistema tributário moderno, que possibilite alcançar todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Para elas, a experiência da América Latina serve para mostrar aos líderes políticos e tomadores de opinião, reunidos em Davos, que não há como combater a desigualdade e impulsionar o crescimento inclusivo sem conceber um sistema tributário mais justo.
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Menino no México. Foto: Giulian Frisoni/Flickr/CC



                                                    "


PERGUNTAS 





1-  O que é Oxfam Internacional? 





2-  Quais países constituem a América Latina? 





3-  O que é CEPAL? 





4-  O que é sistema tributário? 


5- No Fórum Econômico Mundial realizado em Davos (Suíça), nos dias 20 a 23 de janeiro de 2016, a secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, e a diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima, alertaram para qual problema a ser enfrentado? 

6- Quais indicadores econômicos são citados para mostrar a desigualdade econômica da América Latina? 

7- Tanto a CEPAL quanto a Oxfam clamam por reformas tributárias na América Latina, a fim de diminuir a desigualdade social. 
    Cite alguma distorção do sistema tributário brasileiro que implica em ampliação da desigualdade social (pesquise na internet e responda). 





RESPOSTAS 


1-  A Oxfam Internacional  é uma organização não governamental (ONG) que constitui um conjunto de 20 organizações, que atua em 94 países na busca de soluções para o problema da pobreza e da injustiça. 
                   Saiba mais: 

"   Em resposta aos horrores da miséria e da fome provocados pela Segunda Guerra Mundial, um pequeno grupo de pessoas de Oxford, na Inglaterra, se reuniu para pensar em soluções para ajudar os refugiados na Grécia.

     Nesse contexto, em 1942, surgiu a Oxfam, abreviatura de Oxford Committee for Famine Relief (Comitê de Oxford para Alívio da Fome), criado para discutir os impactos da Segunda Guerra Mundial e buscar soluções para o fornecimento de alimentos, principalmente para crianças e mulheres, dos países prejudicados pelo confronto.
    Nas décadas seguintes, a Oxfam foi ampliando sua atuação, saindo da Europa para também atuar em outros continentes como África, Ásia e América Latina e, acrescentando ao trabalho humanitário iniciado em 1942, o apoio a programas de longo prazo para melhorar a vida das pessoas e a realização de campanhas tanto para arrecadar fundos, como para influenciar as mudanças necessárias no combate à pobreza.
    Ao mesmo tempo, outras Oxfams foram surgindo e, em 1995, um grupo de organizações não governamentais independentes se juntam para fundar a confederação Oxfam Internacional, ou simplesmente Oxfam, com o objetivo de trabalhar em conjunto para alcançar maior impacto na luta internacional para reduzir a pobreza, a desigualdade e as injustiças.
     Ao longo dos anos, a Oxfam se tornou uma das organizações não governamentais internacionais que lideram o trabalho de ajuda humanitária em situações de emergência no mundo.
    Além disso, a Oxfam, a partir de sua identidade de trabalhar em parceria com outras organizações, passa a fazer parte de um movimento global a favor de mudanças que criem as condições estruturais para um desenvolvimento em favor dos direitos humanos e das transformações sociais necessárias para se ter uma sociedade mais justa.
      Hoje, a Oxfam é uma confederação de 20 organizações que atuam em 94 países pelo fim da pobreza e desigualdade.
               " Fonte - Oxfam Brasil 

2- A América Latina é constituída por todos os países da América com exceção dos Estados Unidos e do Canadá. 

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             Existem algumas divergências sobre a lista exata de países que fazem parte da América Latina. Para a ONU (Organização das Nações Unidas) e CEPAL a América Latina se refere aos países menos desenvolvidos da América. 
     Os países que constituem a América Latina tem em comum um passado de colonização exploratória, conduzido pela Espanha e Portugal. Portanto, nesses países, a língua falada tem como origem o latim:  o português (Brasil) e o espanhol.
     Já nos Estados Unidos e no Canadá as línguas germânicas fazem parte da sua  cultura, e o mais importante é que os seus processos de colonização são conceituados como de povoamento e não de exploração.   



3-   A Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) foi estabelecida pela resolução 106 (VI) do Conselho Econômico e Social (ONU), de 25 de fevereiro de 1948, e começou a funcionar nesse mesmo ano. Mediante a resolução 1984/67, de 27 de julho de 1984, o Conselho decidiu que a Comissão passaria a se chamar Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe. 

