domingo, 4 de junho de 2017

As Falésias de Torres no Rio Grande do Sul do Brasil



     A falésia é uma feição de relevo característica de um tipo de costa com fortes contornos abruptos, onde a terra encontra o mar em um penhasco.  As falésias podem ser vistas na Bretanha (França), no cabo Manuel, em Dacar, na Irlanda, no cabo Branco, na Paraíba, no Rio de Janeiro e na praia de Torres (Rio Grande do Sul), etc. 
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     As falésias são consequência do trabalho do mar solapando a base dos rochedos da costa, ou seja, esse tipo de relevo foi formado pela força dos  agentes externos sobre a topografia costeira. A falésia representa o resultado da ação contínua do mar desgastando as rochas, como também de outros tipos de erosão na topografia costeira. No sudoeste da Groenlândia tem-se a falésia de Ovifak, cuja altura chega a 700 metros. No litoral brasileiro do Espírito Santo, para o norte, temos, por vezes, bons exemplos de falésias talhadas em terrenos da série das Barreiras.  
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          As Falésias de Torres no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil
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       As falésias de Torres são três grandes rochedos, localizados nessa praia ao norte do litoral do Rio Grande do Sul, bem próximo ao estado de Santa Catarina. As escarpas de Torres são de rochas vulcânicas, compostas de três morros: do Norte (ou Morro do Farol), do Meio (ou Morro de Furnas) e o Morro Sul (na praia da Guarita). 
      Essas falésias foram constituídas por derrames de lava basáltica há cerca de 150 milhões de anos, com a ruptura da crosta terrestre, durante a separação da América do Sul do continente Africano. 
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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Qual É a Importância da Geografia?

   
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   A vida parece uma enorme colcha de retalhos, nos dias de hoje, onde vamos costurando um pedacinho de cada vez, sem conseguir entender a fundo uma pequenina parte sequer.  As pessoas sabem muito pouco sobre seus direitos, estão bem pouco informadas sobre o que acontece ao seu redor, ou no seu país e menos ainda no mundo. Obstante existir maior facilidade de informação, hoje em dia, o interesse no aprofundamento aos assuntos mais importantes é bem pequeno. As famílias se conhecem cada vez menos, pois o tempo que tem juntas é, atualmente, dividido nas redes sociais da internet. A velocidade com que tudo passa parece que aumenta, pois o tempo  não é mais suficiente para vivenciar esses diversos pedaços da gigantesca colcha que é nossa vida! 
http://acesse.vc/v2/138484b56c9
        A geografia auxilia muito a aprofundar as bases de conhecimento para o entendimento  maior e mais rápido sobre os fenômenos que frequentam  o cotidiano das sociedades entre si e dessas com o meio ambiente em que vivem.  A partir do estudo da Geografia a colcha de retalhos, metáfora para explicar como nos sentimos na vida atual,  tende a parecer menor e cada pedacinho de retalho fica com tamanho maior. A ciência geográfica apoia você, apoia os institutos ou grupos de pesquisa, apoia os governos, para o entendimento  sobre as causas que levaram aos acontecimentos do passado,  trazendo consequências que explicam porque vivemos dessa maneira aqui no presente momento e o que devemos fazer para evitar os mesmos problemas no futuro. 

                  Qual É a Importância da Geografia?


       A geografia estuda o espaço geográfico, que é a imensa superfície terrestre habitada  por nós humanos. A capacidade humana se desenvolve,  à medida que seu conhecimento  aumenta,  ao ponto de conseguir  criar  máquinas maravilhosas, como aviões e navios, e outros tantos inventos como a internet e os computadores, sempre  na busca de trazer maior facilidade para a vida das pessoas. O desenvolvimento de cada setor econômico contou com as bases científicas de estudos da geografia para conseguir melhores resultados e cada  vez mais em menor período  de tempo. 

