terça-feira, 26 de junho de 2018

URBANIZAÇÃO



    Urbanização do Brasil   
O que é  urbanização?    É o processo de afastamento das características rurais de uma porção do espaço geográfico para características urbanas, fazendo surgir as cidades.
     A partir de 1940 a população rural no Brasil vem diminuindo, em contrapartida a população urbana aumentou, e em conseqüência aconteceu o crescimento das cidades brasileiras . Atualmente, vivem no campo apenas uns 30 milhões de brasileiros, e nas cidades cerca de 170 milhões.   
    
                          Por que isso acontece?
     Primeiramente é preciso recordar a divisão dos setores econômicos  ou  atividades econômicas:

Setor primário   (extrativismo de recursos naturais,  pesca, coleta de raízes, criação de animais, atividades agrícolas);
    
         Setor secundário ( construção civil e indústrias = fábricas, elas transformam os recursos naturais em bens acabados = mercadorias = roupas, sapatos, móveis, computadores, canetas, máquinas , automóveis,  etc.) ;

       Setor terciário (setor de serviços , dentistas, médicos, advogados, universidades, bancos, comércio, shopping centers, etc.) .
                  A resposta para o processo de urbanização crescente no Brasil está na industrialização.  Ao longo do século XX, principalmente após a Segunda Guerra Mundial (1945),   o perfil da economia brasileira foi se modificando: de predominantemente agroexportador, nosso país passou a ser também industrializado. Foi a industrialização que intensificou o processo de urbanização, pois a produção industrial  vem seguida do fenômeno da urbanização.
     Uma nova indústria (fábrica) atrai outras atividades para a região onde foi implantada. Os trabalhadores preferem morar próximo ao trabalho, portanto novas casas são erguidas, desenvolvendo a construção civil. Essas pessoas que passaram a circular na região precisam se alimentar, e logo surgem restaurantes, padarias. Depois é claro que aparecerão novas lojas, oficinas mecânicas, salão de cabeleireiro, cinemas, lan-house, ou seja, o setor secundário da economia vai atrair o setor de serviços, ou setor  terciário  da economia, também . 



     Problemas Ocasionados pela Rápida Urbanização no Brasil

    A rápida urbanização que aconteceu no Brasil, sem planejamento, trouxe diversos problemas característicos nas grandes e médias cidades que surgiram.                  
       No Brasil aconteceu um dos maiores  processos de êxodo rural do mundo. A população do campo foi diminuindo e a população que vive nas cidades foi crescendo. Isso aconteceu, basicamente, porque as condições de vida no campo estavam menos atrativas ou mais difíceis, e o início da industrialização brasileira, a partir de 1930, ofereceu melhores oportunidades fazendo crescer os núcleos urbanos, ou cidades.
     Esse processo de urbanização é consequência de mudanças na economia. Ao longo do século XX  o perfil da economia brasileira foi se modificando: de predominantemente agroexportador, nosso país passou a ser também industrializado. Foi a industrialização que intensificou o processo de urbanização, pois a produção industrial favorece o crescimento das cidades.
     Uma nova indústria (ou fábrica) atrai outras atividades para a região onde foi implantada. Os trabalhadores preferem morar próximo ao trabalho, portanto novas casas são erguidas, desenvolvendo a construção civil. Essas pessoas que passaram a circular na região precisam se alimentar, e logo surgem restaurantes, padarias. Depois é claro que aparecerão novas lojas, oficinas mecânicas, salão de cabeleireiro, cinemas, lan- houses, ou seja, o crescimento do setor secundário da economia vai atrair o setor de serviços, ou setor  terciário  da economia, também.  O Brasil deixou de ser um país com economia predominantemente do primeiro setor (agropecuária, extração de matérias-primas) e desenvolveu também o segundo e o terceiro setor econômico, o que teve como consequência a urbanização no Brasil. 
    A urbanização brasileira, que ocorreu em seguida ao êxodo rural, não foi planejada, acarretando vários problemas, que atingem o espaço urbano do Brasil, principalmente nas grandes e médias cidades, que concentram parcela significativa da população. O estudo desses problemas é importante para o planejamento de políticas públicas que permitam o encaminhamento das suas soluções. 
geografia newton almeida
      Veja, abaixo, um gráfico que mostra o crescimento da população urbana brasileira, que em 1940 somava quase 13 milhões de habitantes, sendo bem menor do que a população rural que somava quase 29 milhões de habitantes. Ao passo que no ano de 2.000 a população urbana registrava o número de 138 milhões de habitantes, enquanto que nesse mesmo ano de 2.000 a população rural somava apenas pouco mais de 31 milhões de pessoas. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), ao ano de 2050 a população urbana no Brasil estará somando pouco mais de 237  milhões de habitantes,  quase 15 vezes a população rural que deverá somar pouco menos de 17 milhões de habitantes. Atualmente, o total de habitantes do Brasil é de cerca de 206 milhões (maio de 2016). 
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                          Moradias Precárias, as Favelas
     Na maioria das grandes e médias cidades do Brasil, muitas pessoas vivem em moradias precárias. Quanto maior a parcela de pessoas pobres de uma cidade, tanto maior será o número de moradias em precárias condições. Esse problema é resultado de desigualdades sociais, construídas desde o período de colonização no Brasil, que tinha o objetivo claro de levar as riquezas para a metrópole Portugal, em detrimento do real desenvolvimento de uma nova nação. 
    As favelas são conjuntos de moradias aglomeradas, construídas utilizando-se técnicas e materiais frágeis, e geralmente em terrenos sujeitos a enchentes ou desmoronamentos, sobre córregos ou à margem de rios e nas encostas e topos de morros. De modo geral, as favelas não contam com coleta de lixo, rede de esgoto, ruas asfaltadas, iluminação, serviço dos correios, e outros. Além disso, devido à aglomeração das moradias nas favelas, a incidência de luz solar e a circulação de ar são dificultadas, o que torna as favelas ambientes insalubres.
       Em décadas atrás a opinião pública defendia a erradicação das favelas, no Brasil. Mas, a quantidade delas cresceu muito, tornando isso impossível. Ao mesmo tempo, observou-se a necessidade de respeitar e procurar diminuir as dificuldades de vida das pessoas que não têm outra alternativa, senão de viverem em uma favela. Com isso, o termo favela está sendo substituído pela palavra comunidade, a fim de resgatar a auto-estima das pessoas que lá vivem. O termo comunidade humaniza a favela, fazendo lembrar que na favela vivem pessoas trabalhadoras que lutam para criar e educar seus filhos, mantendo laços de união com seus vizinhos, mantendo vivos traços culturais marcantes. 

