segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Brasil : PIB e Renda Per Capita : Geografia para o 7º Ano do Ensino Fundamental

   
Geografia Newton Almeida


    Conteúdo adaptado por Newton Almeida, do  Livro - VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 ; com dados complementares da www.wikpedia.org. Sobre PIB e renda per capita no Brasil.  * Newton Almeida é editor desse blog, é formado em Geografia, licenciatura , e foi professor da rede estadual do Rio de Janeiro por três anos.

             PIB e Renda Per Capita no Brasil

  O Brasil faz parte de um grupo de países que estão em desenvolvimento, chamado de BRICS, formado por : Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O desenvolvimento de um país significa que a sua população possui elevada qualidade de vida, o que ainda não acontece no grupo BRICS. Mas, são países que estão avançando significativamente, e para isso acontecer é necessário que a economia do país avance. Senão, fica difícil fornecer à população as obras de infraestrutura, como transportes confortáveis, atendimento bom nos hospitais, qualidade na educação, saneamento básico e moradia.
    O Brasil vem obtendo bons resultados na sua economia nos últimos anos, mas outros países vêm tendo crescimento econômico muito superior, como a China. Mas afinal, o que quer dizer "economia"  ?  O que é crescimento econômico  ?
   A economia é a produção e venda de bens e serviços. Quando uma padaria, por exemplo, consegue um resultado muito bom, ao longo de um ano, significa que seus serviços e produtos obtiveram uma venda superior ao ano anterior. Com a venda dos pães, doces e outros produtos, o dono da padaria pode empregar mais funcionários, para produzir mais, e assim, com mais pessoas trabalhando, a economia estará em crescimento. O mesmo ocorre num país, mas é claro que a quantidade de produção e serviços prestados é enorme ! Se a cada ano o país apresentar um maior crescimento econômico, vai poder ampliar as obras de estradas, hospitais, novas escolas e creches, gerando melhor qualidade de vida para a população.
   O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de toda a produção de bens e dos serviços prestados dentro de um país, ao longo de um ano. No Brasil, o PIB é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Todo o ano, os funcionários do IBGE somam o valor total da produção de bens e quanto as empresas lucraram no ano, somam também todos os salários pagos no Brasil.
    Portanto, o importante é compreender que o Produto Interno Bruto do Brasil, ou de qualquer outro país, é toda a riqueza produzida no Brasil em um ano.
   Se o Produto Interno Bruto do País cresceu, após um ano, o seu crescimento econômico foi positivo ou negativo ?  Foi positivo !  Todo governo de um país trabalha para que o PIB cresça ano após ano. Mas, quando um país, em um ano, apresenta uma queda no seu PIB, a economia cresceu ou diminuiu ?  Diminuiu ! A taxa de expansão (ou às vezes de retração) do PIB de um país é o seu ritmo de crescimento econômico, que pode ser medido mensalmente, por semestre (seis meses) ou anualmente.
   A soma de todos os rendimentos (salários, lucros ou ganhos) da população de um país, durante um  ano, compõe a renda nacional. Já a renda per capita é o valor da renda nacional dividido pelo número de habitantes do país. Se a renda per capita é alta, significa que a população do país possui rendimentos elevados, ou que é rica . Então a renda per capita pode ser um indicador do desenvolvimento econômico de um país, assim como o PIB . 
   Observe que quanto maior a população de um país, o seu PIB terá que ser maior para que a renda per capita seja elevada. Por exemplo, pense numa família de três pessoas que possui rendimento mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais). Quando dividimos a renda da família por três, temos que a renda per capita mensal foi de R$ 1 mil reais. Podemos dizer que essa família possui uma renda per capita boa. Mas, se a família tiver dez pessoas, em vez de apenas três, e sua renda total, mensal,  também for de R$ 3 mil reais ? Então essa família é pobre, pois a sua renda per capita é de apenas  R$ 300,00 (trezentos  reais) ao mês. Portanto, quanto maior a população do país maior tem de ser seu esforço para que a riqueza, ou Produto Interno Bruto, produzida em um ano seja elevada. Ter uma população muito grande é um problema, em vez de ser solução, para muitos países. É por isso que a China, que possui a maior população do mundo, com mais de 1.300.000.000 (um bilhão e trezentos milhões de habitantes) tenta impedir que cada casal tenha mais de um filho.
      Observe os dados, do ano de 2007, da economia de alguns países :

                  MAIORES  PIBs do MUNDO  em 2007

         PAÍS                            PIB (trilhões de dólares)
  Estados Unidos                              13,5
  Japão                                               4,3
  China                                               2,9
  Alemanha                                        2,9
  Reino Unido                                    2,4
  França                                             2,2   

                MAIORES  RENDAS  PER CAPITA  em 2007

      PAÍS                           Renda Per Capita (em dólares)
Liechtenstein                                        79.938
Luxemburgo                                         66.679
Noruega                                               68.440
Suíça                                                    57.096
Dinamarca                                           57.168
Islândia                                                54.697

       De acordo com os dados acima, podemos ver que os Estados Unidos são o país com a maior economia do mundo, com um PIB superior a 13 trilhões de dólares. Porém, o país com a maior renda per capita é Liechtestein, que ultrapassa 70 mil dólares. A renda per capita dos Estados Unidos, de 43.380 dólares, foi a 8ª do mundo, no ano de 2007.
    Podemos concluir que uma população grande necessita de um PIB muito grande, para elevar a sua renda per capita.  No caso de Liechtenstein, seu PIB não é tão grande, mas como possui um número bem pequeno de habitantes (em comparação com outros países), a sua renda per capita foi a maior de todas, no ano de 2007. Esse país, que também  é bem pequeno em extensão territorial (160,4 km²) e fica localizado na Europa Ocidental, possui PIB (Produto Interno Bruto) de 36 bilhões de dólares (74º do mundo), mas possuía a maior renda per capita do mundo, em 2007, devido à sua pequena população (34.521 habitantes, em 2005).        *Observação - Atualmente, ano de 2013 para 2014, Liechtestein deixou de ser a maior renda per capita do mundo, ocupa o 15º lugar , com renda per capita da ordem de US$ 34 mil dólares (fonte www.wikpedia.org), mas em 2007 era o primeiro colocado (segundo o Livro texto).                                        
        E o nosso Brasil?  Qual é o seu Produto Interno Bruto?  Qual é a sua renda per capita ?
  Segundo o site www.wikpedia.org, o Brasil possuía PIB da ordem de US$ 2,355 trilhões de dólares, no ano de 2012, ocupando a sétima posição. Para calcular a renda per capita é necessário dividir o PIB pela população do Brasil, que era da ordem de 200 milhões de habitantes. Portanto, a renda per capita do Brasil (em 2012) estava em cerca de US$ 11.875 dólares, ficando na 75º posição mundial, uma renda per capita nem baixa nem elevada, e sim média.


GEOGRAFIA Newton Almeida

domingo, 29 de dezembro de 2013

Migrações Pendulares no Brasil : Geografia para o Sétimo Ano do Ensino Fundamental

     
Geografia Newton Almeida

      "  Migrações Pendulares nas grandes cidades do Brasil 
   Migrações pendulares ou diárias nos grandes centros urbanos significam o movimento de ida e volta dos trabalhadores de sua residência até o local de trabalho, localizado geralmente longe da moradia. Esse tipo de migração aumenta com o crescimento da cidade, que passa a abrigar as camadas trabalhadoras mais pobres nas zonas periféricas ou nas cidades-dormitórios ou cidades-satélites. Em alguns centros, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, é comum os trabalhadores gastarem três ou quatro horas por dia nesse movimento de vaivém. 
   Os transportes coletivos (ônibus, trens, metrô) tornam-se um problema fundamental para os trabalhadores das grandes cidades. Como o transporte coletivo, há muito tempo, vem cedendo espaço aos automóveis particulares, as camadas de renda mais baixa sofrem intensamente com esse problema: conduções precárias, altos preços das tarifas, atrasos frequentes, superlotação de ônibus e trens de subúrbios, entre outros.  
   Algumas pesquisas realizadas em favelas de São Paulo e do Rio de Janeiro revelaram que boa parte de sua população é constituída por trabalhadores que preferem residir em barracos próximos ao local  de trabalho a construir uma casa simples na periferia, pois o custo do transporte seria alto demais para seus salários.  "


Fonte : Livro - VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 .




GEOGRAFIA Newton Almeida

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Migração Rural - Urbana ou Êxodo Rural no Brasil : Geografia para o 7º Ano do Ensino Fundamental

     
Geografia Newton Almeida

Fonte -   Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 .   

"  No Brasil, as migrações rural-urbanas, também conhecidas como " êxodo rural ", por se tratar de vultosa saída de pessoas do campo para a cidade, envolvem anualmente milhões de indivíduos. A tabela abaixo nos dá uma ideia da intensidade desse deslocamento populacional : 


    BRASIL - POPULAÇÃO URBANA e RURAL (1970 a 2007)

ANO                              Urbana                        Rural                                Total 

1970                           52,1 milhões                41,1 milhões                        93,2  milhões

1980                           80,5 milhões                38,6 milhões                       119,1 milhões

2000                          137,9 milhões                31,8 milhões                      169,7 milhões

2007                          153,6 milhões                30,3 milhões                        184 milhões


        De 1970 a 2007, ocorreu não apenas uma diminuição relativa da população rural, que passou de 44% para cerca de 16,5% do total da  população brasileira, mas também uma  diminuição absoluta : de aproximadamente 41 milhões de  habitantes em 1970, caiu para 30,3 milhões de habitantes em 2007. Nas décadas anteriores, o país já assistia a um declínio da proporção dos habitantes do campo em relação aos das cidades.  No entanto, esse declínio,  que se acentuou a partir 1950, era relativo e não absoluto. O êxodo rural tornou-se mais acentuado nas décadas posteriores a  1970. 
    As causas do deslocamento de grandes contingentes humanos do  meio  rural em direção às cidades podem ser atribuídas a dois tipos de fatores: de mudança e de estagnação.
      Os  fatores de mudança consistem nas transformações ocorridas no meio  rural, em virtude da modernização e da mecanização da agricultura. A modernização dispensa mão de obra, já que eleva a produtividade do  trabalho pela  introdução de máquinas ou técnicas modernas de cultivo. São fatores encontrados principalmente nos países desenvolvidos e constituem, juntamente com a Revolução Industrial, a principal causa das migrações rural-urbanas. No caso do Brasil, manifestam-se em algumas áreas, principalmente no Centro-Sul, embora não sejam a principal explicação para o êxodo rural no país.
   Já os  fatores de estagnação advêm da pressão exercida pelo  crescimento demográfico sobre a disponibilidade de áreas cultiváveis, que é limitada pela insuficiência física de terras e pela monopolização das terras por grandes proprietários. Esses fatores não estão ligados à industrialização,  como ocorre com os fatores de mudança, mas sim a um crescimento populacional que não é absorvido  no mercado local, uma vez que a oferta de trabalho torna-se inferior à procura.
   O principal  motivo de a terra não sustentar o grande número de novos trabalhadores que surge a cada ano se apoia na estrutura social, isto é, no monopólio de extensas áreas por grandes proprietários ou latifundiários.    "


Geografia Newton Almeida
"
Foto :  Migrantes nordestinos que deixaram o campo na esperança de encontrar melhores condições de vida na cidade do Rio de Janeiro , 1998 . Fonte - Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 .       "


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Geografia do Brasil : Migrações Internas : Perguntas com Respostas : 7º Ano do Ensino Fundamental

Geografia Newton Almeida


   Perguntas com respostas sobre as migrações internas ou inter-regionais no Brasil. Os conteúdos são do Livro : Fonte Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 .

1-   O que são  migrações internas ou inter-regionais do  Brasil?
RESPOSTA   -  As migrações são os movimentos da população  no espaço, seja saindo de  um país ou entrando  num outro país. Já as migrações internas ou inter-regionais são os deslocamentos das pessoas dentro do Brasil, mudando de uma região para outra.


2-  Desde quando as migrações ocorrem no Brasil?
RESPOSTA  -  “  As migrações vêm ocorrendo no Brasil desde a época colonial,  embora tenham se intensificado a partir do início  do século XX, notadamente após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) .  “


3-  O Brasil  viveu diversos ciclos econômicos ao longo da sua história, onde despontava determinado produto como o mais importante. O  país viveu a fase da cana-de-açúcar nos séculos XVI e XVII, da mineração no século XVIII, do café no final do século XIX e início do século  XX, e da borracha de 1870 a 1910. Explique a influência desses ciclos econômicos nas migrações internas.