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        Um exemplo é a agricultura, atividade muito importante  que garantiu um salto  na qualidade de vida dos seres humanos  antigos (há cerca de 10 mil anos atrás) que passaram de nômades a sedentários. Os avanços dessa área fizeram com que a produção  de alimentos seja capaz de alimentar toda a população do mundo, o que não acontece devido a conflitos regionais que impedem a qualidade de vida mínima, além da competitiva e excludente face do capitalismo.  O Brasil  é um país em que a tecnologia agrícola desenvolveu-se muito, contribuindo para  a colheita,  por exemplo, no semiárido nordestino de duas safras de uvas ao ano! Um feito que ganha a dimensão de um verdadeiro milagre! 
       A  geografia se faz presente nessas conquistas, juntamente com outras ciências, como  a agronomia e  engenharia genética, nesse caso específico citado, pesquisando e entendendo as dinâmicas do espaço para o planejamento das ações transformadoras sobre ele. A geografia  mostra como  agem diversas forças da natureza sobre o relevo e feições da superfície terrestre, a dinâmica do clima que interage na biodiversidade, vegetações e animais que habitam os biomas terrestres, os recursos naturais  que garantirão a sobrevivência e desenvolvimento  humano, encontrando maneiras de impactar cada vez menos a capacidade de sobrevivência dos seres vivos dos ambientes naturais anteriores.  
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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Ambiente Natural e Ambiente Modificado - Como a Geografia Pode Contribuir para Preservar a Biodiversidade?

      O ambiente natural é o mesmo que a natureza intocada, onde o equilíbrio ecológico mantém-se até hoje e deverá perdurar assim por milhões de anos. A biodiversidade que existe nos ambientes naturais é enorme: nos mares habitam os maiores mamíferos do planeta, as baleias, juntamente com uma infinidade de espécies de peixes, de moluscos, de corais; nas florestas são encontrados os magníficos felinos, tigres, leões (savanas), panteras, onças, também os maiores mamíferos terrestres, os elefantes (savanas da África), etc.
       Os cientistas classificaram cerca de 1,5 milhão de espécies de seres vivos, mas estima-se que exitem de 10 a 50 milhões. Nosso Brasil é berço de 20% de toda a biodiversidade do mundo, e a Amazônia, bioma floresta equatorial, é a nossa maior riqueza, um verdadeiro patrimônio, um ambiente natural que precisa ser preservado.
          O ambiente modificado é bem conhecido por cada um de nós. São os lugares onde vivemos, as regiões que foram desmatadas para a construção de estradas, ou para a importante atividade da agricultura, ou que se transformaram nas grandes cidades (imagem abaixo: vista do litoral do Rio de Janeiro, Bairro São Conrado). 
        A ação do homem vem alterando a superfície geográfica, utilizando os recursos naturais para seu benefício, para obter melhor qualidade de vida e mais conforto. À medida que o poder da ação humana aumenta, devido ao desenvolvimento tecnológico, é necessário que todos se conscientizem da responsabilidade disso, pois até que ponto o desequilíbrio ecológico coloca em risco as gerações futuras? O lucro fácil e irresponsável, que enriquece uma ou um grupo de pessoas, desmatando ilegalmente, lançando rejeitos em rios e mares, traz prejuízos catastróficos a milhares e até milhões de pessoas e animais. 
         A história humana é repleta de casos de alterações do ambiente, feitas sem estudos ou mal planejados, que resultaram em catástrofes ambientais. Um caso emblemático, e que é importante ser lembrado, é o desaparecimento do outrora gigantesco Mar de Aral, que era o quarto maior lago do mundo, com 68.000 km² de superfície. 
    O Mar de Aral está localizado na Ásia central, entre o Cazaquistão e o Usbequistão, a 600 quilômetros do Mar Cáspio. No antigo regime socialista da União Soviética, por volta de 1960, foram feitos canais de irrigação utilizando águas do Mar de Aral para a plantação de algodão. No início deu certo, com safras lucrativas, mas após vinte anos tudo mudou! A agricultura não prosperou, e o Mar de Aral foi definhando trazendo enormes prejuízos aos pescadores, transformando toda a região em um deserto. Atualmente restou apenas 10% do antigo Mar de Aral. Para se ter uma ideia, a extensão territorial do estado do Rio de Janeiro é de pouco mais de 43.000 km², portanto o Mar de Aral tinha quase o dobro do tamanho do estado do Rio de Janeiro e chegava a ter 40 metros de profundidade. 
       Acima: imagens mostram o Mar de Aral, à esquerda seu tamanho original (1960) e à direita o que restou, na atualidade.


   Como a Geografia Pode Contribuir para Preservar a Biodiversidade?


     A geografia é a ciência que estuda a superfície terrestre e as interações das sociedades humanas com o meio ambiente. A geografia elabora estudos, pesquisas e abarca conhecimento sobre os mais variados aspectos dentro desse amplo ambiente que nos cerca, como a contagem das populações humanas, pesquisas estatísticas e indicadores que revelam particularidades como a extensão territorial das áreas de ambiente natural remanescentes (áreas ainda não modificadas pela ação do homem), crescimento das cidades, condições de saneamento dos ambientes urbanos, etc. 
      A geografia é utilizada, constantemente, juntamente com outras ciências, como a biologia e engenharia ambiental, para diminuir os impactos ambientais nas modificações do ambiente pela ação humana. Quando um novo empreendimento industrial vai ser instalado em determinada região, é necessária a complexa elaboração de um estudo de impacto ambiental, que será amplamente divulgado e debatido, será avaliado pelas autoridades ambientais, podendo ser modificado, até ser autorizada a sua construção. 
      Imagem acima: audiência pública de debate dos impactos ambientais decorrentes de implantação de Central de Tratamento de Resíduos, na cidade de Recife (PE), em 23 de outubro de 2012. 

    A geografia contribui nesse tipo de análise ambiental, com seus conceitos e métodos de estudo da região a ser impactada, com o objetivo de diminuir ao máximo os impactos sobre o ambiente, já que é impossível proibir as atividades humanas, pois são imprescindíveis para a melhoria da qualidade de vida. 
      O rigor com a utilização dos recursos naturais vem aumentando, mas ainda não tem sido suficiente para preservar a biodiversidade no mundo. A superfície da Terra, com suas espécies animais, em conjunto com os oceanos, recebe inúmeras substâncias nocivas (poluição) descartadas pelas atividades econômicas, sendo, infelizmente, ainda comuns grandes tragédias ambientais, como o vazamento de petróleo em rios ou nos mares, e como a tragédia acorrida no Rio Doce (nascendo e em Minas Gerais e desaguando no estado do Espírito Santo), em que o rompimento de uma barragem da Mineradora Samarco despejou uma avalanche de lama tóxica matando seres humanos e destruindo toda a vida daquele rio (com pouco mais de 800 quilômetros de extensão) que era muito importante sob todos os aspectos (imagem abaixo). 
           As leis ambientais devem ser rigorosas e políticas públicas de fiscalização e educação ambiental precisam ser mantidas e ampliadas. As áreas de proteção ambiental são muito importantes, como os parques naturais e áreas de preservação permanente, previstos e regulamentados pela Lei Federal do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei 9.985/2000), porém as medidas  mais eficazes para a preservação da biodiversidade dizem respeito à remuneração de ações positivas. Algumas dessas medidas já foram aplicadas no Brasil e vêm trazendo benefícios, como o ICM's Verde, onde os estados distribuem mais dinheiro aos  municípios que investirem na criação de parques ambientais,  em saneamento básico (coleta do lixo, tratamento do lixo - aterros sanitários, reciclagem, usinas de incineração, etc - coleta do esgoto e tratamento do esgoto, tratamento de água), e o pagamento por serviços ambientais, remunerando agricultores que contribuem com a preservação de áreas verdes nas margens do rios e nas nascentes. 
            Um pensamento antigo e ultrapassado que precisa ser elucidado é sobre a necessidade de medidas de controle da natalidade, pois a população do mundo não para de crescer e assim a biodiversidade está condenada à morte. A verdade é que a distribuição de renda é o caminho a ser almejado. Quando um país dá condições dignas de cultura, educação, saúde ao seu povo, naturalmente as famílias diminuem sua quantidade de filhos. Portanto, o equilíbrio da população mundial é realmente muito importante, mas não são necessárias medidas extremas e imediatas. A medida correta é alterar o capitalismo excludente, pois ao mesmo tempo em que se diminui a desigualdade social o crescimento populacional irá diminuindo, naturalmente e de maneira justa. 
       Somos da natureza? Pertencemos à natureza? Ou somos um tipo de alienígena que veio à Terra para acabar todas as outras espécies de vida? 