     O esforço individual das famílias que vivem em favelas é significativo e vem conseguindo erguer moradias mais seguras e dignas. Programas sociais persistentes no Brasil, como o Bolsa Família, aliados ao crescimento progressivo do salário mínimo, vêm trazendo uma diminuição da desigualdade econômica no Brasil, o que reflete em melhorias nas condições de vida nas comunidades. 
     Se o aspecto visual arquitetônico foi pouco alterado, para quem observa de fora, dentro das moradias das comunidades as famílias puderam melhorar a sua alimentação e adquirirem eletrodomésticos e mobiliário. 
     É importante que sejam ampliados os programas de habitação popular pelos municípios, e também o Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, para dar a oportunidade de mudança das famílias, rapidamente, para um bairro. Ao mesmo tempo, as comunidades precisam receber os serviços de saneamento básico, para que definitivamente venham a se tornar bairros, e garantir condições dignas de vida aqueles brasileiros que lá vivem.  
      Infelizmente, a partir do ano de 2014, a economia do país entrou em crise, fazendo com o desemprego aumentasse significativamente e colocando em risco os avanços sociais recentes. 
                                Mobilidade  Urbana

       Os moradores das grandes e médias cidades no Brasil gastam muito tempo no deslocamento diário da sua casa ao trabalho, já que o trânsito nas horas de pico fica congestionado. O investimento em  transportes de massa, sistemas de trens e metrô, pode ser aliado a outras medidas simples, como o escalonamento de horários de entrada e saída dos trabalhadores, a fim de diminuir a saturação no trânsito. A partir de um entendimento entre o setores empresariais, poderia-se experimentar que as grandes empresas alternassem os turnos de seu funcionamento, a fim de que a ida e volta ao trabalho não se desse totalmente ao mesmo tempo. Outra medida administrativa  que está aos poucos sendo implementada pelas empresas, é que o profissional realize suas tarefas de trabalho na própria residência, pela internet. 

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        Um outro problema que vem crescendo, devido ao intenso tráfego nas rodovias  são os acidentes envolvendo motociclistas, que fazem os números de atendimentos de politraumatismos crescerem nas emergências médicas das grandes cidades. A frota de motocicletas cresceu muito, como alternativa de deslocamento nos constantes engarrafamentos das grandes cidades, mas a imprudência e desrespeito às leis de trânsito têm levado a trágicos acidentes. 