RESPOSTA  - “ O período áureo de cada produto,  determinado pela sua valorização  no mercado internacional, sempre requisitou um grande volume  de mão de obra, atraindo grandes contingentes humanos, oriundos de outras regiões do país, para a região produtora.  Cabe ressaltar que essas migrações inter-regionais foram relativamente fracas, intensificando-se apenas na terceira década do século  XX.  “


4-  Quais fatores dificultavam a mobilidade da população em tempos passados?

RESPOSTA -  “ Após  a abolição da escravatura, a mobilidade espacial da população aumentou no  Brasil, uma vez que, até então, só o trabalhador livre ou assalariado podia deslocar-se à vontade pelo território nacional – o escravo era um mero  objeto de compra e venda. Outro fator que dificultava essa mobilidade era a precariedade das estradas que interligavam  as diversas  partes do país.  “


5- O ciclo  do  café contribuiu para as migrações internas no Brasil? Por quê?
RESPOSTA   -   Sim !  Porquê  no ciclo  do café, especialmente a partir do  fim do século XX, iniciou-se a construção de uma rede de transportes mais extensa   -  primeiro, ferrovias e, depois, já no século XX, rodovias -, facilitando  as migrações inter-regionais do Brasil.   


      6- Comente sobre as mais numerosas migrações inter-regionais da  história do Brasil.

RESPOSTA  -   “ As mais numerosas migrações inter-regionais da nossa  história foram as de populações nordestina e mineira para os centros urbanos do Centro-Sul (São Paulo, principalmente, e também Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e outras cidades grandes ou médias). Essas migrações tiveram início no fim do século XIX, aceleraram-se no início do século XX e prosseguem até os dias de hoje, embora com menos intensidade do que há algumas décadas.   
    Esse movimento populacional deveu-se ao crescimento econômico do Centro-Sul – no início, com o café, depois com a indústria – e também ao  declínio econômico do Nordeste, ocasionado pela diminuição  da demanda internacional por seus produtos agrícolas de exportação tradicionais e pela estagnação de seu setor industrial.   “


 7-   Quais mudanças vêm ocorrendo nos movimentos migratórios a partir de 1940 ?

RESPOSTA   -   Com a chamada Marcha para o Oeste, iniciada nos anos 1940 no governo de Getúlio Vargas, e com a ocupação mais intensa da Amazônia brasileira a partir dos anos 1970, os estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Roraima receberam grande número de migrantes oriundos do Nordeste, do Sul e até  mesmo do Sudeste do país. Desde 1970, Rondônia, Roraima, Amapá, Acre e Mato Grosso são as unidades da Federação que  vêm alcançando maior crescimento percentual em sua população. 
   Nos últimos anos a região Nordeste vem recebendo maior  entrada de migrantes, em comparação com as outras regiões. As regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, permaneceram praticamente estáveis e a região Sudeste apresenta migração de  saída de populações .
Geografia Newton Almeida
Migrantes chegando à Rodovia Transamazônica, nos anos 1970 ; Fonte Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 .

GEOGRAFIA Newton Almeida

domingo, 22 de dezembro de 2013

Geografia 7º ano : Perguntas com Respostas sobre as Migrações no Brasil

    Algumas perguntas com respostas, sobre  as migrações  no Brasil, utilizando os conteúdos do : Fonte Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º Ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009
Geografia Newton Almeida

1- O que são migrações ? 

RESPOSTA -  Migrações são deslocamentos da população no espaço. 


2- Como podem ser classificadas as migrações do Brasil ? 


RESPOSTA  -  As migrações, no Brasil,  podem ser classificadas em : 


-  imigração (muito importante no período de 1850 até 1934) ;
-  migrações internas ou inter-regionais (ocorreram durante toda a história do Brasil, mas assumiram maior importância após 1934, com o declínio da imigração e uma maior integração entre as diversas regiões do país); 
- migração rural-urbana ou êxodo rural (que se acelerou após 1950);
- migrações pendulares nas grandes cidades (isto é, o deslocamento diário da população da residência para o trabalho e do trabalho para a residência) . 

3- As migrações pendulares no Brasil vem aumentando ou diminuindo, por quê ? 

RESPOSTA  -  As migrações pendulares vêm aumentando no Brasil desde a década de 1950. Porque a partir da década de 1950 iniciou-se o processo de urbanização no Brasil, ou seja, as cidades vêm aumentando e com isso, o deslocamento de trabalhadores de casa ao trabalho, e vice-versa, também aumentou. 

4- Quais as principais causas das imigrações para o Brasil ? 

RESPOSTA  -   A imigração, ou seja, a vinda de estrangeiros para residir no Brasil, encontra causa na crise econômica, ou pelas guerras, em outros países, como no caso da Europa e Japão, em especial no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Outra causa para as imigrações é um planejamento do governo brasileiro em atrair estrangeiros para cá.

5-  Cite um exemplo em que o governo brasileiro incentivou a vinda de imigrantes. 

RESPOSTA -  Com a intensificação das pressões inglesas para o fim do tráfico negreiro e com a edição da Lei Eusébio de Queirós, a partir de 1850, quando o tráfico de escravos cessou, a imigração se intensificou no Brasil.  Isso ocorreu pela necessidade de o país atrair mão de obra para as lavouras cafeeiras, em um momento em que a escravidão foi proibida no Brasil. 

6- Em qual momento a imigração para o Brasil foi mais incentivada ? 

RESPOSTA - O momento de maior incentivo à vinda de imigrantes, para o Brasil, foi a abolição da escravatura, em 1888, que impulsionou o governo brasileiro a buscar nova força de trabalho na Europa e no Japão. 

7-  De que maneira a imigração do Brasil diminuiu consideravelmente, após 1934 ? 

RESPOSTA - O período áureo da imigração para o Brasil ocorreu entre 1850 e 1934. A Constituição aprovada em 1934 estabeleceu medidas restritivas à vinda de estrangeiros, razão pela qual a imigração para o Brasil diminuiu consideravelmente. 

8- Cite uma medida da Constituição de 1934 que fez diminuir a imigração para o Brasil.

