Conflitos na Ásia
Questões Territoriais na Ásia
Introdução
A Ásia, abrangendo 30 % de todas as terras emersas do mundo, é o maior e também o continente mais populoso, com cerca de 3,7 bilhões de habitantes. A extensão territorial da Ásia é 43 810 582 km² . Esse continente é o berço das maiores religiões da humanidade, como o Cristianismo, Islamismo, Budismo, Hinduísmo, Judaísmo, Taoísmo, entre outras.
Localização da Ásia : localizada, predominantemente, no hemisfério Oriental ( longitude Leste) e quase totalmente no hemisfério Setentrional , ou hemisfério Norte (latitude Norte) . Suas terras se localizam a Leste do Mar Vermelho, a leste do Canal de Suez (no Egito, que liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo), e os Montes Urais dividem a Europa da Ásia ao Norte do Mar Cáspio até o Oceano Glacial Ártico. Além do Oceano Glacial Ártico, a Ásia é banhada pelo Oceano Pacífico, a leste , e pelo Oceano Índico ao Sul.
Muitas grandes civilizações e culturas existiram no continente asiático. O Judaísmo, o Cristianismo e Islamismo foram fundados na Palestina (Oriente Médio) . A cultura da antiga Israel foi estabelecida no segundo milênio a.C. . Alexandre, o Grande, conquistou o território que vai da atual Turquia ao subcontinente indiano no século IV a.C. O Império Romano posteriormente controlaria partes da Ásia Ocidental. Muitas civilizações antigas foram influenciadas pela Rota da Seda, que ligava a China, a Índia, o Oriente Médio e a Europa. O Hinduísmo e o Budismo, que tiveram início na Índia, também foram uma influência importante no sul e no leste da Ásia.
Ao longo da história, o continente asiático é palco de inúmeras questões ou conflitos territoriais, muitos dos quais permanecem até os dias de hoje.
Conflitos no Oriente Médio
Guerra do Golfo -
Em 1990 tropas do Iraque (Saddam Hussein) invadiram o Kwait, com objetivo de dominar as valiosas reservas de petróleo da região. A ONU organizou forças aliadas (lideradas pelos Estados Unidos e com participação do Reino Unido, Itália, França, Egito e Arábia Saudita) para intervirem contra o Iraque. Após intensos bombardeios, as tropas iraquianas foram desalojadas do Kwait em março de 1991 e o saldo dessa breve, mas intensa guerra, foi catastrófico para esses dois países árabes.
Palestinos x Judeus -
Desde o começo do século XX, o movimento sionista sonhou construir um Estado judeu em Israel, terra de onde os judeus foram expulsos pelos romanos no ano de 70 d.C. . O drama dos sobreviventes do holocausto nazista motivou a comunidade internacional a dividir o então protetorado britânico da Palestina em dois Estados : um para os judeus e o outro para os árabes, que haviam ocupado a região no século VII. A comunidade árabe negou-se a aceitar a criação do Estado de Israel e desde o primeiro momento lutou contra sua constituição.
As sucessivas derrotas árabes nas guerras de 1947 - 1948, 1956, 1967 e 1973 consolidaram o Estado de Israel e sufocaram qualquer possibilidade de um Estado palestino.
Foi então que extremistas optaram pelo uso do terrorismo como forma de pressão. A fundação da Al-Fatah tinha como objetivo inicial a expulsão dos judeus da Palestina. Movimentos terroristas vinculados à Organização para Libertação da Palestina (OLP), como o Setembro Negro, realizaram ações criminosas contra pessoas e interesses econômicos israelenses ou ocidentais. O sequestro e assassinato de atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique em 1972 foi uma das ações de maior repercussão, manchando a causa palestina .
No fim de 2003, a construção de um muro de concreto, juntamente com as barreiras paralelas (arame farpado e estradas militares) que separam árabes e judeus na Cisjordânia, tornou-se um novo fator de tensão geopolítica, dificultando o processo de negociação de paz na região.
Se o muro foi concebido para impedir a passagem de militantes palestinos que cometem atentados suicidas em Israel ou idealizado como a fronteira desejada por Israel, o fato é que, com essa barreira de concreto, as duas comunidades prosseguirão isoladas na região, como se fossem guetos.
Outros Conflitos na Ásia
Índia x Paquistão -
No processo de independência da Índia, a Inglaterra promoveu a partilha do território (então denominado União Indiana) entre elites regionais, dando surgimento ao Paquistão, de maioria muçulmana. Essa partilha provocou o deslocamento regional de grupos étnicos-religiosos, causando indefinições territoriais entre Paquistão e Índia, que até hoje disputam territórios da região da Caxemira.
Povo Curdo -
Outra questão territorial e com ideais separatistas, na Ásia, é a respeito do povo curdo, que corresponde a uma nação sem pátria. Sua população é de aproximadamente 25 milhões de pessoas que estão distribuídas em grande parte da Turquia, Iraque, Irã, Armênia e Síria ─ esses últimos em grupos menores. A partir dos anos 1980 teve início o movimento separatista curdo na Turquia ─ a luta entre os rebeldes curdos e as autoridades gerou um saldo de pelo menos 40.000 mortes.
