Aspectos Socioeconômicos do Município de Rio Bonito - RJ
O Município de Rio Bonito está localizado a 74 quilômetros da Capital do Estado do Rio de Janeiro, adjacente à sua região Metropolitana, fazendo limite com o Município de Tanguá a oeste. Rio Bonito faz fronteira com o Município de Silva Jardim a nordeste. A rodovia federal BR 101 corta o município de Rio Bonito no sentido leste – oeste, entre Tanguá Silva Jardim . Ao sul e sudeste faz limites com os municípios Saquarema e Araruama respectivamente, aos quais é rota de acesso através da Voa Lagos ( RJ -124 ) . A noroeste tem como vizinho o Município de Cachoeiras de Macau.
Terra de domínio dos índios
Tamoios, Rio Bonito teve colonização iniciada em 1755, com a chegada do
Sargento-Mor Gregório Pereira Pinto e a formação de pequeno povoado no entorno da capela que construiu. A
localidade ganhou tamanho e importância econômica à medida que participou do final do ciclo da cana-de-açúcar e do café, induzindo-a à
emancipação administrativa em 1846, fundando a Vila de Nossa Senhora da
Conceição de Rio Bonito.
A prosperidade destes tempos declinou
após a abolição da escravatura, já que as fazendas e engenhos eram
mantidas com essa mão-de-obra. Somente a partir da década de cinquenta do século XX é que
o ciclo da laranja, somado ao da pecuária e à indústria , trouxe de volta
desenvolvimento da economia municipal.
Atualmente, o município de aproximadamente 456,5 Km² conta com uma população de 55.586 habitantes e está
organizado em três distritos : Distrito 1º Sede – Rio Bonito , Distrito 2º -
Boa Esperança, Distrito 3º - Basílio.
A
distribuição etária de sua população segue padrão do Estado do Rio de Janeiro e do país, com tendência à redução
na população de 0 a 9 anos, um aumento
na faixa etária de 10 a 19 anos, um aumento expressivo em pessoas de 20 a 59
anos, e uma explosão demográfica na
faixa de 60 anos.
Do
ponto de vista econômico, a maior parte
da população de Rio Bonito possui rendimento mensal per capita entre ¼ a 1 salário mínimo (55%), segundo dados do
CENSO IBGE de 2010, seguido por um extrato da população com rendimentos entre 1
a 3 salários mínimos (27%), caracterizando
uma população majoritariamente de classe
média (Classe C). A população mais favorecida, com rendimentos acima de 10 salários, é inferior a 1%.
Assim como a maior parte dos municípios
fluminenses, a desigualdade social, expressa no Coeficiente de Gini (índice de zero a 1, que mede o nível de desigualdade
de renda, e quanto mais perto de 1 mais
desigual), apresenta no Município de Rio Bonito um índice de 0,50 (DATASUS,
2010). Como referência comparativa, o Coeficiente de Gini em países
considerados desenvolvidos varia entre 0,27 na Dinamarca e 0,41 em Portugal,
enquanto o Coeficiente de Gini do Brasil está em torno de 0,52 , segundo dados de 2012.
A economia de Rio Bonito é baseada
principalmente nos serviços e indústria. A fabricação de artefatos cerâmicos continua
se destacando na cidade de Rio Bonito, e
toma maior importância a construção civil.
Rio
Bonito teve uma receita total de R$ 116,4 milhões em 2010, a 38ª do estado, apresentando
equilíbrio orçamentário. Suas receitas correntes estavam comprometidas em 85%
com o custeio da máquina administrativa. Sua autonomia financeira é de 18,6% e seu
esforço tributário alcançou 19,1% da receita total.
A carga tributária per capita de R$ 331,65,
em 2010, era a 16ª do estado (em comparativo que não inclui a capital), sendo
R$ 37,43 em IPTU (38ª posição) e R$ 283,50 em ISS (11º lugar).
O custeio per capita de R$ 1.786,80 era o 47º
do estado, contra um investimento per capita de R$ 63,62, posição de número 87ª dentre os 91 demais. A dependência de transferências da União, do estado e das
participações governamentais alcançou 68% das receitas totais. Especificamente
com relação às últimas receitas, vinculadas ao petróleo, o município de Rio Bonito
teve nelas 6% de sua receita total, um montante de R$ 120,75 por habitante no
ano de 2010, 62ª colocação no estado.
Devido ao início das obras da nova refinaria
da PETROBRÁS em Itaboraí, Rio Bonito apresenta reflexos desse enorme empreendimento
em sua economia, com a crescente instalação de pequenas indústrias e empresas
prestadoras de serviços, principalmente às margens das principais rodovias,
como a BR 101 e a RJ 124.
Fonte :
Plano Municipal de Saneamento
Básico de Rio Bonito (Tomo I – Relatório
2013) ;
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (www.cedca.rj.gov.br/pdf/RioBonito.pdf)
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