RESPOSTA  - Uma medida foi o sistema de cotas :  de acordo com o qual, a cada ano, não poderiam ingressar no país mais de 2% do total de entradas de imigrantes de cada nacionalidade nos últimos cinquenta anos. 

9-  Por que a migração de nordestinos, para o sudeste, passou a ser maior que a imigração estrangeira no Brasil, após a Primeira Guerra Mundial ? 

RESPOSTA  -  Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), com o avanço da indústria paulista, que já se tornava a mais importante do Brasil e expandia seu mercado consumidor a outras partes do Brasil (do Nordeste ao Sul), o deslocamento de migrantes nordestinos para a cidade de São Paulo e áreas cafeeiras passou a ser mais numeroso do que a entrada de imigrantes estrangeiros. Isso ocorreu porque a expansão da indústria paulista, em virtude da concorrência de mercado, provocou a falência de diversas empresas têxteis nordestinas. Por causa disso, as atividades tradicionais do Nordeste (como a produção do açúcar e o cultivo do algodão, que dependiam do mercado externo) entraram em declínio, elevando o índice de desemprego e gerando, consequentemente, a saída de pessoas dessa região.   

10-  Do fim do século XIX até princípios do século XX, o Brasil foi um país que registrou intensa imigração. Essas imigrações são comparáveis às que ocorreram nos Estados Unidos ? 

RESPOSTA  -  Não. O Brasil foi um país que registrou intensa imigração, porém não podemos comparar a realidade brasileira com a dos Estados Unidos, onde ingressaram cerca de 40 milhões de imigrantes. O total de imigrantes que entraram no Brasil de 1850 a 2005, e aqui fixaram-se é de cerca de 3 milhões. 

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Estrutura Etária do Brasil : Pirâmides Etárias : Geografia para o 7º Ano do Ensino Fundamental

   
http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br/

     Conhecer a população do nosso país, tanto quantitativamente quanto qualitativamente, é fundamental para poder planejar as políticas públicas para o seu bem estar. Quantas escolas teremos que construir, ou hospitais, e quantas pessoas deverão se aposentar daqui a dez anos ? Essas e outras tantas questões são estudadas  pelos diversos órgãos públicos do Brasil. O responsável pela contagem e estudos sobre a população brasileira, como o número de nascimentos, a quantidade total da população, o número de idosos, é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. 
    Abaixo, um conteúdo sobre a estrutura da população do Brasil, a partir da análise de três pirâmides etárias, em diferentes anos, do Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2010

"  Costuma-se representar a estrutura etária (e também a divisão por sexo) de uma população por meio de um gráfico chamado "pirâmide etária". Vamos observar três gráficos desse tipo sobre a população brasileira, em anos diferentes.
Geografia Newton Almeida

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    Podemos visualizar a "transição demográfica" do Brasil com a progressiva diminuição das taxas de mortalidade  (o que resulta numa maior proporção de idosos) e de natalidade (que reduz a porcentagem dos jovens).  O primeiro gráfico mostra como o Brasil, em 1980, era um país jovem. O segundo, de 2000, apresenta uma  transição, e o terceiro gráfico, projetado para 2010, indica uma estrutura etária típica de um país maduro. O Brasil, portanto, não é mais um país predominantemente jovem. 
   Além das faixas etárias, uma pirâmide de idades também fornece informações da proporção dos sexos em cada faixa: um lado do gráfico representa pessoas do sexo masculino, o outro, as do sexo feminino. Nos países jovens, a base da pirâmide é mais larga e o topo bem estreito, o que indica uma elevada proporção de jovens e um número reduzido de idosos (esse é o motivo de o gráfico se chamar pirâmide).  
   Quando a pirâmide etária foi criada, há mais de um século, todos os países apresentavam grande proporção de jovens em seu efetivo demográfico, o que resultava em um gráfico de formato triangular ou piramidal. Porém, atualmente, apenas os países subdesenvolvidos possuem um gráfico com esse formato. Como os índices de mortalidade e natalidade tendem a diminuir e, em consequência, a proporção de adultos e idosos tende a aumentar em relação à de jovens, esse gráfico vai ficando mais parecido com um retângulo. No entanto, o nome pirâmide etária permanece. 
   De acordo com os resultados da  Contagem da População, realizada em 2007, o número de mulheres é ligeiramente superior ao de homens no Brasil : cerca de 93,4 milhões de pessoas do sexo feminino (50,8% do total) e 90,5 milhões do sexo masculino (49,2%). A taxa de mortalidade é um pouco superior entre os homens, decorrendo, daí, uma vida média maior para o sexo feminino - cerca de quatro anos a mais que para os homens, o que é comum no mundo todo. 
   No entanto, essa proporção entre os dois sexos varia de acordo com a região do país. Normalmente, nas áreas de imigração - as que estão recebendo novos contingentes pelas migrações internas - , como Rondônia, Mato Grosso e Roraima, a proporção de homens é superior à de mulheres. Já nas áreas de emigração - locais de onde se originam migrantes -, como Ceará, Pernambuco e Minas Gerais, a porcentagem de mulheres é maior, superando a média nacional. Vale ressaltar que essas diferenças raramente ultrapassam o índice de 3% ou 4% para mais ou para menos, entre um sexo e outro. " 

GEOGRAFIA Newton Almeida

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Brasil : Pirâmide Etária : Aprenda a Ler o Gráfico Pirâmide Etária

     O gráfico chamado de pirâmide etária é muito utilizado para informar sobre a estrutura etária da população de um país, ou estado ou cidade. Esse gráfico indica a quantidade de homens e mulheres e qual idade possuem.     

     PERGUNTA - Como é possível informar quantas pessoas têm determinada idade, e mais ainda se são homens ou mulheres ? 
    A pirâmide etária traz todas essas informações, e para isso é necessário interpretar o gráfico.
Geografia Newton Almeida
    Acima, uma pirâmide etária do Brasil, utilizando dados de 1980. Veja só, no centro da pirâmide, estão indicadas as idades das pessoas, então, cada degrau da pirâmide, à esquerda ou direita, é um conjunto de milhões de pessoas, da mesma idade. Quanto mais alto estiver o degrau, maior é a idade das pessoas. 

