terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Geopolítica Guerra na Síria - Vídeo com Entrevista da Jornalista Lúcia Issa

     

    O Presidente Donald Trump declarou que as tropas americanas na Síria estariam sendo retiradas, mas uma semana após, ele voltou atrás e disse que os Estados Unidos manteriam seus militares na guerra da Síria. O vídeo, a seguir, descortina os interesses por trás desse conflito!

 O que o vídeo mostra? 

   - Jornalista, e escritora, Lúcia Helena Issa, que é especialista em Oriente Médio (foi colaboradora da Folha de São Paulo e do Jornal do Brasil), debatendo sobre a guerra na Síria, juntamente com Igor Fuser (professor da universidade Federal do ABC) , no Programa Geopolítica Tv 247 (You Tube);

- Lúcia Issa já publicou o livro-reportagem chamado "Quando Amanhece na Sicília", que trata da luta de mulheres italinas contra a máfia italiana, e está lançando outro livro intitulado "As Filhas da Esperança" sobre as tentativas de mulheres palestinas e israelenses pela paz na região, pela resolução do conflito Israel x Palestina, e está preparando outro livro relatando a guerra na Síria, com o título de "Sob o Céu de Damasco"; 

-   Lúcia Issa conta que esteve 5 vezes no Oriente Médio, e recentemente retornou da fronteira do Líbano com a Síria;


-  Lúcia Helena disse que o foco de seu trabalho era a situação dos refugiados sírios, principalmente as mulheres, e que percebeu, logo de início, que no Ocidente as notícias eram distorcidas da realidade, no ex-governo Obama, informando que os rebeldes da Síria, em oposição ao ditador Bashar al-Assad, estavam tendo apoio dos Estados Unidos, mas isso não é verdade! 
    Issa conversou com centenas de mulheres refugiadas que relataram que não se trata de rebeldes, nunca foram homens comuns que se insurgiram contra a violência da ditadura na Síria, mas sim mercenários e terroristas pagos pelos Estados Unidos, inclusive terroristas da Al-Qaeda da Síria (chamada de Frente al Nusra) e outros do Estado Islâmico; Issa comenta que a guerra não é uma revolução, os opositores a Bashar al-Assad não são revolucionários, mas sim mercenários; 

-  Issa comenta que nessa guera não existe "bonzinho", não há "mocinho ou bandido", pois a violência é indiscriminada, por parte de opositores e pelas tropas da Síria (Assad); existem dois exércitos o Sírio e do outro lado mercenários contratados para derrubar o governo Sírio, matando indiscriminadamente o povo Sírio; 


-  Issa contesta a utilização de armas químicas por parte das tropas da Síria, diz que isso é fake news, de acordo com inúmeras entrevistas que realizou, mas isso não significa dizer que o exército Sírio não tenha cometido atrocidades contra seu povo; 

- Igor Fuser comenta que a guerra civil da Síria teve início em 2011, no contexto da Primavera Árabe em que em vários países  Árabes, do Oriente Médio e na África,  aconteceram rebeliões espontâneas contra seus governos, e isso foi sendo fomentado pelos Estados Unidos e seus aliados (Inglaterra, França, Aábia Saudita); os interesses geopolíticos na hegemonia da região fizeram com os Estados Unidos se aproveitassem da fragilidade desse momento para derrubar antigos ditadores, como no caso da Líbia e na Síria, sendo a diferença que o governo Sírio vem conseguindo se manter; a Rússia apoiou, de início Bashar al-Assad, seu aliado, e os Estados Unidos preferiram financiar rebeldes e grupos ligados ao terrorismo contra o governo Sírio; a ação externa das potências (Estados Unidos e Rússia) em vez de levar a mediação do conflito em busca da paz, prejudicou interferindo frontalmente e deflagrando uma sangrenta guerra, pelo objetivo geopolítico na região; 

-  Lúcia Issa lembra que essa guerra criou mais de 10 milhões de refugiados, matou mais de 400.000 (quatrocentas mil) pessoas, feriu mais de 2 milhões de pessoas, um conflito que dura mais de 7 anos; só quem ganha com isso são fabricantes e traficantes de armas; ela comenta que a Síria era um país bom, laico, com mulhres médicas, juízas, jornalistas, professoras universitárias, umas com véu outras sem véu, de calça jeans, saia acima do joelho, com méritos na saúde e educação pública, acima da média do Oriente Médio, mas que não era alinhado aos interesses dos Estados Unidos, mas sim aos interesses russos; a Síria possui grandes reservas de gás natural e  petróleo, cuja produção caiu em 93% com a guerra, um colapso econômico tremendo, sendo essa guerra um conflito global e não local (como difundido por jornalistas do mundo todo);

-  Lúcia Issa comenta que os Estados Unidos deveriam se voltar contra a Arábia Saudita e não contra a Síria, se o objetivo é combater o radicalismo e terrorismo, nesse discurso pró democracia; essa é a hipocrisia do século: o maior aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio é a Arábia Saudita; 

-  Lúcia Issa comenta que as religiões são "sequestradas" por grupos criminosos com objetivo de poder e riqueza, que o Islã não tem nada a ver com o terrorismo; esses grupos terroristas são formados por estrangeiros, poquíssimos membros são Sírios, a maioria é de Iraquianos, Líbios e muitos franceses; estudos revelam que 72% dos mercenários que tentaram derrubar o governo Assad eram de estrangeiros. 


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