      A CEPAL é uma das cinco comissões regionais das Nações Unidas e sua sede está em Santiago do Chile. Foi fundada para contribuir ao desenvolvimento econômico da América Latina, coordenar as ações encaminhadas à sua promoção e reforçar as relações econômicas dos países entre si e com as outras nações do mundo. Posteriormente, seu trabalho foi ampliado aos países do Caribe e se incorporou o objetivo de promover o desenvolvimento social.
        A CEPAL tem duas sedes sub-regionais, uma para a sub-região da América Central, situada na cidade do México, e a outra para a sub-região do Caribe, em Port of Spain, estabelecidas em junho de 1951 e dezembro de 1966, respectivamente. Além disso, tem escritórios nacionais em Buenos Aires, Brasília, Montevidéu e Bogotá e um escritório de ligação em Washington, D.C.


4- Sistema tributário de um país é o conjunto de leis e normas que organizam a cobrança de impostos dos cidadãos e das empresas. Os impostos são utilizados para manterem os poderes públicos, executivo, legislativo e judiciário, dentro do que é norteado pela constituição do país, com o objetivo de prestar serviços públicos (saúde, educação, infraestrutura de transportes, etc.) e organizar de maneira geral o país. 

5-        A secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), Alicia Bárcena, e a diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima, utilizaram a ocasião para chamar a atenção para a crescente desigualdade no mundo que arrisca agravar o crescimento econômico e a luta contra a pobreza e a estabilidade social. Para elas, um novo sistema tributário internacional é essencial para responder a estas questões e possibilitar a conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
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Imagem acima: Davos na Suíça (janeiro 2016). 

6-   A América Latina ainda é a região mais desigual do mundo. Em 2014, os 10% mais ricos tinham acumulado 71% da riqueza regional. Segundo a Oxfam, se essa tendência continuar, em apenas seis anos 1% dos mais ricos terá o equivalente a 99% do restante da população.

             Entre 2002 e 2015, as fortunas dos multimilionários da América Latina cresceram em média 21% anual, o equivalente a seis vezes mais do que o PIB da região, segundo estimativas da Oxfam. Grande parte dessa riqueza é mantida em paraísos fiscais, o que significa que esse lucro não é revertido para os países, principalmente para os mais pobres e a classe média.


7-   Segundo um estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc - é uma organização não governamental) e da Oxfam:
      o sistema tributário adotado no Brasil está concentrado em tributos indiretos e cumulativos que sobrecarregam os trabalhadores e os mais pobres, uma vez que mais da metade da arrecadação provém de tributos que incidem sobre bens e serviços, havendo baixa tributação sobre a renda e o patrimônio. 

       As pessoas mais pobres e os trabalhadores assalariados são os responsáveis por 71,38% do montante de impostos arrecadados no Brasil.  


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domingo, 24 de janeiro de 2016

Perguntas com Respostas sobre Notícia da ONU Brasil com título Capacitação do governo brasileiro e PNUD possibilita a lideranças quilombolas mapear seus territórios

         
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     A Geografia está presente em nosso dia a dia. Quem lê e estuda a Geografia consegue entender melhor a realidade que o cerca. 
    Um dos principais objetivos do estudo da Geografia é o desenvolvimento das sociedades.

     Abaixo um texto interessante, uma notícia da ONU Brasil, que mostra a aplicação da Geografia para o desenvolvimento humano. Leia o texto com atenção e depois responda às perguntas. Ao final, consulte as respostas para observar suas dúvidas! Boa leitura e bom exercício!  


Fonte do texto -   site da ONU Brasil 


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   Capacitação do governo brasileiro e PNUD possibilita a lideranças quilombolas mapear seus territórios



        -  Curso de cartografia formou 30 pessoas que poderão se tornar multiplicadoras desse conhecimento. A cartografia é uma importante ferramenta de empoderamento social dessas comunidades, uma vez que seus próprios membros estarão aptos realizar o mapeamento de seus territórios.   -

    As comunidades quilombolas lutam pela titulação de seus territórios, maior acesso a políticas públicas e visibilidade. A cartografia é uma importante ferramenta de empoderamento social dessas comunidades, uma vez que seus próprios membros estarão aptos realizar o mapeamento de seus territórios.
       A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, em parceria com o Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD) promoveu um treinamento em cartografia destinado a lideranças quilombolas e técnicos da SEPPIR.



