BIOLOGIA - Diversidade Sensorial dos Animais - A Capacidade de Ecolocação em Mamíferos
" A Capacidade de Ecolocação em Mamíferos
Um dos aspectos marcantes dos animais é a sua diversidade sensorial. Enquanto nos cães é muito desenvolvida a capacidade olfativa, em outros animais é a visual e em outros ainda, a auditiva. Mamíferos bem diferentes, caso dos morcegos e dos golfinhos, apresentam a mesma capacidade de ecolocação, que lhes permite a localização das presas e uma orientação nos deslocamentos, evitando choques com obstáculos. Isso implica a capacidade de emitir sons de alta frequência (muito agudos) que, ao baterem em obstáculos, à frente do animal, são refletidos e ecoam, sendo captados pelas orelhas internas (Observação - orelha interna é o nome atual de ouvido interno, segundo proposta do Congresso Internacional de Anatomia, realizado em 1997) sensíveis a essas frequências de ondas. Elas podem atingir valores de 20 mil a 50 mil Hz, enquanto o limite humano de percepção é de até 20 mil Hz. (Observação : Hz = hertz, é a unidade de frequência de onda sonora, equivalente a 1 ciclo por segundo. O nome é uma homenagem a Heinrich Hertz, 1857 - 1894, físico alemão).
Nos morcegos, o som é produzido por delicadas cordas vocais da laringe, emitido pelas narinas ou pela boca e captado pelas grandes orelhas, voltadas para a frente. Essa ecolocação permite que o animal detecte até finos fios de arame, de menos de 1 mm de espessura, situados a distâncias de 2 metros.
Nos cachalotes e golfinhos, a emissão e a recepção do som são completamente diferentes, uma vez que dependem da propagação em outro meio físico, o aquático. Esses animais têm a capacidade de localizar obstáculos em águas completamente escuras. Os cachalotes, por exemplo, fazem mergulhos de centenas de metros de profundidade. Nos golfinhos, o som é produzido na cavidade nasal, atravessa uma grande massa oleosa, o espermacete, na região frontal, e passa para a água, concentrado e direcionado. Esse som é uma espécie de estalido de dezenas de hertz de frequência que, ao voltar, como eco, é captado por um corpo gorduroso sob a mandíbula e transmitido diretamente para a orelha interna, como vibração, através de pequenos ossos.
Esse sonar animal, bem estudado apenas recentemente, explica a razão da grande habilidade dos golfinhos domesticados em aprender e efetuar difíceis trabalhos em condições de total ausência de luz. "
Fonte : JÚNIOR, César da Silva ; SASSON, Sezar . BIOLOGIA César e Sezar . Editora Saraiva. 8ª edição, 4ª tiragem . São Paulo : 2006 .
GEOGRAFIA Newton Almeida
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