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sábado, 6 de maio de 2017

Conteúdos de Geografia sobre a Globalização em Perguntas com Respostas Utilizando o Texto de Milton Santos ' Por Uma Globalização Mais Humana '

     A globalização é um assunto muito debatido por escritores, estudiosos e professores de geografia, pois traz alterações rápidas ao mundo em que vivemos. Será mesmo que a Globalização é ruim, sob aspectos econômicos e culturais? Abaixo, algumas perguntas com respostas que não esgotam esse tema, mas mostram o pensamento de um grande geógrafo brasileiro, o Milton Santos.

        Conteúdos de Geografia sobre a Globalização em  Perguntas com Respostas Utilizando o Texto de Milton Santos 

         ' Por Uma Globalização Mais Humana '

    A globalização é o estágio supremo da internacionalização. O processo de intercâmbio entre países, que marcou o desenvolvimento do capitalismo desde o período mercantil dos séculos XVII e XVIII, expande-se com a industrialização, ganha novas bases com a grande indústria, nos fins do século 19, e, agora, adquire mais intensidade, mais amplitude e novas feições. O mundo inteiro torna-se envolvido em todo tipo de troca: técnica, comercial, financeira, cultural.  Vivemos um novo período na história da humanidade. A base dessa verdadeira revolução é o progresso técnico, obtido em razão do desenvolvimento científico e baseado na importância obtida pela tecnologia, a chamada ciência da produção.

       Todo o planeta é praticamente coberto por um único sistema técnico, tornado indispensável à produção e ao intercâmbio e fundamento do consumo, em suas novas formas.
     Graças às novas técnicas, a informação pode se difundir instantaneamente por todo o planeta, e o conhecimento do que se passa em um lugar é possível em todos os pontos da Terra.
     A produção globalizada e a informação globalizada permitem a emergência de um lucro em escala mundial, buscado pelas firmas globais que constituem o verdadeiro motor da atividade econômica.
     Tudo isso é movido por uma concorrência superlativa entre os principais agentes econômicos - a competitividade.
      Num mundo assim transformado, todos os lugares tendem a tornar-se globais, e o que acontece em qualquer ponto do ecúmeno (parte habitada da Terra) tem relação com o acontece em todos os demais.
       Daí a ilusão de vivermos num mundo sem fronteiras, uma aldeia global. Na realidade, as relações chamadas globais são reservadas a um pequeno número de agentes, os grandes bancos e empresas transnacionais, alguns Estados, as grandes organizações internacionais.
     Infelizmente, o estágio atual da globalização está produzindo ainda mais desigualdades. E, ao contrário do que se esperava, crescem o desemprego, a pobreza, a fome, a insegurança do cotidiano, num mundo que se fragmenta e onde se ampliam as fraturas sociais.
       A droga, com sua enorme difusão, constitui um dos grandes flagelos desta época.
     O mundo parece, agora, girar sem destino. É a chamada globalização perversa. Ela está sendo tanto mais perversa porque as enormes possibilidades oferecidas pelas conquistas científicas e técnicas não estão sendo adequadamente usadas.
     Não cabe, todavia, perder a esperança, porque os progressos técnicos obtidos neste fim de século XX, se usados de uma outra maneira, bastariam para produzir muito mais alimentos do que a população atual necessita e, aplicados à medicina, reduziriam drasticamente as doenças e a mortalidade.
       Um mundo solidário produzirá muitos empregos, ampliando um intercâmbio pacífico entre os povos e eliminando a belicosidade do processo competitivo, que todos os dias reduz a mão-de-obra. É possível pensar na realização de um mundo de bem-estar, onde os homens serão mais felizes, um outro tipo de globalização.
                       
  Texto de Milton Santos  -  30/11/1995








PERGUNTA 

      Quem é Milton Santos? 


