sexta-feira, 20 de março de 2020

3 Divisões Internacionais do Trabalho



3 Divisões Internacionais do Trabalho  - acompanhe a narrativa do vídeo, transcrita abaixo: 

     A Divisão Internacional do Trabalho, conceitualmente, significa as relações de trocas comerciais entre os países. Observe que essa relação de troca comercial não se dá de maneira horizontal, mas sim de maneira extremamente verticalizada estabelecendo diferentes níveis hierárquicos, ou seja temos países que vendem mais, outros vendem menos, uns vendem produtos mais caros, outros vendem produtos mais baratos, etc. Isso mostra que as relações comerciais também explicam as relações de poder e dominação entre os países ao redor do mundo.


1-  DIT do Capitalismo Comercial (séculos XV e XVI) - Um país que dominava o pacto comercial com sua(s) colônia(s) era chamado de metrópole. As trocas comerciais sempre beneficiavam a metrópole. A colônia enviava produtos de matérias-primas, produtos tropicais, minérios, e a metrópole revendia para a colônia produtos de manufaturas (de maior valor). Com o passar do tempo muitas dessas colônias, assim como o Brasil, se tornam independentes, mas perceba, o seguinte, que a relação de poder se sustenta dentro da lógica comercial. 

2-  DIT  do Capitalismo Industrial (séculos XVIII e XIX) -  Os países passam a ser designados como países industrializados e países agrários. Boa parte do países industrializados eram as antigas metrópoles (com raras exceções, como os Estados Unidos que eram colônia de povoamento, e depois se industrializa). Boa parte dos países agrários eram as antigas colônias (como o Brasil, por exemplo, que até o século XIX ainda não era um país industrializado, mas agrário). Os países agrários continuam mandando matéria-prima e comprando, agora, os produtos industrializados. A divisão internacional do trabalho perpetua as antigas relações de dominação entre as metrópoles e suas colônias. 

    A partir do século XX muita coisa muda, pois países que eram agrários acabam por se industrializar, como a Índia, México, Brasil, África do Sul. Países que dependiam do campo se industrializam, principalmente após investimentos dos países industrializados, quando desconcentram sua produção, e empresas transnacionais entram nesses países, como a Coréia do Sul e Brasil, que de agrários passam a ser industrializados.         Nessa fase do capitalismo podemos selecionar um grupo de países que chamamos de Centro, outro conjunto de países que chamamos de Periferia, e um terceiro conjunto chamado de Emergentes. Temos de um lado os países ricos e do outro os países pobres, só que em categorias diferentes: 
      -  periféricos, sempre são agrários; 
      -  emergentes, que se tornaram industrializados. 
             É uma ilusão achar que a industrialização alça os países pobres ao mesmo nível de desenvolvimento que os países ricos, porque as relações de poder não se fazem mais pela produção de itens de consumo (veremos isso a seguir). 
     As relações agora são mais complexas. Os países da periferia mandam para os países de centro, e para os emergentes, as matérias-primas; países emergentes vendem itens industrializados para países de centro e para países da periferia; os países de centro mandam tecnologia e novos investimentos aos países emergentes. 
    A nova DIT não alça os países industrializados à posição de desenvolvimento, pois ela se dá pela produção de tecnologia. Por isso os países emergentes continuam muito atrás dos países de centro (países ricos desenvolvidos). Boa parte dos países de centro eram as metrópoles de outrora, e boa parte da periferia e emergentes de hoje eram as colônias de épocas da DIT do capitalismo comercial. 




     Vejam um pouco mais sobre a DIT  



O Que É DIT? 




Geografia Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br

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