Países Socialistas Coréia do Norte Cuba e Vietnã
Com o fim da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e do mundo que essa potência comandava, Coréia do Norte, Cuba e Vietnã, ao lado da China, são os últimos países socialistas. Para superar problemas econômicos, o Vietnã seguiu o exemplo chinês, isto é, reúne uma ditadura de partido único com mecanismos de economia de mercado. A Coréia do Norte, socialista irredutível, enfrenta uma situação muito difícil, causada, principalmente, pelo isolamento em que se colocou em relação ao resto do mundo, em razão da sua postura radical de não adotar mecanismos de economia de mercado. Em Cuba, Fidel Castro já fez algumas concessões, na tentativa de melhorar a economia do país. (*Nota do Newton Almeida, fonte Wikpedia : Em 24 de fevereiro de 2008, com a renúncia do irmão Fidel, devido a problemas de saúde, Raúl Castro assumiu o comando da ilha, prometendo algumas reformas econômicas, como o incentivo a mais investimentos estrangeiros e a mudanças estruturais para que o país possa produzir mais alimentos e reduzir a dependência das importações. Entretanto, o regime segue fechado no campo político, reprimindo brutalmente os dissidentes ) .
Coréia do Norte
Um socialismo rígido de orientação stalinista e hereditário domina a Coréia do Norte desde 1953. O atual tirano Kim Jong Il, herdou, em 1994, o poder de seu pai, Kim Il Sung, denominado o Camarada Grande Líder. (*Nota do Newton Almeida , fonte Wikpedia : Em junho de 2010, a 12ª sessão da Suprema Assembleia Popular elegeu Choe Yong Rim para substituir Kim Jong Il no cargo de primeiro-ministro).
Com um regime fechado, o país só se aproximou da China, cuja economia vem tomando novos rumos nos últimos anos, para solucionar o grave problema da fome que castiga a população.
País rural, de economia planificada e ditadura fortíssima, a Coréia do Norte construiu o seu regime socialista sob o dogma do isolacionismo, o juche, que significa auto-suficiência em coreano. Como resultado, só obteve pobreza e fome, que vitimaram mais de 2 milhões de pessoas nos últimos anos. As indústrias, todas estatais, estão falidas. As enchentes de 1995 - 1996 e a seca 1997 arruinaram o que havia sobrado da agricultura.
A crise econômica obrigou a Coréia do Norte a pensar na possibilidade de construir zonas de livre-comércio onde será permitida a entrada de capitais estrangeiros. Porém, o país não conta com infra-estrutura (estradas, energia elétrica) para o funcionamento de novas indústrias em seu território. Uma dessas zonas é Rajin-Sonbong, e os maiores investimentos virão da Coréia do Sul. Os sul-coreanos são os principais interessados em ajudar os irmãos do norte, pois isso diminuiria os problemas no caso de uma futura, mas pouco provável, reunificação do país.
Na Coréia do Norte, não se pode ir de uma cidade a outra sem a aprovação do governo. O correio é controlado pelo Estado; rádio e televisão estão no alcance de poucos. Energia elétrica, alimentos e remédios são objetos de luxo. Cada família só pode ter uma lâmpada em casa. Apesar de toda a miséria, a Coréia do Norte tem um dos maiores arsenais nucleares do mundo. Em outubro de 2006, a Coréia do Norte realizou um teste nuclear subterrâneo que foi condenado pela comunidade internacional, aumentando o isolamento do país em relação ao resto do mundo. Em virtude desse fato, o Conselho de Segurança da ONU impôs restrições comerciais e armamentistas à Coréia do Norte. Porém no início do ano seguinte, o país resolveu não prosseguir com seu programa nuclear.
Foto acima : manifestação popular na praça Kim Jong Il, em Pyongyang, capital da República Democrática Popular da Coréia do Norte. A cidade de 2,7 milhões de habitantes, localiza-se às margens do rio Taedong, próximo ao litoral.
A guerra que não acabou
Separadas pelas rivalidades da guerra fria, Coréia do Norte (socialista) e Coréia do Sul (capitalista) não assinaram nenhum tratado de paz em 1953, quando cessaram as hostilidades na região. Isso significa que a guerra não acabou oficialmente na península coreana. Apenas em julho de 2000, os presidentes das duas Coréias encontraram-se para conversar sobre uma hipotética reunificação. Porém, em março de 2001, a Coréia do Norte interrompeu bruscamente as negociações com a Coréia do Sul, sem nenhuma justificativa. Em setembro de 2002, as conversações foram retomadas com alguns progressos, como a construção e a recuperação de rodovias e ferrovias ligando o Sul e o Norte da península.
No mesmo mês de setembro de 2002, a Coréia do Norte realizou uma grande mudança em sua política econômica, anunciando a abertura de uma zona capitalista, uma área de 320 Km², próximo á Sinuiju, no noroeste do país. A região deverá ser comercial, industrial e financeira, sem a interferência do Estado, que, no entanto, construirá um muro para impedir a entrada de norte-coreanos. Os capitalistas serão japoneses, sul-coreanos e chineses, além dos provenientes dos países do Ocidente. O chinês naturalizado holandês Yang Bin dirigirá a zona especial norte-coreana.
