Populações da China e Índia
As Populações da China e da Índia
A China e a Índia se destacam por serem os países mais populosos do mundo. Juntos possuem mais de 2 bilhões de habitantes e abrigam aproximadamente mais de 1/3 da população mundial. A China chama a atenção ainda pelas particularidades de seu modelo de desenvolvimento. A Índia, pelos imensos contrastes de sua realidade.
O mapa acima mostra como estão distribuídas as populações chinesa e indiana: no caso da Índia, concentra-se sobretudo no norte do país, acompanhando o vale do rio Ganges, e também nas áreas costeiras. Na China, a concentração populacional é mais intensa no leste, sudeste e sul. As densidades demográficas são extremamente baixas no oeste do país, devido à predominância de desertos e áreas montanhosas.
O fato de a China e a Índia apresentarem em 2008 populações de 1,33 bilhão e 1,15 bilhão, respectivamente, tem feito com que os governos desses países mantenham como uma questão prioritária em suas políticas a preocupação em reduzir seus índices de crescimento demográfico.
A China adotou já na década de 1970 uma política de redução dos índices de natalidade, incentivando a redução do tamanho das famílias; o governo pregava em cartazes de rua e em todos os veículos de comunicação que "ter um filho é bom, no máximo dois, mas nunca chegar ao terceiro". Essa política apresentou resultados, mas a aplicação menos rigorosa a partir de meados da década de 1980 levou a um novo aumento nos índices de crescimento populacional. A política de redução da natalidade foi retomada então, agora orientando cada família a ter um único filho, regra implementada com algumas exceções, e o ritmo de crescimento populacional decresceu novamente.
Na Índia, as medidas para tentar diminuir as taxas de crescimento da população não apresentaram os mesmos resultados. Há inclusive a perspectiva de que a população indiana supere a da China nos próximos 20 anos, se as taxas de natalidade se mantiverem no ritmo atual. Em meados da década de 1990, foram implementadas novas políticas de incentivo à redução da natalidade, mas ainda não se tem um registro de sua eficácia.
Os resultados relativos à questão populacional da China têm por base e principal condicionante uma forte intervenção da autoridade de Estado, que impõe suas políticas para o conjunto da população. Como na China não existe democracia plena, as famílias receiam contrariar a orientação do governo. Os transtornos de quem se opõe ao governo são enormes, a ponto, por exemplo, de as famílias deixarem de registrar as crianças, quando têm mais de um filho.
O governo estimula os casais a terem filhos únicos; a sociedade chinesa, por sua vez, dá preferência ao sexo masculino. A diminuição do número de mulheres na população apresenta como consequência a diminuição da taxa média de fertilidade e favorece a diminuição dos níveis de crescimento da população. A preferência por filhos homens também está ligada à preservação do nome da família e à suposição de que um homem teria melhores condições de cuidar dos pais quando estes alcançarem uma idade avançada.
A desmesurada concentração de políticas de Estado na questão populacional impede que as taxas de natalidade diminuam pela própria dinâmica social, como tem ocorrido em grande número de países. Nesses países, na medida em que melhoram as condições de vida, as taxas de natalidade tendem a diminuir. Portanto, o objetivo prioritário das políticas estatais deveria ser a busca dessas melhorias; nesse caso, a redução das taxas de crescimento populacional seria uma consequência. "
Fonte : CARVALHO, Marcos Bernardino de ; PEREIRA, Diamantino Alves Correia . Geografia do Mundo 8º ano . Editora FTD . 1ª edição . São Paulo : 2009 .
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