A Chechênia é um pequeno território de religião muçulmana que se tornou independente da Rússia, no ano de 1991. O governo russo não aceitou essa iniciativa e tal fato derivou grandes confrontos armados.
China X Tibete -
Em 1913 o 13º Dalai Lama expulsou os representantes e tropas chinesas do território do Tibete. Embora a expulsão tenha sido vista como uma afirmação da autonomia tibetana, esta independência proclamada do Tibete não foi aceita pelo governo da China nem recebeu reconhecimento diplomático internacional e, em 1945, a soberania da China sobre o Tibete não foi questionada pela Organização das Nações Unidas. Após uma invasão contundente e uma batalha feroz em Chamdo, em 1950, o Partido Comunista da China assumiu o controle da região de Kham, a oeste do alto rio Yangtzé; no ano seguinte o 14º Dalai Lama e seu governo assinaram o Acordo de Dezessete Pontos. Em 1959, juntamente com um grupo de líderes tibetanos e de seus seguidores, o Dalai Lama fugiu para a Índia, onde instalou o Governo do Tibete no Exílio em Dharamsala. Os governantes chineses e o governo tibetano no exílio discordam a respeito de quando o Tibete teria passado a fazer parte da China, e se a incorporação do território à China é legítima de acordo com o direito internacional. O principal interesse da China no território tibetano é decorrente da localização geográfica estratégica, pois a província se encontra no continente asiático, no sul e no centro da Ásia, o que facilita o controle da região por parte da China. Essa configuração geográfica possibilita melhor controle por parte do governo chinês, diante desse fato os líderes chineses não têm intenção de conceder a independência política total ao Tibete. O interesse chinês no território tibetano não está ligado somente à localização estratégica da região, mas também às suas riquezas naturais, como, por exemplo, as importantes jazidas de minérios presentes no território do Tibete, cromo, cobre, bórax, urânio, lítio, ferro, cobalto e muitos outros .
China x Vizinhos (Mar da China) -
Algumas ilhas que ocupam posição estratégica em determinados pontos do mundo são objeto de disputa entre dois ou mais países. Esse é o caso das Ilhas Spratly, uma área com rica em recursos naturais no mar da China Meridional, disputadas por China, Vietnã, Filipinas, Malásia e Taiwan.
China, Japão e Coreia do Sul também estão envolvidos em várias disputas territoriais, exacerbando as chamas do nacionalismo, enquanto os atritos aumentam nas relações entre Estados Unidos e China envolvendo o Mar da China Meridional. Vietnã e Filipinas, também membros da APEC, acusam a China de realizar uma campanha de intimidação para reforçar suas reivindicações sobre o Mar da China Meridional.
Os Estados Unidos têm defendido um código de conduta entre as nações envolvidas alegando que a liberdade de navegação nas estratégicas águas do Mar da China Meridional é do interesse de todos, o que tem irritado Pequim.
Outra disputa, sobre pequenas ilhas reclamadas por Japão e Taiwan (Ilhas Senkaku) tem contribuído para aumentar a tensão na região. As pequenas ilhas desabitadas são administradas pelo Japão, mas reivindicadas pela China com o nome de Diaoyu. A tensão aumentou em setembro, quando o governo japonês anunciou a intenção de nacionalizar as ilhas.
China, Japão e Coreia do Sul também estão envolvidos em várias disputas territoriais, exacerbando as chamas do nacionalismo, enquanto os atritos aumentam nas relações entre Estados Unidos e China envolvendo o Mar da China Meridional. Vietnã e Filipinas, também membros da APEC, acusam a China de realizar uma campanha de intimidação para reforçar suas reivindicações sobre o Mar da China Meridional.
Os Estados Unidos têm defendido um código de conduta entre as nações envolvidas alegando que a liberdade de navegação nas estratégicas águas do Mar da China Meridional é do interesse de todos, o que tem irritado Pequim.
Outra disputa, sobre pequenas ilhas reclamadas por Japão e Taiwan (Ilhas Senkaku) tem contribuído para aumentar a tensão na região. As pequenas ilhas desabitadas são administradas pelo Japão, mas reivindicadas pela China com o nome de Diaoyu. A tensão aumentou em setembro, quando o governo japonês anunciou a intenção de nacionalizar as ilhas.
Fontes : Livro Projeto Araribá 9º ano ; Organizadora Editora Moderna ; Editora responsável Sônia Cunha de Souza Danelli, 2ª edição, 2.007 ;
Pesquisa da Internet :
http://pt.wikipedia.org ;
http://www.brasilescola.com/geografia/a-questao-tibete.htm; http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/focos-conflitos-no-mundo.htm
GEOGRAFIA Newton Almeida
GEOGRAFIA Newton Almeida
4 Comentários:
muito bom
muito bom.
otimo
Ótimo
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial