Fonte - Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 .
" No Brasil, as migrações rural-urbanas, também conhecidas como " êxodo rural ", por se tratar de vultosa saída de pessoas do campo para a cidade, envolvem anualmente milhões de indivíduos. A tabela abaixo nos dá uma ideia da intensidade desse deslocamento populacional :
BRASIL - POPULAÇÃO URBANA e RURAL (1970 a 2007)
ANO Urbana Rural Total
1970 52,1 milhões 41,1 milhões 93,2 milhões
1980 80,5 milhões 38,6 milhões 119,1 milhões
2000 137,9 milhões 31,8 milhões 169,7 milhões
2007 153,6 milhões 30,3 milhões 184 milhões
De 1970 a 2007, ocorreu não apenas uma diminuição relativa da população rural, que passou de 44% para cerca de 16,5% do total da população brasileira, mas também uma diminuição absoluta : de aproximadamente 41 milhões de habitantes em 1970, caiu para 30,3 milhões de habitantes em 2007. Nas décadas anteriores, o país já assistia a um declínio da proporção dos habitantes do campo em relação aos das cidades. No entanto, esse declínio, que se acentuou a partir 1950, era relativo e não absoluto. O êxodo rural tornou-se mais acentuado nas décadas posteriores a 1970.
As causas do deslocamento de grandes contingentes humanos do meio rural em direção às cidades podem ser atribuídas a dois tipos de fatores: de mudança e de estagnação.
Os fatores de mudança consistem nas transformações ocorridas no meio rural, em virtude da modernização e da mecanização da agricultura. A modernização dispensa mão de obra, já que eleva a produtividade do trabalho pela introdução de máquinas ou técnicas modernas de cultivo. São fatores encontrados principalmente nos países desenvolvidos e constituem, juntamente com a Revolução Industrial, a principal causa das migrações rural-urbanas. No caso do Brasil, manifestam-se em algumas áreas, principalmente no Centro-Sul, embora não sejam a principal explicação para o êxodo rural no país.
Já os fatores de estagnação advêm da pressão exercida pelo crescimento demográfico sobre a disponibilidade de áreas cultiváveis, que é limitada pela insuficiência física de terras e pela monopolização das terras por grandes proprietários. Esses fatores não estão ligados à industrialização, como ocorre com os fatores de mudança, mas sim a um crescimento populacional que não é absorvido no mercado local, uma vez que a oferta de trabalho torna-se inferior à procura.
O principal motivo de a terra não sustentar o grande número de novos trabalhadores que surge a cada ano se apoia na estrutura social, isto é, no monopólio de extensas áreas por grandes proprietários ou latifundiários. "
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Foto : Migrantes nordestinos que deixaram o campo na esperança de encontrar melhores condições de vida na cidade do Rio de Janeiro , 1998 . Fonte - Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 . "
Já os fatores de estagnação advêm da pressão exercida pelo crescimento demográfico sobre a disponibilidade de áreas cultiváveis, que é limitada pela insuficiência física de terras e pela monopolização das terras por grandes proprietários. Esses fatores não estão ligados à industrialização, como ocorre com os fatores de mudança, mas sim a um crescimento populacional que não é absorvido no mercado local, uma vez que a oferta de trabalho torna-se inferior à procura.
O principal motivo de a terra não sustentar o grande número de novos trabalhadores que surge a cada ano se apoia na estrutura social, isto é, no monopólio de extensas áreas por grandes proprietários ou latifundiários. "
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Foto : Migrantes nordestinos que deixaram o campo na esperança de encontrar melhores condições de vida na cidade do Rio de Janeiro , 1998 . Fonte - Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 . "
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