   PERGUNTA   -   E as cores, por que utilizar duas cores ?  Poderíamos usar uma pirâmide etária sem cores, mas nesse caso, a cor vermelha, na metade da esquerda da pirâmide etária, são as pessoas do sexo masculino, os homens. Então, a metade da direita, em azul,  são as mulheres. 


    PERGUNTA   -   Quais degraus você acha que traz informações dos meninos e meninas ? 
            No caso, o primeiro degrau (de baixo para cima) mostra a quantidade de pessoas do sexo masculino (esquerda, vermelho) e do sexo feminino (direita, azul), com idade de 0 a 4 anos. Com essa idade ainda são bebês, e não são meninos e meninas. Já no segundo degrau (de baixo para cima), a idade indicada é de 5 a 9 anos, e no terceiro degrau de 10 a 14 anos. Então, os degraus que representam informações sobre meninos e meninas são o segundo e o terceiro degraus (na base da pirâmide). 

       PERGUNTA - Quantos meninos e meninas habitavam o Brasil, em 1980, considerando uma faixa etária de 5 a 14 anos ? 
       Você tem que observar que o comprimento do degrau, seja da esquerda ou da direita, informa a quantidade de pessoas. Um degrau curto significa pouca gente, e um comprido ou extenso é sinal de muita gente. No caso de meninos e meninas, faixa etária de 5 a 14 anos, são o segundo e o terceiro degraus (de baixo para cima), então veja que no segundo degrau teremos : mais ou  menos, 7 milhões de meninas e 7 milhões de meninos. E no terceiro degrau : também 7 milhões de meninas e 7 milhões de meninos, mais ou menos (arredondando). Somando os dois degraus, que representam a faixa etária de meninos e meninas, no ano de 1980, teremos : em 1980 o Brasil possuía 14 milhões de meninos e 14 milhões de meninas; um total de 28 milhões de meninos e meninas.   

       Vamos praticar um pouco mais  -   PERGUNTA  -  Considerando que uma pessoa idosa possui de 60 anos em diante : Quantas pessoas idosas do sexo feminino e do sexo masculino, o Brasil tinha em 1980 ?  E quantos idosos  habitavam o Brasil em 1980 ? 
      
       Observe que essa faixa etária está representada do primeiro ao terceiro degrau, de cima para baixo. Perceba que esses degraus são curtos, pois a quantidade de idosos era pequena, em comparação com outras faixas etárias. Utilizando uma régua, dá para perceber que a quantidade de mulheres idosas era de  1 milhão, nas três faixas etárias (nos três degraus) de 60 a 70 ou mais. Essa quantidade é aproximada, tem degrau um pouquinho menor do que o outro, mas os três sinalizando a quantidade total de 3 milhões, mais ou menos. O mesmo para os homens idosos (cor vermelha), 3 milhões . Portanto, em 1980, o Brasil tinha 3 milhões idosas do sexo feminino e 3 milhões de idosos do sexo masculino. O total de idosos que habitavam o Brasil , em 1980, era de 6 milhões. 

       Agora sim !  Você já é capaz de ler um gráfico do tipo pirâmide etária.  Na próxima postagem iremos estudar mais um pouco sobre as pirâmides etárias.  

Fonte da imagem : Livro VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . 7º ano. Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2009 . 


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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Geografia do Brasil : Perguntas com Respostas : Ensino Fundamental : Estrutura da População


http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br/

     Fonte : livro Projeto Araribá 7º ano, Editora Moderna, de Sônia Cunha Danelli, 2007 .

1- Como se divide a população de um país sob o critério de idade ? 

RESPOSTA  -  É comum dividirmos a estrutura etária (por idade) de uma população, de um país, em três faixas :   jovens (do nascimento até os 19 anos) ; adultos (de 20 até 59 anos); idosos ou terceira idade (de 60 anos em diante).  

2- Qual é a estrutura etária da população de um país que possui há várias décadas baixos índices de natalidade e mortalidade ? 

RESPOSTA  -   As nações que possuem, há várias décadas, baixos índices de natalidade e mortalidade e uma expectativa de vida (vida média) elevada - caso dos países desenvolvidos - têm a maioria da sua população na faixa etária dos adultos (entre 55% e 60% do total) . Nesses países a porcentagem de idosos é relativamente alta (mais de 15%) e a faixa dos jovens normalmente está abaixo de 30% da população total. 

4- Como é a estrutura etária da população de um país subdesenvolvido ? 

RESPOSTA  -  Os países subdesenvolvidos, especialmente aqueles que apresentam baixa expectativa de vida, têm uma população majoritariamente jovem (50% ou mais) e a faixa dos idosos bastante reduzida (nunca chega a 10%), às vezes, nem a 5% da população total). 

5-   Complete o texto abaixo com os termos corretos : 

         No Brasil, segundo dados do recenseamento geral da população, realizado pelo __________________, no ano de 2000, a faixa  ___________________  dos jovens abrange 40,5% da ________________________ ; a dos adultos, 50,6% ; e dos ____________________, 8,9%. Nas últimas ___________________, o percentual de idosos e adultos ___________________, enquanto que o de __________________ diminuiu. Em 1950, a configuração ___________________ no Brasil era a seguinte : jovens (52,3%) , __________________ (43,1%) e idosos (4,6%). Essa mudança deveu-se ao __________________ da expectativa de _________________ e à diminuição das taxas de ___________________ e natalidade. 


RESPOSTA  -   IBGE ; etária ; população ; idosos ; décadas ; aumentou ; jovens ; etária ; adultos ; aumento ; vida ; mortalidade . 

6-  O Brasil já possui configuração etária semelhante a de um país desenvolvido ?  Por quê ? 

RESPOSTA  -   Ainda não !  O Brasil se encontra no final do estágio de transição  de país jovem para maduro. O país ainda não pode ser considerado plenamente maduro, tal como os países desenvolvidos, mas caminha nessa direção. Portanto, o Brasil é um país em transição demográfica, nesta primeira década do século XXI. 