      O curso, que formou duas turmas de 15 pessoas entre os dias 10 e 20 de novembro na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) em Brasília, foi organizado pelo Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), cujo objetivo é produzir conhecimento sobre as comunidades tradicionais.


     O treinamento, que reuniu turmas compostas a partir de seleção feita pela Coordenação Nacional de Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ, consistiu em formação inicial em técnicas de geoprocessamento, viabilizando a construção de mapas e gestão territorial. “O objetivo é que futuramente esse curso possa ser aprofundado, e esses representantes da primeira etapa possam passar esse conhecimento para suas comunidades”, afirmou a representante de Monitoramento e Avaliação do PNUD Brasil, Juliana Wenceslau.
      O projeto do PNUD, em parceria com a SEPPIR, que tem por objetivo apoiar o desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades negras tradicionais, visa também transferir esse patrimônio para a esfera pública. “Disponibilizaremos essas informações para que o governo e a sociedade civil tenham acesso a elas, sobretudo os beneficiários das políticas públicas”, informa a secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais, Givânia Silva.

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Lideranças quilombolas participaram da capacitação em cartografia. Foto: PNUD/Tainá Seixas

                                                                                                                             "


            PERGUNTAS 



1-  Qual é a informação principal do texto? 

2-  Por que a cartografia pode ser útil às comunidades quilombolas? 

3-  Quais instituições promoveram o curso de cartografia para os quilombolas? 

4-  Quem organizou, onde e quando, esse curso? Qual é o seu objetivo?  

5-  O que os alunos do curso aprenderam? 

6- O que são "comunidades quilombolas" ?

             RESPOSTAS 


1- A informação principal do texto é a realização de um curso de cartografia para lideranças quilombolas, em especial. 

2-  Porque a cartografia é uma importante ferramenta de empoderamento social dessas comunidades, uma vez que seus próprios membros estarão aptos realizar o mapeamento de seus territórios. 

3-  O curso de cartografia para lideranças quilombolas foi promovido pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, em parceria com o Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD).

4-     O curso de cartografia foi realizado entre os dias 10 e 20 de novembro de 2015, na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) em Brasília, foi organizado pelo Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), cujo objetivo é produzir conhecimento sobre as comunidades tradicionais.

5-   Os alunos do curso aprenderam técnicas de geoprocessamento, viabilizando a construção de mapas e gestão territorial.


6-  As comunidades quilombolas, ou comunidades remanescentes de quilombos, ou ainda comunidades negras rurais ou simplesmente quilombolas, são grupos étnicos constituídos pelos descendentes dos escravos negros que originaram grupos sociais que ocuparam um território comum com características culturais específicas, surgido em consequência do processo de resistência à escravidão. 

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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Perguntas com Respostas sobre Texto do IBGE Indicadores da Construção Civil Dezembro 2015

    
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      O estudante de geografia deve estar sempre lendo textos de órgãos e instituições oficiais, que desenvolvem trabalhos e conteúdos no âmbito da geografia, como é o caso do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
         A construção civil é um segmento da economia que gera uma enorme cadeia produtiva, e  figura como um dos setores mais importantes para o país, reunindo construtoras, fabricantes e comerciantes de materiais, máquinas e equipamentos, serviços técnicos especializados, serviços imobiliários e consultorias de projetos, engenharia e arquitetura. A atividade de construir movimenta, portanto, diversas áreas e gera impactos relevantes na economia brasileira. 
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     Infelizmente, o ano de 2015 ficará marcado pela acentuada crise econômica que se abateu  na economia do Brasil e principalmente na construção civil. Um dos motivos teria sido a prisão de diversos empresários e executivos de grandes empresas da construção civil, devido à operação de investigação, liderada pelo Juiz Sérgio Moro, a Lava Jato, combatendo a corrupção  em obras de engenharia contratadas por empresas públicas, como a Petrobrás. 
      O texto abaixo, do IBGE, pode ser um bom conteúdo a ser explorado pelos professores em sala de aula. Embora esse texto não seja abrangente, e nem comente sobre se a construção civil no Brasil está em crise ou não, ele serve para que os professores instiguem seus alunos a construírem suas relações de conhecimento entre a Geografia e a realidade ao seu redor. Assim, foram elaboradas perguntas com respostas sobre esse texto do IBGE. 