RESPOSTA  

   Milton Santos (1926 - 2001, foto acima) foi um grande estudioso, escritor e professor brasileiro que valorizou o estudo da geografia para debater uma saída às desigualdades sociais. Milton Santos também desenvolveu estudos relevantes sobre a globalização. 
      Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia, 1948, e Doutor em Geografia, pela Université de Strasbourg, França, em 1958, Milton Santos também lecionou filosofia, mas
destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo
    Foi um dos grandes nomes da renovação da geografia no Brasil ocorrida na década de 1970. Também se destacou por seus trabalhos sobre a globalização nos anos 1990. 
    A obra de Milton Santos caracterizou-se por apresentar um posicionamento crítico ao sistema capitalista, e seus pressupostos teóricos dominantes na geografia de seu tempo.
    Milton Santos ganhou o prêmio Vautrin Lud, em 1994, o de maior prestígio na área da geografia. O prêmio é considerado o Nobel da geografia. Milton Santos foi o primeiro e é o único geógrafo da América Latina a ter ganhado o prêmio em questão. Agraciado postumamente em 2006 com o Prêmio Anísio Teixeira.

PERGUNTA

     Quais foram as obras escritas por Milton Santos? 


RESPOSTA 

  • A cidade nos países subdesenvolvidos, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965.
  • Geografía y economía urbanas en los países subdesarrollados [Geografia e economia nos países subdesenvolvidos] (em espanhol), Barcelona: Oikos-Tau, 1973.
  • Sociedade e espaço: a formação social como teoria e como método. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo: AGB, 1977, p. 81- 99.
  • Por uma Geografia nova. São Paulo: Hucitec-Edusp, 1978.
  • O trabalho do geógrafo no Terceiro Mundo. SP: Hucitec, 1978.
  • Pobreza urbana. São Paulo/Recife: Hucitec/UFPE/CNPV, 1978.
  • Economia espacial: críticas e alternativas. SP: Hucitec, 1979.
  • Espaço e sociedade. Petrópolis: Vozes, 1979.
  • O espaço dividido - Os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979 (Coleção Ciências Sociais).
  • A urbanização desigual. Petrópolis: Vozes, 1980.
  • Manual de Geografia urbana. São Paulo: Hucitec, 1981.
  • Pensando o espaço do homem. São Paulo: Hucitec, 1982.
  • Ensaios sobre a urbanização latino-americana. SP: Hucitec, 1982.
  • Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985.
  • O meio técnico-científico e a redefinição da urbanização brasileira. Projeto de pesquisa apresentado ao CNPq, 1986 (datilografado).
  • Aspectos geográficos do período técnico-científico no estado de São Paulo. Projeto de pesquisa apresentado à Fapesp, maio 1986 (datilografado).
  • A região concentrada e os circuitos produtivos. Texto apresentado como parte do relatório de pesquisa do projeto O Centro Nacional: Crise Mundial e Redefinição da Região Polarizada, 1986 (datilografado).
  • O espaço do cidadão. São Paulo: Nobel, 1987.
  • Metamorfoses do espaço habitado. Paulo: Hucitec, 1988.
  • O Período Técnico-Científico e os estudos geográficos: problemas da urbanização brasileira. Projeto de pesquisa apresentado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mar. 1989 (datilografado).
  • Metrópole corporativa fragmentada: o caso de São Paulo. São Paulo: Nobel/Secretaria de Estado da Cultura, 1990.
  • A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.
  • Por uma economia política da cidade. SP: Hucitec /Educ, 1994.
  • Técnica, espaço, tempo. São Paulo: Editora Hucitec, 1994.
  • (com SOUZA, Maria Adélia A, org.). A construção do espaço. São Paulo: Nobel, 1986.
  • Por uma outra globalização – do pensamento único à consciência universal. São Paulo: Editora Record, 2000.


PERGUNTA

    O texto ' Por uma Globalização Mais Humana ' define a globalização como uma consequência de um processo anterior. Explique.