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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Área de Proteção Ambiental : APA da Bacia do Rio São João / Mico - Leão - Dourado

      "      A  (APA) Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João / Mico-Leão-Dourado foi criada em 27 de junho de 2002 para proteger e conservar mananciais, regular o uso dos recursos hídricos e o parcelamento do solo, garantindo o uso racional dos  recursos naturais e protegendo remanescentes de mata atlântica e o patrimônio ambiental  e cultural da região.
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         A  APA abrange quase a totalidade da bacia hidrográfica do  Rio São João, o mais importante rio que nasce e deságua dentro do Estado do Rio de Janeiro, ocupando uma área de 150.700 hectares nos municípios de Araruama, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Rio Bonito, Rio das Ostras e Silva Jardim.
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            A bacia do Rio São João está situada dentro do domínio da Mata Atlântica, apresentando ecossistemas de florestas densas, matas ciliares, mangues, restingas e meio lacustre (lagoas e rios). A vegetação é  de Floresta Ombrófila Densa Montana (alto da serra) ou Submontana (parte baixa da serra e morrotes na baixada) e de Floresta de Terras Baixas (planície). Este último tipo de vegetação foi bastante reduzido devido ao aproveitamento das áreas de baixada para diversos fins, existindo na região poucos e isolados fragmentos de Mata de Baixada. 
        Existem na região várias Unidades de Conservação, sendo duas também administradas pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) : Reserva Biológica de Poço das Antas e a Reserva Biológica União (veja no mapa acima), Unidades de Conservação de Proteção Integral que permitem o acesso somente para fins educacionais e científicos. Além dessas, existem várias Reservas Particulares do Patrimônio Natural criadas ou em processo de criação em propriedades particulares. 

    O Que é Uma Área de Proteção Ambiental (APA)  ? 

     
          A APA é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável, que compatibiliza a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais.  É administrada pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio), porém as terras abrangidas pela APA continuam sendo de domínio privado. Para a gestão participativa, é formado um Conselho com representantes de instituições públicas e da sociedade civil organizada.  É , também, elaborado um Plano de Manejo que define o zoneamento ecológico-econômico da APA e indica as ações necessárias para alcançar os objetivos propostos. 

                             Biodiversidade 

           Importantes espécimes ameaçados de extinção habitam a região e necessitam das áreas de mata atlântica para sobreviver como : mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é uma espécie de primata que ocorre somente nesta região do planeta. A  presença de grupos de micos-leões-dourados em fragmentos de mata isolados não garante a sua sobrevivência, por isso se faz necessária a ligação dos remanescentes de matas  existentes para permitir o deslocamento natural da fauna.
          A APA do Rio São João abriga uma grande diversidade de ambientes aquáticos  como os rios da bacia do Rio São João e que abrangem desde nascentes nas serras de Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu até o encontro com o mar, em Barra de São João, além da Lagoa de Juturnaíba, que é responsável pelo abastecimento de água para a região. Enorme diversidade de peixes e outras espécies estão associadas a estes ambientes. A bacia do Rio São João é considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como área prioritária para a conservação da fauna aquática devido à altíssima diversidade, elevado grau de endemismo e presença de comunidades especiais. 
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           As matas preservadas e as inúmeras cachoeiras que existem na região da Área de Proteção Ambiental do Rio São João / Mico-Leão-Dourado (APA São João) mostram seu grande potencial para o ecoturismo. A atividade agropecuária deve ser realizada de forma sustentável, utilizando práticas de conservação do solo e técnicas de produção agroecológica.
    Desmatamentos, incêndios florestais e a extração mineral são pontos críticos para a degradação  da qualidade ambiental e redução da biodiversidade. Junto com as Reservas Biológicas União e de Poço das Antas, a Associação Mico-Leão-Dourado e o Consórcio Ambiental Lagos São João são os principais parceiros  da APA São  João, seja no apoio ou execução de projetos pela melhoria da qualidade ambiental na  região.
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          Diversos animais estão ameaçados de extinção pela caça e destruição das florestas, como a jaguatirica, a jararaca-pico-de-jaca, mico-leão-dourado (foto acima) e preguiça -de-coleira.
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           A lagoa de Juturnaíba (foto acima) é a principal fonte de abastecimento de água para a Região dos Lagos, sendo abastecida pelos rios São João, Bacaxá, Capivari e inúmeros afluentes. A pesca para fins  econômicos, de lazer ou subsistência, deve respeitar os períodos de defeso e normas vigentes.    "

Fonte : Folder IBAMA; tel. (22) 2778-1540; apa.baciasaojoao.rj@ibama.gov.br


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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Perguntas com Respostas para o 7º ano do Ensino Fundamental de Geografia : Transição Demográfica do Brasil

     Perguntas com Respostas sobre O Crescimento Demográfico no Brasil, do Livro  Projeto Araribá 7º ano, Editora Moderna, de Sônia Cunha Danelli, 2007. 
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1- O que é crescimento natural, ou vegetativo ? 


RESPOSTA  -  É a diferença entre os nascimentos e os óbitos. 


2- Quais são os dois processos que fazem a população de um país aumentar ou diminuir? 


RESPOSTA  -   A população de um país aumenta ou diminui devido a dois processos : 1- a diferença entre o número de pessoas que entraram no país (imigrantes) e o número de pessoas que saíram (emigrantes) ; 2-  crescimento natural ou vegetativo. 

3- Na atualidade, no Brasil, qual processo de aumento da quantidade de habitantes é relevante? 

RESPOSTA -  No caso do Brasil, apenas o crescimento natural, ou vegetativo, é relevante. Isso é porque a imigração só influenciou no crescimento da  população brasileira entre o fim do século XIX e o ano de 1934. 

4- De que maneira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística levanta informações sobre a população brasileira?

RESPOSTA  -  O IBGE realiza a pesquisa Censo Demográfico Brasileiro de dez em dez anos. 

5-  Qual o percentual de crescimento da população brasileira nos últimos anos? 

RESPOSTA -  No período compreendido entre os  recenseamentos realizados no Brasil, de 1991 até o ano  2000,  o número de habitantes do país cresceu 1,6% . Até que a partir do ano  de 2000, o crescimento ficou em 1,2% ao ano. 

6- Comente sobre o crescimento populacional do Brasil dos últimos anos.

RESPOSTA   -   A população total do Brasil passou de pouco menos de 147 milhões, em 1991, para mais de 169 milhões em 2000, 184 milhões em 2007 e pouco mais 200 milhões em 2013. O crescimento populacional do Brasil, como ocorre praticamente em todo o mundo, vem diminuindo com o tempo. Era de 1,89% ao ano na década de 1980 - 1991, passou para 1,6% no período de 1991 a 2000, caindo para 1,2% ao ano após 2000. Portanto, as taxas de crescimento demográfico sofreram um sensível diminuição. 