       Leia o texto abaixo com atenção e depois responda às perguntas. Após as perguntas estão as resposta. 

                       Boa leitura e bom exercício! 


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             Índice Nacional da Construção Civil varia 0,06% em dezembro e fecha 2015 em 5,50%

         O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi - SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL), calculado pelo IBGE em parceria com a CAIXA, apresentou variação de 0,06% em dezembro, apresentando desaceleração de 0,22 ponto percentual em relação à taxa de 0,28% de novembro. Com isto, o ano de 2015 fechou em 5,50%. O acumulado no ano de 2014 foi 6,20%. 
        Por metro quadrado, o custo nacional passou de R$ 926,84 em novembro para R$ 963,39 em dezembro. A parcela de materiais, com variação de 0,11%, comparada com o mês anterior (0,41%), registrou queda de 0,30 ponto percentual. Já o custo médio da mão de obra, por metro quadrado, se manteve no mesmo valor, não apresentando variação.
      Os resultados de 2015 registraram variação de 3,78% nos materiais, enquanto o acumulado da parcela do custo referente aos gastos com mão de obra teve alta de 7,55%, ambas inferiores aos do ano anterior. Em 2014, a parcela dos materiais fechou em 4,90% e a mão de obra, em 7,74%.
      Por metro quadrado, as despesas com materiais chegaram em dezembro de 2015 ao valor de R$ 516,06. Quanto à parcela da mão de obra o ano fechou em R$ 447,33. Em dezembro de 2014, por metro quadrado, estas despesas estavam em R$ 497,37 no caso dos materiais e R$ 415,95 na mão de obra.

          Região Norte tem a maior variação mensal e o maior acumulado para 2015

       No mês de dezembro, a região norte se destacou por apresentar a maior aceleração no custo, com 0,43%, e também o acumulado mais elevado, 7,92%. As demais variações foram: 4,51% (Nordeste), 4,95% (Sudeste); 7,81% (Sul) e 5,25% (Centro-oeste).
         Quanto aos custos da construção, as regiões ficaram com os seguintes valores por metro quadrado: R$ 995,18 (Norte); R$ 889,98 (Nordeste); R$ 1001,61 (Sudeste); R$ 999,97 (Sul) e R$ 975,71 (Centro Oeste).
       Em dezembro, Amapá registra a maior alta no mês. Devido à pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente de acordo coletivo, Amapá foi o estado que ficou com a maior taxa mensal, 3,73%, passando o custo médio por metro quadrado à R$ 988,34. Também, com um percentual de 10,69%, o Amapá registrou o maior acumulado no ano.
      O SINAPI, criado em 1969, tem com o objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando à elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.  
                                                                                                   "

                                       PERGUNTAS 

1-  O que é o IBGE? Para que ele serve? 


2- O que é o Sinapi? Para que ele serve? 

3-  O primeiro parágrafo  do texto reforça um indicador no título do texto, mas não explica o que significa. A partir da leitura do texto por inteiro, é possível entender do que se trata.        Explique a informação principal contida no primeiro parágrafo do texto.  

4- Segundo dados do Sinapi o custo para a construção é da ordem de  R$ 1.000,oo (arredondando). Calcule quanto você irá gastar para construir uma casa de 90 m² (metros quadrados), aqui no Brasil?

5- De acordo com o texto, o que custa mais caro em uma construção: a mão de obra ou os materiais (tábuas, pregos, ferro, cimento, piso, telhas, etc)? 

6- Segundo a pesquisa Sinapi de dezembro de 2015, em qual região do Brasil é mais caro para construir uma casa, por exemplo?

                                        RESPOSTAS 

1-  O IBGE é o Instituto Nacional de Geografia e Estatística, criado em 1934. O IBGE serve para pesquisar dados e informações do País, que atendem às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal. 
    
2-  O Sinapi é o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, tem gestão (coordenação) compartilhada entre o banco CAIXA Econômica Federal - CEF e o IBGE. 
      O Sinapi serve para pesquisar  dados que são referência para os custos de obras de todos os financiamentos de construção da CEF (Caixa Econômica Federal) e das licitações de obras e serviços de engenharia do Governo Federal. O sistema também serve para a atuação dos órgãos de controle das despesas governamentais. 