                                    Poluição 



           A poluição do ar não afetou tanto as grandes cidades brasileiras, como aconteceu com outras tantas pelo mundo. Principalmente porque a matriz energética no Brasil utiliza os seus volumosos recursos hídricos. Na China, por exemplo, a poluição do ar é um gravíssimo problema, devido à queima do carvão, muito abundante lá, amplamente utilizado na geração de energia elétrica. 
     A principal fonte de poluição atmosférica, nas grandes cidades brasileiras é o escapamento das descargas dos automóveis, ônibus e caminhões e as indústrias. De maneira geral, a poluição atmosférica, diminuiu a partir do avanço das leis e normas ambientais. Uma indústria, por exemplo, para funcionar precisa obter a licença ambiental, devendo diminuir ou mesmo erradicar o lançamento de gases tóxicos ao ambiente. Os caminhões, ônibus e automóveis diminuíram muito a emissão de gases tóxicos, também por conta de maiores exigências para a diminuição do lançamento de poluição, devendo manter a frequente manutenção de seus motores. 

                           Falta de  Saneamento Básico 



        As formas de poluição mais agressivas, que se mantém nos ambientes urbanos das grandes e médias cidades do Brasil, são o acúmulo de lixo e a descarga de esgotos domésticos nos rios e mananciais. Isso se deve à precariedade nos serviços de saneamento básico no Brasil. 
     A população brasileira, com raras exceções, joga ao chão todo o tipo de lixo, o que contribui para a proliferação de vetores de doenças e para as enchentes e alagamentos. Em cidades com precária coleta de lixo o problema se torna insuportável, inclusive exalando mau cheiro nas suas ruas. 
     Em muitas cidades do Brasil, o esgoto não recebe qualquer tipo de tratamento e acaba contaminando o solo, os rios, os oceanos e até mesmo os mananciais que abastecem as cidades com água.  Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), de 2006, cerca de 1,1 bilhão de pessoas no mundo não tem acesso à água potável e 2,4 bilhões não dispõem de condições sanitárias básicas. A consequência disso é o aumento do número de mortes por doenças como diarreia. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, em 2011, embora o Brasil esteja entre as 10 maiores economia do mundo, ocupa, ainda, a 112ª posição no quesito saneamento básico. 

                      Ilhas de Calor nas Grandes Cidades

   Nas aglomerações urbanas em que há poucas áreas com vegetação, em geral ocorre o aquecimento da camada de ar mais próxima ao solo. Por causa desse fenômeno, chamado Ilha de Calor, os centros urbanos chegam a apresentar diferenças de até 10°C em relação às áreas vizinhas. O aumento da temperatura em dias de sol, se deve à utilização de materiais que absorvem o calor com maior intensidade, como o asfalto das ruas e avenidas, o concreto das calçadas e paredes de casas, o ferro das pontes e gradeamentos dos equipamentos urbanos, e o vidro presente em abundância nos prédios .

     A Ilha de Calor é uma das mais evidentes consequências da ação do homem sobre o microclima de uma região. Em comparação com as áreas rurais, as temperaturas médias das cidades são mais elevadas. As variações térmicas, entre elas, pode chegar até a 7°C e ocorrem basicamente por causa das diferenças de irradiação de calor entre as áreas urbanizadas e as áreas verdes, e também por causa da concentração maior de poluentes (que bloqueiam a irradiação de calor da superfície) nas zonas centrais das grandes cidades. Citando como exemplo, a expansão da área urbana da cidade de São Paulo provocou um aumento de 1,3 ° C da temperatura média anual : 17,7 °C em 1920 para 19°C em 1995.
        A elevação da temperatura em uma grande cidade, que chamamos de Ilha de Calor,  é explicada pelo grande número de construções, uma vez que o concreto e o asfalto absorvem o mais o calor do Sol. Outro fato que contribui para a elevação da temperatura em grandes cidades é devido à concentração de gases poluentes, que são lançados na atmosfera por indústrias e automóveis, que contribuem para o aquecimento. Por fim,  a Ilha de Calor  é também formada pela dificuldade de a cidade dissipar os poluentes e o calor acumulado na sua atmosfera, pois a circulação do ar é barrada pelos prédios.    
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    '    As Cidades e a Urbanização
      
              O que Consideramos cidade ?  
 (Fonte : MOREIRA, João Carlos; SENE, Estáquio de . GEOGRAFIA, Ensino Médio, Volume Único. Editora Scipione. 1ª edição . SãoPaulo : 2000.)