RESPOSTA 

    De acordo com o texto, a globalização se trata de um "estágio supremo" da internacionalização: O processo de intercâmbio entre países, que marcou o desenvolvimento do capitalismo desde o período mercantil dos séculos XVII e XVIII, expande-se com a industrialização, ganha novas bases com a grande indústria, nos fins do século 19, e adquire mais intensidade, mais amplitude e novas feições.


PERGUNTA 

      Com base no texto, o que é a globalização? 



RESPOSTA 


     A globalização é o estágio supremo da internacionalização,  que tende a padronizar um único sistema técnico no mundo, facilitando as trocas informacionais comerciais e culturais. As empresas (firmas) globais são o motor da economia globalizada que lhes garante enormes lucros.  A globalização ampliou a desigualdade social, restringindo o acesso aos avanços científicos. 


PERGUNTA 

     O mundo transformado pela globalização mostra qual característica marcante, nos lugares propícios ao desenvolvimento humano? 


RESPOSTA  

      Os lugares ecúmenos, ou área geográfica permanentemente habitada, se tornam parte da aldeia global, em que a característica marcante é  a ilusão de que o mundo não possui fronteiras.


PERGUNTA 

     Por que o autor do texto diz que a aldeia global, ou o mundo sem fronteiras é uma ilusão? 


RESPOSTA 

     Porque a  maioria da população humana foi vitimada pelo empobrecimento, pelo desemprego, e assim impossibilitada de participar dessa aldeia global para poucos com poder de consumir.


PERGUNTA

     Além da insegurança, da pobreza, da fome e do desemprego, qual outro problema surge com a globalização? 


RESPOSTA  

     O autor cita a droga, com sua enorme difusão, com um dos grandes flagelos dessa época de globalização. 


PERGUNTA 

     Já que a globalização é tão perversa, qual tipo de civilização, de mundo, poderá trazer benefícios, segundo Milton Santos? 


RESPOSTA 

     Milton defende o mundo solidário, o mundo do bem-estar, com uma globalização sem competitividade, com mais emprego e livre intercâmbio das oportunidades, onde os homens serão mais felizes. 


PERGUNTA 

    O texto foi escrito em 1995, portanto (2017 - 1995) há 22 anos atrás, e será que a desigualdade no mundo persiste? 

RESPOSTA  

    Sim!  No mundo existem cerca  de 200 países e somente uns quarenta são considerados desenvolvidos, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH. 
     Segundo  dados do Banco Mundial, aproximadamente 22% da população do mundo vive com menos de 1,25 dólar PPC (dólar baseado na paridade pelo poder de compra)  por dia e 44% ganham menos de 2 dólares PPC por dia. 
    Os países nos quais a pobreza se apresenta mais alarmante são: os da América Latina, sul da Ásia e, principalmente, da África Subsaariana.     



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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Conteúdos de Geografia na Solução de Questão que Caiu em Concurso Público: o Lugar e as Escolas Geográficas

       
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        Estudar resolvendo questões é mais divertido e produtivo, para quem vai enfrentar alguma prova ou concurso público. 

    Conteúdos de Geografia na Solução de Questão que Caiu em Concurso Público: o Lugar e as Escolas Geográficas

Questão do ano 2013 ;  IBGE; Banca CESGRANRIO; 
Prova para  Tecnologista - Geografia



    Lugar não é meramente aquilo que possui raízes, conhecer e ser conhecido no bairro; não é apenas a distinção e apreciação de fragmentos de geografia. O núcleo do significado de lugar se estende, penso eu, em suas ligações inextricáveis com ser, com a nossa própria existência. Lugar é um microcosmo. É onde cada um de nós se relaciona com o mundo e onde o mundo se relaciona conosco. O que acontece aqui, neste lugar, é parte de um processo em que o mundo inteiro está de alguma forma implicado. Isso é muito existencial e ontológico.


RELPH, E. Reflexões sobre a emergência, aspectos e essência de lugar. In: Marandola Jr., E. et al (Org.). Qual o espaço do lugar? São Paulo: Perspectiva, 2012, p. 30.