3-  A informação principal, contida no primeiro parágrafo do texto, é que o índice nacional da construção civil do ano 2015 fechou em alta de 5,5%. Isso significa que o custo médio do metro quadrado para construção, no Brasil, inflacionou em 5,5%, mesmo estando a construção civil em crise, mas com tendência de baixa, já que o acumulado de 2014 foi de 6,6%

4-   Se o metro quadrado de construção custa cerca de 1.000 reais, então basta multiplicar 90 x 1.000 = R$ 90.000,oo (cerca de noventa mil reais). 

5-  De acordo com o texto, as despesas com materiais, por metro quadrado, chegaram em dezembro de 2015 ao valor de R$ 516,06, e quanto à parcela da mão de obra o ano fechou em R$ 447,33. 
      Portanto, os materiais custam mais caro na construção do que a mão de obra, porém a diferença é bem pequena e isso vale para o mês de dezembro de 2015, sem levar em conta em qual região se está construindo.

6-   Segundo a pesquisa Sinapi (dezembro de 2015), quanto aos custos da construção, as regiões ficaram com os seguintes valores por metro quadrado: R$ 995,18 (Norte); R$ 889,98 (Nordeste); R$ 1001,61 (Sudeste); R$ 999,97 (Sul) e R$ 975,71 (Centro Oeste).
     Portanto, a região do Brasil mais cara para construir, uma casa por exemplo, é a região Sudeste. 


Geografia Newton Almeida


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Exercício de Geografia sobre o Fenômeno Climático El Niño Utilizando Texto da ONU Brasil

       
Geografia Newton Almeida

    Compreender a dinâmica do clima é fundamental para a produção agrícola e para prevenir possíveis impactos de ordem econômica e social. À medida que novas tecnologias são lançadas, o avanço no entendimento da dinâmica do clima  e a previsão de catástrofes climáticas garantem melhor qualidade de vida aos povos do mundo. 
         O texto abaixo, do site da ONU Brasil,  é um bom exemplo sobre a importância dos estudos da dinâmica climática. 

       Leia com atenção e depois responda às perguntas. Após cada pergunta, verifique a resposta.

      BOA LEITURA e BOM EXERCÍCIO de GEOGRAFIA  

"               Chuvas mais intensas provocadas pelo fenômeno El Niño poderão aumentar o custo dos alimentos no Brasil. Colheita no sul da África já apresenta queda por conta do fenômeno.
Geografia Newton Almeida
     Um agricultor de milho e seu filho em Lesoto, na África. Foto: FAO/Gianluigi Guercia


  Segundo alerta divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) nesta terça-feira (22 de dezembro de 2015), o El Niño – fenômeno caracterizado pelo aquecimento da superfície das águas do Oceano Pacífico – está causando danos no setor da agricultura no Brasil, no norte da Austrália, em partes da Indonésia e da América Central. Impactos também serão sentidos na produção agropecuária e de cultivo no sul da África.

     O Sistema de Informação Global e Alerta Antecipado (GIEWS) da FAO noticiou em março a intensidade do El Niño de 2015, e agora, afirma que o fenômeno deve ser o mais forte em 18 anos, tendo sua fase de pico no começo de 2016, antes do período usual de colheita no sul da África.

      A África do Sul já declarou estado de seca em cinco províncias, que são suas principais regiões de produção de cereais. Lesoto divulgou um plano de redução da seca e a Suazilândia implementou restrições no uso da água, à medida que os níveis das reversas se tornaram baixos. Além disso, os preços do comércio varejista de milho dobraram em Moçambique e Malauí.

         O alerta também aponta para um aumento do risco de febre do vale do rift, particularmente no leste africano, que afeta, principalmente as ovelhas, cabra, gado, búfalos e antílopes, mas também pode ser letal para os homens. Surtos da doença costumam estar associados com o El Niño, que traz chuvas fortes e propicia o ambiente para a proliferação de mosquitos transmissores da doença.

        Dados da mídia apontam que fenômeno proporciona aumento das chuvas no sul, sudeste e centro-oeste brasileiros, afetando o preço dos alimentos, devido ao encarecimento de sua produção. Já as regiões do Norte e Nordeste, as perspectivas apontam para um trimestre ainda mais seco que o normal.

