México : Região de Chiapas : Zapatistas
As principais resistências ao Nafta, no México, partiram de Chiapas, uma região situada ao sul do país e habitada na sua maior parte por camponeses descendentes dos antigos maias. É a região mais atrasada do México e onde as condições de vida da população são muito precárias.
Em 1994, justamente o ano em que os acordos do Nafta começaram a vigorar, surgiu um movimento que recebe forte apoio popular na região e que reivindica melhorias econômicas e sociais para Chiapas. São os zapatistas, como gostam de ser cahamados ( o nome vem de Zapata, um dos líderes das rebeliões camponesas no início do século XX ), constituídos principalmente por indígenas ou descendentes destes. Eles iniciaram uma rebelião armada, que deu origem a choques com o exército mexicano, dos quais resultaram centenas de mortes. Mas, com as derrotas do PRI (Partido Revolucionário Institucional) nas eleições realizadas em 1997, o governo deixou de lado o seu radicalismo (ou seja, apenas usar a violência na região) e começou a dialogar com representantes desse movimento.
A região de Chiapas, na realidade, protestou contra dois fatos básicos :
Primeiro, que só o centro e o norte do país se industrializam, permanecendo o sul uma região atrasada, fato que poderá agravar-se ainda mais com o avanço do Nafta, pois a região de Chiapas, no extremo sul do país, pouco interessa aos Estados Unidos.
Segundo, que o governo mexicano, no início da década de 1990, estava tentando modificar ou até mesmo exterminar a cultura indígena no sul do país, obrigando as crianças a assistir aulas somente em espanhol, proibindo as transmissões de rádio nos idiomas indígenas, etc.
Em fevereiro de 1996, após o acordo de San Andres, iniciou-se um diálogo entre o governo e os Zapatistas. Em 2005 os zapatistas decidiram criar uma aliança política com todos aqueles que, no México, na América Latina, e no mundo, se preocupam com a justiça social - que implica o respeito aos direitos fundamentais de cada ser humano. "
Fonte Livro : VESENTINI, J. Wiliam ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica, Geografia do Mundo Desenvolvido . Editora Ática . 8º ano. 4ª edição . São Paulo : 2010 .
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