7- A distribuição da população brasileira pelo seu extenso território é homogênea ou irregular? Por quê ?

RESPOSTA  -  A distribuição da população pelo território se dá de forma bastante irregular. O porquê disso é que a densidade demográfica é variável de acordo com a região. Existem áreas no país,  como a Amazônia, com menos de um habitante por quilômetro quadrado e outras, grandes cidades como São Paulo, com mais de cem habitantes por quilômetro quadrado. 

8- O que é a transição demográfica? 

RESPOSTA  -  As taxas de mortalidade no Brasil vêm diminuindo desde os anos de 1940. Esse decréscimo foi anterior à redução das taxas de natalidade, o que é comum no mundo todo. Em geral, costuma ocorrer primeiro uma queda na mortalidade e somente após uma ou duas décadas é que se verifica uma queda semelhante na natalidade. A esse período, em que ambas as taxas de mortalidade e de natalidade são baixas,  damos o nome de transição demográfica.  

9- A transição demográfica ocorreu na mesma época, tanto nos países desenvolvidos quanto nos sub-desenvolvidos ? 

RESPOSTA  -  Não !  Nos países desenvolvidos, a transição demográfica ocorreu durante o século XIX (começa em 1801 e vai até 1900). Hoje em dia eles possuem taxas de natalidade e de mortalidade baixas, com um crescimento vegetativo pequeno.  Às vezes chegam a apresentar até mesmo taxas negativas de crescimento. 
           Já os países subdesenvolvidos encontram-se em três fases ou estágios. Alguns, como Argentina, Coreia do Sul e Uruguai, já estabilizaram seu crescimento demográfico em baixas taxas. Outros, como grande parte das nações africanas e asiáticas (Nigéria, Uganda, Paquistão, Afeganistão) apresentam mortalidade em declínio e altas taxas de natalidade. O Brasil e países como México, Venezuela, Filipinas, que só agora começam a superar a transição demográfica, encontram-se numa situação intermediária, com um crescimento demográfico baixo e que deverá continuar caindo ainda mais para se estabilizar. 

10- Por que  as taxas de mortalidade diminuíram no Brasil? 

RESPOSTA  -   Desde o final do século XIX, os índices de mortalidade no Brasil vêm diminuindo, tendo sido registradas as taxas de 30,2%° (trinta vírgula dois por mil) em 1890, 26,4% °  em 1920, 14,2%° em 1960 e 7,8%° em 2000. Essa redução foi consequência, principalmente, da melhoria nas condições sanitárias e higiênicas do país, com o saneamento de lagoas e pântanos, a dedetização de locais de trabalho e moradia, a expansão das redes de esgoto e água encanada, a vacinação em massa da população. Houve grande declínio de doenças como tuberculose, pneumonia, gastroenterite, malária e outras.  

11-  Por que as taxas de natalidade vêm diminuindo no Brasil? 

RESPOSTA    -  O declínio dos nascimentos está associado a dois fatores principais : 1 - a queda da mortalidade ; podemos atribuir esse fato à diminuição das taxas de mortalidade infantil, ou seja, um número cada vez maior de crianças passou à idade adulta, graças à melhoria das condições de higiene, saúde, infraestrutura e educação.  2- o processo de urbanização ; a urbanização provocou uma queda nos índices de nascimentos, pois no meio urbano, especialmente nas grandes cidades, em geral, as mulheres têm filhos mais tarde; no meio urbano é comum as pessoas casarem-se mais tarde, e com isso a média de filhos por família diminui. 

12- O índices de natalidade no Brasil ainda são altos? Justifique.

RESPOSTA  - Apesar de terem diminuído significativamente nas últimas décadas, os índices de natalidade no Brasil ainda são relativamente altos (cerca de 20%° entre 2000 e 2007)  quando comparados aos dos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, a taxa é de 14%° (catorze por mil) , no Japão e na Suécia é de 10%°.

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domingo, 1 de dezembro de 2013

Exercícios com Respostas para o 7º ano do Ensino Fundamental de Geografia sobre o Brasil






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  Perguntas e respostas sobre o Brasil, localização/extensão , com imagens e conteúdos do livro : Projeto Araribá 7º ano, Editora Moderna, de Sônia Cunha Danelli, 2007 


1- O Brasil sempre apresentou os mesmos limites territoriais?  Sim ou não?  Por quê? 
RESPOSTA  -  Não!  Porque os contornos do território brasileiro foram criados  pelo homem, ou seja, estabelecidos pela sociedade, ao longo do tempo, até  chegar ao desenho atual dos seus limites e fronteiras. 

2- Qual o tamanho, ou a área, do território brasileiro, em quilômetros quadrados? 

RESPOSTA  -  A área do Brasil é de 8.514.876 km² (oito milhões, quinhentos e catorze mil, oitocentos e setenta e seis quilômetros quadrados).  

3-  O que significa dizer que o Brasil é o 5º  maior país do mundo? 

RESPOSTA  -  Significa que existem apenas quatro países, no mundo inteiro,  com extensão territorial maior do que a do Brasil. 


4-  Quais são os outros quatro países maiores que o Brasil? 


RESPOSTA  -  1º Rússia ; 2º Canadá ; 3º China ; 4º Estados Unidos . 



5-  Sabendo da colocação dos cinco maiores países do mundo, informada nas questões anteriores, e que suas extensões territoriais (fora de ordem)  são : 9.596.961 km² ; 8.514.876 km² ; 9.363.520 km² ; 17.075.400 km² ; 9.976.139 km². 
    Escreva em ordem decrescente (do maior para o menor), os cinco maiores países do mundo, com a sua respectiva extensão territorial. 


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RESPOSTA  -  1º  Rússia (17.075.400 km²) ;  2º Canadá (9.976.139 km²) ; 3º China (9.596.961 Km²) ; 4º  Estados Unidos (9.363.520 km²) ; 5º Brasil (8.514.876 km²). 
6- Com relação à latitude, que tem como referência a Linha do Equador, onde está localizado o Brasil? 
RESPOSTA  - A maior parte do Brasil está localizada no Hemisfério Sul ou Meridional (ao sul da Linha do Equador) e uma pequena parte está no Hemisfério Norte ou Setentrional (ao norte da Linha do Equador).