      Segundo o relatório da FAO, já em dezembro de 2014, apesar de ainda não terem sido registradas três meses consecutivos de aumento das temperaturas no Pacífico, secas com intensidade fora do comum em lugares que são geralmente associados com o El Niño na América do Sul como Brasil, Argentina e Santa Cruz, na Bolívia, e, na África, Moçambique, Zâmbia, África do Sul e Madagascar, foram registradas. Situações como esta podem indicar certos buracos na compreensão das complexidades do El Niño, segundo o estudo, embora progressos tenham sido feitos nas últimas décadas sobre o fenômeno.
                                                           "

              PERGUNTAS com RESPOSTAS sobre o texto acima! 

1-  Qual é o assunto do texto? 

RESPOSTA  -  O assunto do texto é o fenômeno climático conhecido por El Niño e dificuldades sobre dificuldades para a agropecuária do Brasil e do Sul da África em consequência desse fenômeno.
      

2-  O que é o El Niño? 

RESPOSTA  -   Observe que o termo ' El Niño ' é do idioma espanhol, que significa ' O Menino '.  
      Desde muito tempo que pescadores do Peru alertam para determinado fenômeno que aquece as águas do Oceano Pacífico, que se repete em frequência que varia de 2 a 7 anos, na proximidade do Natal, e faz a ocorrência de peixes diminuir, por um período de 10 a 18 meses, e foi dado esse nome em lembrança ao nascimento do menino  Jesus. 
     O El Niño é um evento climático natural que ocorre no Oceano Pacífico Equatorial, podendo ser definido como um aquecimento anormal das suas águas, seguido pelo enfraquecimento dos ventos alísios. Tais alterações modificam o sistema climático de distribuição das chuvas e de calor em diversas regiões do planeta.

3-   O que é FAO? 

RESPOSTA  -    A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), é uma organização intergovernamental que conta com 194 Estados Membros, dois membros associados e uma organização membro, a União Europeia. A sede da FAO fica em Roma, Itália.
         Alcançar a segurança alimentar para todos e garantir que as pessoas tenham acesso a alimentos de boa qualidade para que possam levar uma vida ativa e saudável é a essência das atividades da FAO.

4-   Segundo um alerta divulgado pela FAO, dia 22 de dezembro de 2015, o El Niño está causando danos na agricultura do Brasil e de outras partes do mundo: exemplifique e detalhe isso. 

RESPOSTA  -  Segundo o Sistema de Informação Global e Alerta Antecipado (GIEWS) da FAO o fenômeno El Niño  é responsável por  danos na agricultura do Brasil (o texto não detalha quais seriam, mas notícias mostram abundantes chuvas que caem no sul do Brasil e afetam negativamente a agricultura e o preço dos alimentos) e secas severas no sul da África, onde a África do Sul já declarou estado de seca em cinco províncias, que são suas principais regiões de produção de cereais.

5-   Leia o trecho e responda: ' O alerta também aponta para um aumento do risco de febre do vale do rift, particularmente no leste africano, que afeta, principalmente as ovelhas, cabras, gado, búfalos e antílopes, mas também pode ser letal para os homens.  '
                        PERGUNTA -  Qual fator, causado pelo El Niño  propicia tal febre? 

RESPOSTA  -  O fator, causado pelo El Niño,   que  propicia  o aumento de febre  em   animais, e    que    pode   ser   fatal para humanos, é a maior ocorrência  de  chuvas fortes na região, que facilitam a reprodução de  mosquitos transmissores da doença. 
                   
6-  Muitos progressos foram alcançados   para  o  entendimento das complexidades  do  El Niño,  mas  ainda existem  lacunas  a serem desvendadas. Exemplifique. 

RESPOSTA  -   Segundo o relatório da FAO, já   em  dezembro de 2014, apesar de ainda não terem   sido registradas três meses consecutivos  de  aumento   das   temperaturas  no  Pacífico,   já aconteciam secas  com  intensidade  fora  do comum em lugares que são geralmente  associados  com    o   El Niño   na   América do Sul   como   Brasil, Argentina e Santa Cruz, na Bolívia, e, na África,  Moçambique, Zâmbia, África do Sul e Madagascar. 



GEOGRAFIA Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br