   No texto acima, o lugar é conceituado especificamente dentro de uma abordagem


a) autonomista, no campo da geografia pragmática

b) instrumental, no domínio da geografia tradicional

c) minimalista, na esfera da geografia quantitativista

d) essencialista, no âmbito da geografia neopositivista

e) culturalista, na perspectiva da geografia humanista
        


Resposta correta é a opção: 

                                 e 


        Vamos rever alguns conceitos importantes, a fim de encontrar a solução para essa questão. 

      O espaço geográfico, foco do estudo da Geografia, engloba quatro principais categorias dessa ciência humana, conceitos básicos de muita importância, que por vezes podem ser relacionados como Dimensões ou Níveis do Espaço Geográfico: 
              
- Lugar é uma porção do espaço geográfico em que vivemos, onde temos referências emocionais, pois é em nosso lugar que adquirimos experiências de vida e aprendemos valores culturais.
      O lugar é  o espaço geográfico mais importante para cada pessoa, onde estudamos e vivemos, e é onde a contribuição positiva ou negativa, de cada um, vai impactar a pequena  porção desse espaço; 

- Paisagem é uma porção do espaço geográfico que captamos ao olhar. A paisagem é um conjunto de elementos naturais e culturais, que interagem entre si e tomam a forma que podemos ver.  
    Uma paisagem pode ser um pequeno aspecto de um lugar, como a paisagem visualizada de uma janela, ou do terraço de um prédio.

- Território é a porção do espaço geográfico limitada por fronteiras. Sempre existe no território a expressão do poder de aspecto social, ou político ou militar. 
     Um território é o palco das disputas de poder, e também das tentativas de organizar as relações humanas sob normas administrativas, sejam tendo sido decididas em consenso, democraticamente, ou arbitrariamente por um grupo hegemônico ou por um único ditador; 


- Região é a porção do espaço geográfico determinada por limites ou linhas cartográficas a fim de melhor compreender, e conseguir estudar, o imenso espaço dividindo-o em porções, que guardam características em comum.      Uma região pode ter sua identidade (ou limites espaciais) definida por inúmeros critérios, como o clima, a renda per capita, densidade populacional, etc, de acordo com os principais aspectos que interessam aos pesquisadores, estudiosos e geógrafos. 
    
      A questão comentou sobre a categoria geográfica LUGAR, pedindo que o aluno (concursando) identifique sobre em qual abordagem foi enfocado o conceito, observando-se as correntes do pensamento geográfico. Portanto, vamos agora lembrar esse conteúdo.  

    Escolas da Geografia ou Correntes do Pensamento Geográfico

                         Determinismo Geográfico


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   Friedrich Ratzel (1844 - 1904) é um dos principais teóricos clássicos da Geografia, sendo o pioneiro da Geopolítica e do Determinismo Geográfico. 
    Ratzel acreditava que as sociedades humanas desenvolviam-se em relação direta com o meio onde viviam, daí o determinismo, ou seja, o ambiente determinando as características dos coletivos humanos; o homem é produto do meio.  Ratzel tinha enfoque mais biológico e menos social, mostrando uma forte influência de Charles Darwin. 
      As ideias de Friedrich Ratzel justificavam a dominação de povos mais desenvolvidos, os europeus, sobre os inferiores. Segundo Ratzel, os povos necessitam de um espaço vital para se desenvolver, portanto os mais poderosos necessitavam ampliar seu espaço, dominando os mais fracos.  


                           Possibilismo Geográfico 
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    Vidal de La Blache (1845 - 1918) foi um importante geógrafo francês que discordava do determinismo geográfico. Segundo o possibilismo, de Vidal de La Blache, o homem transforma a natureza, na chamada ação do homem, sem relação de causa e efeito simplista. As possibilidades do desenvolvimento humano são amplas e imprevisíveis. Ele defendia que o homem pode modificar a natureza e vencer os obstáculos por ela impostos, como os desertos, o clima frio, um solo pobre e grandes montanhas. 
      Vidal de La Blache afirmava que um Estado soberano tem possibilidades para alcançar um nível de desenvolvimento econômico, social, tecnológico e político, capaz de melhorar muito a vida da sua nação. Dessa maneira, Vidal destacava o dever de o Estado impor seu poder transformador sobre o território, sendo a geografia uma ferramenta para auxiliar esse processo de desenvolvimento humano.  