          Atualmente, há cidades de diferentes tamanhos e densidades demográficas, de diversas condições socioeconômicas e ambientais. Algumas desempenham apenas uma função urbana, enquanto outras têm múltiplas atividades. Muitas se estruturam há séculos ou até há milênios enquanto outras começaram a se desenvolver há poucas décadas ou anos. Há ainda aquelas que apresentam grande desigualdade social e aquelas nas quais as desigualdades são pequenas. Todos esses aspectos se refletem na organização do espaço urbano e são visíveis na paisagem. 
         Dependendo do país ou região em que se localiza, uma pequena aglomeração de alguns milhares de habitantes pode apresentar grandes diversidades de funções urbanas, ou simplesmente constituir uma aglomeração de residências rurais. Por exemplo, na periferia da Amazônia, onde a densidade demográfica é muito baixa, um pequeno povoado pode contar com diversos serviços, como posto de saúde, escola e serviço bancário, enquanto no interior do estado de São Paulo, onde a rede urbana é bastante densa, o distrito de um município de médio porte pode se constituir apenas como local de moradia de trabalhadores rurais, com comércio de produtos básicos, sem apresentar outras funções urbanas. Quanto à população, uma cidade localizada em regiões pioneiras pode ter muito menos habitantes que uma simples vila rural de um município muito populoso localizado em região de ocupação mais antiga.       
          Na maioria dos países, tanto desenvolvidos quanto subdesenvolvidos, a classificação de uma aglomeração humana, como uma cidade, costuma levar em consideração algumas variáveis básicas: densidade demográfica, número de habitantes, localização e presença de equipamentos urbanos, como comércio variado, escolas, atendimento médico, correio e serviços bancários.
         No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão ligado ao governo federal e responsável pela realização dos censos demográficos e econômicos, considera a população urbana as pessoas que residem no interior do perímetro urbano de cada município e população rural as que residem fora desse perímetro. Essa definição permite às autoridades administrativas de alguns municípios recorrerem a um subterfúgio para aumentar sua arrecadação: utilizando as atribuições que a lei lhes garante, determinam um perímetro urbano bem mais amplo do que a área efetivamente urbanizada. Dessa forma, muitas chácaras, sítios ou fazendas, inegavelmente áreas rurais, acabam registradas como parte do perímetro urbano e são taxadas com o Imposto  Predial e Territorial Urbano (IPTU), e não com o Imposto Territorial Rural (ITR) - com o IPTU os municípios obtêm uma arrecadação muito superior a que obteriam com o ITR. Nos dados do CENSO 2000, chamam a atenção os casos, por exemplo, de Joanópolis e Piracaia, municípios paulistas situados ao lado da Serra da Mantiqueira: ambos têm, oficialmente, população rural igual a zero. Por outro lado, também chama a atenção o total de população  rural do município de São Paulo: 620.526, superior a muitas cidades médias brasileiras. Neste caso, a distorção é oposta: por questões burocráticas, muitas áreas do município, como o distrito de Cidade Tiradentes, ainda são consideradas zona rural.
        Já que municípios de qualquer extensão territorial e tamanho de população têm, obrigatoriamente, zona estabelecida como urbana, algumas aglomerações cercadas por florestas, pastagens, áreas de cultivo são classificadas como regiões "urbanas". Segundo esse critério, o Pantanal Mato-grossense e o estado de Roraima têm índices de urbanização equivalentes ao da região Sudeste. Portanto a comparação dos dados estatísticos de população urbana e rural entre o Brasil e outros países fica comprometida. 
        Segundo o CENSO 2000, o Brasil tinha 81,2 de população urbana e 18,8% de população rural. Podemos inferir que o número de pessoas que vivem integradas ao modo de vida rural, mas são classificadas como moradores urbanos, é maior do que aquele dos índices oficiais. Segundo estimativas de pesquisadores, caso se utilizassem critérios mais rígidos de classificação, o percentual de população rural  no Brasil seria de cerca de 33% .  '        
            Fonte : MOREIRA, João Carlos; SENE, Estáquio de . GEOGRAFIA, Ensino Médio, Volume Único. Editora Scipione. 1ª edição . SãoPaulo : 2000.