Cuba : de "quintal" dos EUA à Ilha de Fidel
Desde sua independência, após a Guerra Hispano-Americana, no final do século XIX, até a vitória da Revolução Cubana (1959), Cuba foi controlada pelos Estados Unidos. A Emenda Platt, votada em 1903 após a independência de Cuba, deu aos Estados Unidos esse direito em troca do apoio dado pelos norte-americanos na guerra que os cubanos empreenderam para se libertar do domínio espanhol.
Mas, em 1959, um grupo de guerrilheiros, entre os quais estavam Fidel Castro e Ernesto "Che" Guevara, acabou com essa interferência, ao derrubar o ditador Fulgêncio Batista, ligado à máfia e aos Estados Unidos. A princípio, o movimento guerrilheiro era essencialmente nacionalista. Porém, nos primeiros anos de governo, Fidel Castro optou por se aliar à URSS e adotar o modelo soviético.
O fato de uma ilha situada a aproximadamente 150 Km da península da Flórida adotar um regime socialista foi desagradável para o gigante capitalista norte-americano. A punição foi o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos aos cubanos, que perdura até hoje.
O governo de Fidel Castro
O governo de Fidel Castro dura há mais de quarenta anos. Ao controlar o país com mão-de-ferro, ele gerou uma considerável massa de desertores que formaram uma "nova Cuba", na Flórida, Estados Unidos.
Foto acima : Fidel Castro. Desde 1959 até 2008, governou Cuba de maneira autoritária, sem eleições diretas nem liberdade de imprensa. Seu irmão Raúl Castro assumiu o poder, em 2008, devido ao precário estado de saúde de Fidel.
Durante a guerra fria, a URSS encontrou uma fórmula para manter a economia cubana : comprava o açúcar dos cubanos com preços subsidiados e, ao mesmo tempo, vendia a eles petróleo a preços bem mais baixos do que os praticados no mercado internacional.
Com essa ajuda, o país de Fidel Castro conseguiu indicadores sociais invejáveis no campo da saúde e da educação. Porém a economia cubana, assim como a economia soviética, penalizava a população quanto ao fornecimento de alimentos e bens de consumo. Sem acesso à tecnologia e à modernização, Cuba parece ter parado no tempo.
Se a crise na URSS atingiu Cuba, o fim da potência socialista desorganizou sua economia, já fragilizada. O velho líder, Fidel Castro, foi obrigado a aceitar modificações para salvar o regime adotado no país. Hoje o capital estrangeiro é bem-vindo na ilha. O mesmo acontece com os dólares que dissidentes do regime cubano, exilados nos Estados Unidos, mandam aos seus parentes que permaneceram em Cuba. As primeiras empresas mistas, de capital estrangeiro e estatal, são admitidas na economia cubana.
Incentivar o turismo foi outra idéia que tem feito o país respirar. Com lindas praias, arquitetura colonial e povo hospitaleiro, é grande o número de turistas que visitam Cuba para passar férias. Além do turismo, Cuba possui importantes reservas de níquel e aproveita os bons preços do produto no mercado internacional.
O petróleo da Venezuela, o capital chinês a té mesmo uma modesta ajuda do BNDES brasileiro substituíram a ajuda da antiga URSS, mas essa situação mantém o país em uma grande e incômoda dependência externa.
Vietnã
A República Socialista do Vietnã, símbolo da maior derrota dos Estados Unidos na guerra fria, abriu sua economia ao capitalismo, aproximou-se de seu maior inimigo (EUA) e, atualmente, recupera-se dos impactos da crise asiática de 1997-1998.
Antiga colônia francesa na península da Indo-china, o Vietnã tornou-se independente em 1954, dividido em dois Estados: Vietnã do Norte, socialista, e Vietnã do Sul, capitalista.
No início dos anos 1960, começou a guerra entre o Norte e o Sul, que só terminou em 1975 e reunificou o país sob o regime socialista. O Vietnã saiu arrasado do conflito. Milhares de vietnamitas e norte-americanos morreram.
Nos últimos anos, o Vietnã tem realizado reformas para tornar sua economia mais dinâmica, apesar de se manter socialista. Começou com a diminuição da burocracia e o ingresso na OMC, em 2005. Além disso, em 2006, anunciou a privatização de 104 empresas estatais. Desse modo, o país tem crescido a uma média de 7% ao ano e tem melhorado rapidamente seus indicadores socioeconômicos.
Foto acima: cidade vietnamita de Ho Chi Minh, que recebeu o nome do líder comunista após a guerra que castigou o país.
No mesmo mês de setembro de 2002, a Coréia do Norte realizou uma grande mudança em sua política econômica, anunciando a abertura de uma zona capitalista, uma área de 320 Km², próximo á Sinuiju, no noroeste do país. A região deverá ser comercial, industrial e financeira, sem a interferência do Estado, que, no entanto, construirá um muro para impedir a entrada de norte-coreanos. Os capitalistas serão japoneses, sul-coreanos e chineses, além dos provenientes dos países do Ocidente. O chinês naturalizado holandês Yang Bin dirigirá a zona especial norte-coreana.