                        Geografia Regional 


     Novamente, coube a Vidal de  La  Blache,   juntamente   com
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Richard Hartshorne (1899 - 1992, na foto ao lado), lançar as bases desse ramo da geografia. Basicamente, esse pensamento indica a importância de estudar pedaços do espaço geográfico, com características naturais e humanas específicas. O objeto da geografia é a diferenciação dessas regiões (que Hartshorne chamava de classes de área). 

                             
            Geografia Pragmática ou Quantitativa ou Teorética ou Nova Geografia (Neo positivista)


       A Nova Geografia, que surge em 1950,  justificava a expansão capitalista, e utilizava o método científico e a matemática estatística para explicar os fenômenos geográficos.  


                     Geografia Crítica

       Esse pensamento geográfico surgiu na Europa, a partir do livro de Yves Lacoste (geógrafo nascido em Fez - Marrocos, em 1929): "A Geografia - isto serve, em primeiro lugar,  para fazer a guerra"; lançado em 1976, na França.   
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    No Brasil a geografia crítica teve a liderança do geógrafo brasileiro Milton Santos (1926 - 2001, foto ao lado), que valorizou o estudo a geografia para debater uma saída às desigualdades sociais. Milton Santos também desenvolveu estudos relevantes sobre a globalização. 

     " A cada necessidade imposta pelo sistema em vigor, a resposta foi encontrada, nos países subdesenvolvidos, pela criação de uma nova região ou a transformação das regiões preexistentes. É o que estamos chamando 'espaço derivado', cujos princípios de organização devem muito mais a uma vontade longínqua do que aos impulsos ou organizações simplesmente locais " (SANTOS, Milton, 1978, p.104-105)


                         Geografia Humanista


       Essa corrente geográfica dá ênfase à visão e percepção  dos grupos humanos, sobre a realidade à sua volta. 
       A geografia humanista surgiu a partir de  1960, destacando os estudos de três geógrafos: Yi-Fu Tuan, Anne Buttimer e Armand Frémont. 
      O homem deve ser o foco, para se entender o ambiente. São destacados os valores das sociedades, o comportamento com relação ao espaço e à natureza. Assim, ganha muita importância dois conceitos: o espaço vivido e o lugar. 

          Portanto, ficou claro que o pequeno texto da questão se refere à Geografia  humanista, que comenta sobre o aspecto cultural e as percepções pessoais a respeito do lugar onde se vive!
   
                                     Opção correta letra e !


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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Desafio Geográfico ... Você Conhece o Estado do Rio de Janeiro? Então Responda em Qual Cidade Fica essa Praça?

      O estado do Rio de Janeiro enfrenta uma profunda crise econômica e política. A princípio, a crise parecia que era apenas consequência da queda do valor do petróleo, mas com o passar do tempo todos puderam ver que a corrupção é a principal causa.   Estamos torcendo para que as autoridades consigam reorganizar esse lindo Estado do Rio de Janeiro, mas parece que será necessária uma participação mais efetiva do Governo Federal, inclusive não descartando a necessidade de intervenção. 

        Vamos para o nosso Desafio Geográfico: 
              Você Conhece o Estado do Rio de Janeiro? Então Responda em Qual Cidade Fica essa Praça?
   
         O estado do Rio de Janeiro possui 92 cidades, e essa fica localizada na Região dos Lagos. Uma linda e imensa lagoa tem o mesmo nome dessa cidade. Agora ficou bem mais fácil não? 

                                   ARARUAMA 

     Essa é a praça central de Araruama, chamada de Praça da Bíblia, ao lado da rodoviária.







            Araruama é uma linda cidade!  Sua extensão territorial é de 635,4 quilômetros quadrados,  Localiza-se a 22º52'22" de latitude sul e 42º20'35" de longitude oeste, a uma altitude de quinze metros. De acordo com estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até julho de 2013, sua população era de 118.964 habitantes, o que a referenda como a segunda maior população da Região dos Lagos.



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Geografia Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br