Conhecer a população do nosso país, tanto quantitativamente quanto qualitativamente, é fundamental para poder planejar as políticas públicas para o seu bem estar. Quantas escolas teremos que construir, ou hospitais, e quantas pessoas deverão se aposentar daqui a dez anos ? Essas e outras tantas questões são estudadas pelos diversos órgãos públicos do Brasil. O responsável pela contagem e estudos sobre a população brasileira, como o número de nascimentos, a quantidade total da população, o número de idosos, é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.
Abaixo, um conteúdo sobre a estrutura da população do Brasil, a partir da análise de três pirâmides etárias, em diferentes anos, do Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2010
" Costuma-se representar a estrutura etária (e também a divisão por sexo) de uma população por meio de um gráfico chamado "pirâmide etária". Vamos observar três gráficos desse tipo sobre a população brasileira, em anos diferentes.
Podemos visualizar a "transição demográfica" do Brasil com a progressiva diminuição das taxas de mortalidade (o que resulta numa maior proporção de idosos) e de natalidade (que reduz a porcentagem dos jovens). O primeiro gráfico mostra como o Brasil, em 1980, era um país jovem. O segundo, de 2000, apresenta uma transição, e o terceiro gráfico, projetado para 2010, indica uma estrutura etária típica de um país maduro. O Brasil, portanto, não é mais um país predominantemente jovem.
Além das faixas etárias, uma pirâmide de idades também fornece informações da proporção dos sexos em cada faixa: um lado do gráfico representa pessoas do sexo masculino, o outro, as do sexo feminino. Nos países jovens, a base da pirâmide é mais larga e o topo bem estreito, o que indica uma elevada proporção de jovens e um número reduzido de idosos (esse é o motivo de o gráfico se chamar pirâmide).
Quando a pirâmide etária foi criada, há mais de um século, todos os países apresentavam grande proporção de jovens em seu efetivo demográfico, o que resultava em um gráfico de formato triangular ou piramidal. Porém, atualmente, apenas os países subdesenvolvidos possuem um gráfico com esse formato. Como os índices de mortalidade e natalidade tendem a diminuir e, em consequência, a proporção de adultos e idosos tende a aumentar em relação à de jovens, esse gráfico vai ficando mais parecido com um retângulo. No entanto, o nome pirâmide etária permanece.
De acordo com os resultados da Contagem da População, realizada em 2007, o número de mulheres é ligeiramente superior ao de homens no Brasil : cerca de 93,4 milhões de pessoas do sexo feminino (50,8% do total) e 90,5 milhões do sexo masculino (49,2%). A taxa de mortalidade é um pouco superior entre os homens, decorrendo, daí, uma vida média maior para o sexo feminino - cerca de quatro anos a mais que para os homens, o que é comum no mundo todo.
No entanto, essa proporção entre os dois sexos varia de acordo com a região do país. Normalmente, nas áreas de imigração - as que estão recebendo novos contingentes pelas migrações internas - , como Rondônia, Mato Grosso e Roraima, a proporção de homens é superior à de mulheres. Já nas áreas de emigração - locais de onde se originam migrantes -, como Ceará, Pernambuco e Minas Gerais, a porcentagem de mulheres é maior, superando a média nacional. Vale ressaltar que essas diferenças raramente ultrapassam o índice de 3% ou 4% para mais ou para menos, entre um sexo e outro. "
GEOGRAFIA Newton Almeida
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