             EXERCÍCIOS com RESPOSTAS 

   A geografia é a ciência que se debruça sobre os processos de mudança das sociedades, como as características das populações, indicadores demográficos e socioeconômicos, assim como suas interações com o território ou meio ambiente. 
   O Brasil é protagonista de inúmeros processos geográficos que, mesmo tendo já acontecido em outros países, surpreende pelos números gigantescos. Isso se destaca em relação à industrialização e urbanização, que aconteceram de maneira extraordinariamente rápida e imensa, alterando completamente o modo de vida, diminuindo alguns problemas e gerando outros, enfim processos complexos de transformação das sociedades e do espaço geográfico do Brasil. 
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       Abaixo, algumas perguntas com respostas, com o objetivo de reforçar o entendimento dos conteúdos e de fixá-los melhor, através de uma leitura atrativa.  BONS ESTUDOS! 

1-  O que é o processo de urbanização? 

RESPOSTA  -   O processo de urbanização pode ser entendido como o surgimento das cidades, a partir da construção de indústrias que atraem grandes contingentes populacionais do ambiente rural, fazendo com que as cidades cresçam. 
   A urbanização transforma completamente o espaço geográfico e o modo de vida das pessoas, começando por introduzir o setor secundário da economia (as indústrias) que precisam de muita mão-de-obra. Em seguida são erguidas casas, e depois estabelecimentos comerciais e de serviços (setor terciário), como escolas, hospitais, cinemas, teatros, museus, etc. 
  
2-  Quando teve início o processo de urbanização brasileira? 

RESPOSTA  - Alguns estudiosos entendem que a urbanização no Brasil teve início já no século XVI partir do ciclo da cana-de-açúcar, onde surgiram os primeiros núcleos de características urbanas. Após isso, eles observam que no final do século XVII, o ciclo do ouro, fez surgir novos núcleos urbanos e impulsionou a ocupação do interior do Brasil, que antes era apenas litorânea. 
       A grande maioria  de pesquisadores, estudiosos e geógrafos consideram que o processo de urbanização do Brasil, transformando radicalmente o país, teve início em 1940, portanto na primeira metade  do século XX (de 1901 a 2.000).  

3- O que aconteceu por volta de  1940 que determinou o processo de urbanização? 

RESPOSTA  -  Foi na década de 1940 que se iniciou o processo de industrialização no Brasil, com a construção de indústrias (Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia Vale do Rio Doce, e outras) no governo do Presidente Getúlio Vargas. Outro fator que impulsionou também a urbanização foi a mecanização do campo, notadamente a partir de 1960 (a chamada Revolução Verde), aumentando o êxodo rural. 

4-  Cite algum  indicador que demonstra a transformação do Brasil de país rural para país urbano. 

RESPOSTA  -  Um indicador que demonstra o surgimento e crescimento das cidades, em consequência da introdução do setor industrial econômico, é a comparação entre a população rural (que vive do setor primário da economia) e a população urbana (que vive da renda do setor secundário e terciário da economia):  no ano de 1940 a população rural era de, em torno de, 29 milhões e a população urbana era de, em torno de, 13 milhões de habitantes; ao passo que no ano de 2.000 (último ano do século XX) a população rural era de, cerca de, 30 milhões e a urbana somava, cerca de,  145 milhões de habitantes. 
      O gráfico abaixo mostra claramente esse processo de urbanização: 
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5- Qual avanço aconteceu após a urbanização? 

RESPOSTA  - Observa-se que o senso comum é optar por viver em cidades. As pessoas encontram nas cidades melhor qualidade de vida, de maneira geral, com salários mais atrativos e condições de terem uma infraestrutura próxima, como escolas, universidades, comércio, lazer, transportes. 
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Imagem acima: Curitiba (capital do estado do Paraná), uma das mais belas e aprazíveis cidades do Brasil.  

6- Quais são os aspectos negativos da urbanização? 

RESPOSTA  -  A vida nas cidades é propícia a doenças relacionadas ao stress, devido ao medo da violência, devido a uma vida com mais afazeres onde a pressa é comum, e também devido à sensação de falta de espaço ou afastamento da natureza.
       A poluição nas cidades é um problema que faz aumentar as doenças respiratórias e o desconforto pela poluição sonora, a poluição das águas e o acúmulo de lixo  faz aumentar as doenças de veiculação hídrica, bem como a  proliferação de vetores de doenças (ratos, moscas, baratas, mosquitos). 
     Outro ponto é a precariedade das habitações em que vive parte da população urbana (menos de 10%), nas favelas, ocasionada mais pela péssima distribuição da renda no Brasil, do que propriamente pelo processo de urbanização. 
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Geografia Newton Almeida http://geografianewtonalmeida.blogspot.com.br



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