Cuba : de "quintal" dos EUA à Ilha de Fidel
Desde sua independência, após a Guerra Hispano-Americana, no final do século XIX, até a vitória da Revolução Cubana (1959), Cuba foi controlada pelos Estados Unidos. A Emenda Platt, votada em 1903 após a independência de Cuba, deu aos Estados Unidos esse direito em troca do apoio dado pelos norte-americanos na guerra que os cubanos empreenderam para se libertar do domínio espanhol.
Mas, em 1959, um grupo de guerrilheiros, entre os quais estavam Fidel Castro e Ernesto "Che" Guevara, acabou com essa interferência, ao derrubar o ditador Fulgêncio Batista, ligado à máfia e aos Estados Unidos. A princípio, o movimento guerrilheiro era essencialmente nacionalista. Porém, nos primeiros anos de governo, Fidel Castro optou por se aliar à URSS e adotar o modelo soviético.
O fato de uma ilha situada a aproximadamente 150 Km da península da Flórida adotar um regime socialista foi desagradável para o gigante capitalista norte-americano. A punição foi o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos aos cubanos, que perdura até hoje.
O governo de Fidel Castro
O governo de Fidel Castro dura há mais de quarenta anos. Ao controlar o país com mão-de-ferro, ele gerou uma considerável massa de desertores que formaram uma "nova Cuba", na Flórida, Estados Unidos.
Foto acima : Fidel Castro. Desde 1959 até 2008, governou Cuba de maneira autoritária, sem eleições diretas nem liberdade de imprensa. Seu irmão Raúl Castro assumiu o poder, em 2008, devido ao precário estado de saúde de Fidel.
Durante a guerra fria, a URSS encontrou uma fórmula para manter a economia cubana : comprava o açúcar dos cubanos com preços subsidiados e, ao mesmo tempo, vendia a eles petróleo a preços bem mais baixos do que os praticados no mercado internacional.
Com essa ajuda, o país de Fidel Castro conseguiu indicadores sociais invejáveis no campo da saúde e da educação. Porém a economia cubana, assim como a economia soviética, penalizava a população quanto ao fornecimento de alimentos e bens de consumo. Sem acesso à tecnologia e à modernização, Cuba parece ter parado no tempo.
Se a crise na URSS atingiu Cuba, o fim da potência socialista desorganizou sua economia, já fragilizada. O velho líder, Fidel Castro, foi obrigado a aceitar modificações para salvar o regime adotado no país. Hoje o capital estrangeiro é bem-vindo na ilha. O mesmo acontece com os dólares que dissidentes do regime cubano, exilados nos Estados Unidos, mandam aos seus parentes que permaneceram em Cuba. As primeiras empresas mistas, de capital estrangeiro e estatal, são admitidas na economia cubana.
Incentivar o turismo foi outra idéia que tem feito o país respirar. Com lindas praias, arquitetura colonial e povo hospitaleiro, é grande o número de turistas que visitam Cuba para passar férias. Além do turismo, Cuba possui importantes reservas de níquel e aproveita os bons preços do produto no mercado internacional.
O petróleo da Venezuela, o capital chinês a té mesmo uma modesta ajuda do BNDES brasileiro substituíram a ajuda da antiga URSS, mas essa situação mantém o país em uma grande e incômoda dependência externa.
Vietnã
A República Socialista do Vietnã, símbolo da maior derrota dos Estados Unidos na guerra fria, abriu sua economia ao capitalismo, aproximou-se de seu maior inimigo (EUA) e, atualmente, recupera-se dos impactos da crise asiática de 1997-1998.
Antiga colônia francesa na península da Indo-china, o Vietnã tornou-se independente em 1954, dividido em dois Estados: Vietnã do Norte, socialista, e Vietnã do Sul, capitalista.
No início dos anos 1960, começou a guerra entre o Norte e o Sul, que só terminou em 1975 e reunificou o país sob o regime socialista. O Vietnã saiu arrasado do conflito. Milhares de vietnamitas e norte-americanos morreram.
Nos últimos anos, o Vietnã tem realizado reformas para tornar sua economia mais dinâmica, apesar de se manter socialista. Começou com a diminuição da burocracia e o ingresso na OMC, em 2005. Além disso, em 2006, anunciou a privatização de 104 empresas estatais. Desse modo, o país tem crescido a uma média de 7% ao ano e tem melhorado rapidamente seus indicadores socioeconômicos.
Foto acima: cidade vietnamita de Ho Chi Minh, que recebeu o nome do líder comunista após a guerra que castigou o país.
Fonte : ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de ; RIGOLIN, Tércio Barbosa . Geografia , Série Novo Ensino Médio, Volume Único. Editora Ática. São paulo : 2008 .
GEOGRAFIA Newton Almeida
1 Comentários:
Adorei, ajudou muito ;)
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