quinta-feira, 10 de março de 2022

Mata Atlântica


Mata Atlântica, um dos biomas com maior diversidade de espécies vegetais e animais do planeta, por muito tempo foi classificada como “a grande floresta costeira brasileira”. Dona de uma natureza exuberante, nela podiam ser observadas as mais elevadas taxas de endemismo, ou seja, podiam ser encontradas incontáveis espécies vegetais e animais
absolutamente exclusivas deste bioma.

Sua extensão ocupa 1.110.182 km², ou seja, 13,04% do território nacional ao longo da costa litorânea, que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Em termos de distribuição, a Mata Atlântica divide-se da seguinte maneira: ocupa a totalidade dos território do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, e parte do território do estado de Alagoas (52%), Bahia (19%), Goiás (3%), Mato Grosso do Sul (14%), Minas Gerais (41%), Paraíba (8%), Paraná (98%), Pernambuco (17%), Rio Grande do Norte (5%), Rio Grande do Sul (37%), São Paulo (68%) e Sergipe (51%).

Por ser extremamente extensa, há grande variabilidade climática ao longo de sua distribuição e devido ao intenso calor e chuvas abundantes, o desenvolvimento de plantas e animais é muito favorecido. Entre as árvores, destacam-se neste bioma o jequitibá-rosa, o pinheiro-do-paraná, o cedro, as figueiras, os ipês, a braúna e o pau-brasil. Sendo assim, percebe-se desde climas temperados superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semi-árido no nordeste. Quanto a fauna, a maior parte das espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção são originários da Mata Atlântica, como os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pequena. Além desta lista, também vivem na região gambás, tamanduás, preguiças, antas, veados, cotias, quatis, e outros.

Hoje, a Mata Atlântica é o mais devastado dos biomas brasileiros, restando de 5 a 7% da sua cobertura vegetal, representados por manchas isoladas e sem comunicação entre si. A exploração predatória destruiu mais de 93% deste “paraíso” e quem vive onde já foi esse bioma muitas vezes nem conhece seus vestígios, tamanha sua devastação.
Geografia Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br

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