Muros da Vergonha - Cercas e Muros Separando Povos do Mundo - Combate à Imigração Ilegal
" Muros da Vergonha - Rivalidade entre povos e o temor em relação aos imigrantes se materializam em barreiras físicas ( Por COMPARATO, Bruno Konder. Discutindo Geografia, ano 3, n. 15. p. 43-45. São Paulo: Escala, 2007)
Em 1989, quando foi derrubado o muro de Berlim após quase três décadas de existência, comemorações ocorreram nas diversas partes do planeta. Ao dividir a cidade ao meio, o muro era a materialização da 'cortina de ferro' que separava a a Europa Ocidental dos países comunistas. A queda do muro significou tanto o término da Guerra Fria quanto o fim da rivalidade Leste-Oeste. Analistas entusiastas chegaram a afirmar que o capitalismo e a democracia haviam vencido. Prenunciava-se o início de uma era de prosperidade.
Passados 18 anos desse fato, constata-se que a tão sonhada paz não prevaleceu em nosso planeta. Os conflitos não terminaram e muros continuaram a existir ou a serem construídos. 'Barreiras defensivas' para uns, 'muros da vergonha' para outros, eles são testemunhos de rivalidades entre vizinhos e do medo em relação aos imigrantes.
Ceuta x Melilla : a porta dos fundos para a Europa
Os especialistas em segurança sabem que toda cerca tem um ponto vulnerável. No caso da Europa, ele está localizado em Ceuta e em Melilla, dois enclaves espanhóis na África, bem diante do estreito de Gibraltar. Para separar a União Européia do continente africano foi construída uma dupla cerca metálica de mais de 6 metros de altura, com arame farpado e um sistema de vigilância eletrônico. Entre as duas cercas, há uma estrada constantemente patrulhada por guardas espanhóis.
Em toda a extensão das cercas (são 8 quilômetros em Ceuta e 11 em Melilla) africanos tentam, incansavelmente, ultrapassar a barreira que os separa das oportunidades de trabalho e de uma sobrevivência mais digna no continente europeu. Determinação é o que não falta a esses imigrantes clandestinos. Eles constroem escadas com troncos da floresta à beira da cerca e realizam em média cinco tentativas até conseguirem não ser capturados e trazidos de volta ao ponto de partida.
Ao chegar à costa, a cerca adentra o mar sobre uma barreira de pedras construída artificialmente. A construção do muro custou 180 milhões de euros, dos quais metade foi financiada pela União Europeia, que tem todo interesse em ajudar a Espanha a conter a onda de imigrantes africanos. "
Imagem acima : policiais espanhóis patrulham a cerca que separa o enclave espanhol de Melilla do Marrocos (foto 2005).
Imagem acima : Barco com 300 pessoas que se dirigia para a Europa foi interceptado pela patrulha naval francesa no Mar Mediterrâneo, em 2008 .
Fonte Livro: DANELLI, Sonia Cunha de; Geografia Projeto Araribá; 9º ano; Editora Moderna, 2ª edição; São Paulo : 2007
GEOGRAFIA Newton Almeida
GEOGRAFIA Newton Almeida
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