O Que Foi a Primavera Árabe na Argélia na Tunísia no Egito na Líbia
Argélia:
uma série
de protestos vem acontecendo em toda Argélia a partir de
Janeiro de 2011. As causas citadas pelos manifestantes incluem o
desemprego, a falta de habitação, a inflação dos alimentos, a
corrupção, a liberdade de expressão e de más condições de vida.
Enquanto os protestos localizados já eram comum nos anos
anteriores, uma sequência sem precedentes de protestos
simultâneos e tumultos eclodiram em todo o país a partir de janeiro
de 2011, e foram seguidos por uma onda de auto-imolações
(atear fogo ao próprio corpo), a maioria delas na frente de prédios
do governo. Os partidos da oposição, em seguida, começaram a
realizar manifestações, ilegais na Argélia, sem a permissão do
governo no âmbito do estado de emergência , em curso desde o golpe
de Estado de 1992.
O
presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, prometeu
iniciativas para ajudar a criação de empregos, o acesso da oposição
às mídias oficiais e medidas do governo para reduzir os preços dos
alimentos.
Tunísia:
Desde o último dia 16 de dezembro de 2010, a Tunísia vive uma
grande onda de revolta que vem se espalhando por todo o país. Tendo
início nas cidades do interior, a rebelião contra o governo central
chegou nos últimos dias à capital do país, Túnis.
O estopim da
revolta popular se deu após o jovem Mohammed Bouazizi atear fogo ao
próprio corpo como protesto. O jovem Bouazizi, que estava
desempregado e trabalhava como vendedor ambulante, se revoltou após
a polícia apreender a mercadoria que ele vendia.
Apontada como
modelo de estabilidade na região, a Tunísia, sob o regime
ditatorial imposto por Ben Ali, tem sido um dos pilares de
sustentação dos interesses do imperialismo na região. Depois de
assumir o poder no lugar do nacionalista Habib Burguiba por meio de
um golpe de Estado em 1987, o atual presidente do País fez uma série
de reformas "neoliberais", aumentando a presença do
capital estrangeiro no país e privatizando empresas públicas.
Os acontecimentos
na Tunísia são mais uma prova da tendência a uma intensa
mobilização revolucionária que começa a se desenvolver em todo o
mundo.
Em
14 de janeiro de 2011, Ben Ali não teve outra alternativa
senão fugir do país e da cólera do seu povo. Ele e os seus
colaboradores mais próximos fugiram em quatro helicópteros para a
ilha mediterrânica de Malta. Como Malta se recusou a recebê-los,
apanharam um avião para França. Ainda no ar, os franceses fizeram
saber que não lhes permitiriam a entrada. Então o avião voltou
para trás, para a região do Golfo, até que finalmente foi
autorizado a aterrar e bem recebido na Arábia Saudita.
Egito: Os
motivos para as Manifestações são que os egípcios se queixam dos
altos índices de desemprego, do autoritarismo do governo, dos níveis
elevados de corrupção, da violência policial, leis de estado de
exceção, o desejo de aumentar o salário mínimo, falta de moradia,
inflação, falta de liberdade de expressão e péssimas condições
de vida. Sendo o principal objetivo dos protestos: derrubar
o regime do presidente Hosni Mubarak.
As manifestações
no Egito foram convocadas pela internet sob o nome de “Dia da Ira”
(25 de janeiro de 2011), nas quais as redes sociais vinham sendo uma
das principais fontes de informação para o mundo exterior.
O conflito no Egito
parece até repetir o que aconteceu há duas semanas na Tunísia
(outro país árabe do norte da África), onde uma rebelião popular
derrubou o presidente Zine al Abidine Ben Ali, após 23 anos no
poder. Além disso, está repercutindo em outros países, onde
manifestantes também têm se insurgido contra o governo, como no
Iêmen e no Gabão. Parecia
que esse dia, ainda fosse demorar muito, no entanto, ontem, 11 de
fevereiro de 2.011 Omar Suleiman o Vice-Presidente do Egito, em nota
curta anunciou que Hosni Mubarak , acabara de renunciar ao cargo de
presidente do Egito. A euforia tomou conta de todo o pais, marcando o
fim da agonia de 30 anos de mandato marcado pela corrupção,
repressão e pobreza.
Líbia: Desde que assumiu o poder, em 1969, Kadafi proibiu todos os tipos de associação civil na Líbia. Não conseguiu desbaratar, no entanto, as ligações de uma sociedade tradicionalmente tribal. “Em outros países, as uniões familiares acabaram se tornando menos importantes com o surgimento de outras formas de associações civis. Na Líbia, as tribos foram a única maneira que as pessoas encontraram para se organizar e se ajudar”, explica a especialista em Oriente Médio da Northwestern Univeristy, nos EUA, Wendy Pearlman. Há cerca de 30tribos de mais influência na Líbia, mas existem inúmeras outras menores. Os grupos são independentes entre si, e, nesta revolta popular, alguns apoiam Kadafi e outros estão contra ele. A partir de fevereiro de 2011 o país entrou em guerra civil . A situação é caótica, catastrófica. Há uma violência organizada do estado contra pessoas que estão protestando pela saída de Muamar Kadafi. O poder está fragmentado entre várias facções e tribos no país. Aparte oriental do território está nas mãos de opositores. Kadafi e o seu governo estão se entrincheirando em Trípoli e prometeram lutar até a última gota de sangue.
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