7- Com relação à longitude, que tem como referência o Meridiano de Greenwich, onde está localizado o Brasil? 

RESPOSTA  -  O Brasil está totalmente localizado no Hemisfério Oeste ou Ocidental (à oeste do Meridiano de Greenwich).

8- Por que razão existe um predomínio de climas tropicais no Brasil? 

RESPOSTA   -  O Brasil tem a maior parte de seu território situada na zona térmica tropical, compreendida entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio. Essa localização é um dos motivos do predomínio de climas tropicais no Brasil. 
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9-Em qual região do Brasil encontramos climas com temperaturas mais baixas? Por que isso acontece?

RESPOSTA   - Na região sul do Brasil ocorrem as temperaturas mais baixas, porque essa região se encontra na zona térmica temperada, abaixo do Trópico de Capricórnio. 

10 - Quantos continentes existem na Terra ?  Em qual deles está localizado o Brasil ? 

RESPOSTA - Os continentes são em número de seis: Antártida; Oceania ; África; Ásia ; Europa e América .  O Brasil está localizado na América. 



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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A Disputa entre Brasil e Bolívia pelo Acre : Exercícios com Respostas sobre Geografia para 7º ano do ensino Funadamental

                    
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                  "  O Brasil sem o Acre 
        As fronteiras não  são eternas ... O Brasil, por exemplo, nem sempre foi do tamanho que é hoje, e o atual estado do Acre nem sempre pertenceu ao território brasileiro. Saiba a história do estado, segundo as informações do governo do Acre : 

     " Terras incontestavelmente bolivianas". Assim se expressavam as autoridades brasileiras sobre as terras ao sul da linha oblíqua imaginária, que desde o Tratado de Ayacucho (1867), marcava a fronteira entre o Brasil e a Bolívia. Enquanto não houve ocupação efetiva da terra estava tudo bem, mas tão logo o mercado internacional demandou maior produção de borracha e a região foi povoada, a questão das fronteiras se tornou um grave conflito entre as nacionalidades. 
      A partir de 1880 grandes levas de imigrantes nordestinos penetraram livremente naqueles territórios sem dono e sem lei.
     Ao surgirem as primeiras proclamações bolivianas de posse do Acre, em 1895, os brasileiros já estavam ali situados há pelo menos quinze anos. Mal se iniciava o ano de 1899 quando o governo da Bolívia tentou uma cartada decisiva: ocupar militarmente o rio Acre enquanto negociava um contrato de arrendamento com capitalistas europeus e norte-americanos interessados na exploração da borracha da região. Entretanto, a ocupação do Acre não seria tão fácil.
     Logo, alguns brasileiros revoltados com as duras medidas alfandegárias (impostos para importação e exportação) dos bolivianos decidiram contestar a administração estrangeira daquele território povoado por brasileiros. Assim, sem nenhum aviso, já em maio de 1899, ocorria a Primeira Insurreição Acriana, quando os bolivianos foram pela primeira vez expulsos de Puerto Alonso, o povoado que eles mesmos haviam fundado nas margens do rio Acre.
       Enquanto isso tudo se dava, Luiz Galvez - espanhol de nascimento, mas cidadão do mundo por vocação - partia de Manaus para o Acre. Galvez levava o apoio velado do governo amazonense, já que o governo brasileiro exigia o fim dos conflitos no Acre e a devolução do território aos bolivianos. Foi durante o encontro dos seringalistas do Acre com Galvez que surgiu uma solução para o impasse em que se encontravam os revoltosos.
     Com as palavras de ordem : " Já que nossa pátria não nos quer; criamos outra ", Galvez e os brasileiros da região proclamaram criado o "Estado Independente do Acre". Foram oito meses de governo do presidente Galvez. 
      Em março de 1900, chegavam ao Acre três navios da Marinha brasileira para prender Galvez e devolver aquelas terras à Bolívia.
      Entretanto, mesmo com o apoio do governo brasileiro, as autoridades bolivianas não conseguiram pacificar a região. Os "revolucionários" brasileiros se mantiveram mobilizados e em constante atitude de confronto.
      Até que, nos primeiros meses de 1902, a notícia da constituição do Bolivian Syndicate desabou sobre a opinião pública nacional. Essa companhia comercial de capital anglo-americano estava arrendando o Acre pelo prazo de vinte anos com amplos poderes territoriais, militares e alfandegários. Seu contrato com a Bolívia implicava também a livre navegação internacional dos rios amazônicos e feria frontalmente a soberania brasileira sobre a Amazônia. 
      Enquanto o governo federal era sacudido de sua letargia pelo clamor nacional, os brasileiros do Acre mantinham a resistência armada contra os bolivianos. A notícia do Bolivian Syndicate precipitou os acontecimentos, que se configuraram como uma verdadeira guerra.
      De um lado, o exército regular da Bolívia entrincheirado em alguns pontos estratégicos do rio Acre. De outro, um exército de seringalistas e seringueiros organizados pelo ex-militar Plácido de Castro. Uma guerra que foi conflagrada no Xapuri, em agosto de 1902, e só foi concluída seis meses depois em Puerto Alonso com um saldo de quinhentos mortos em uma população de dez mil indivíduos.
       Os brasileiros do Acre  mais uma vez haviam expulsado os bolivianos e proclamado o Estado independente do Acre como forma de obrigar o governo federal a considerar a região como litigiosa. Tamanha foi a pressão nacional que Rodrigues Alves, recém instalado no cargo de presidente, teve que reverter a posição oficial brasileira estabelecendo negociações que culminaram com a assinatura do Tratado de Petrópolis e anexaram o Acre ao Brasil em novembro de 1903.
       Finalmente, depois de quatro anos de resistência armada, o Acre passou a fazer parte do Brasil e os brasileiros do Acre conquistaram o direito de se autodenominar acrianos. Isso aconteceu há apenas um século.   "  



Fonte : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica , Geografia do Mundo Desenvolvido . Editora Ática . 4ª edição . São Paulo : 2010  (www.ac.gov.br ; acesso em 22 de março de 2007). 


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