sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Formação do Relevo Processos Endogenéticos


Geografia Newton Almeida

 "    Processos Endogenéticos  na Formação do Relevo 

                                                Hélio Monteiro Penha 

  No planeta Terra, as forças geodinâmicas externas e internas interagem para produzir distintas topografias. 
  A interação da litosfera móvel terrestre com os fluidos da atmosfera e hidrosfera guia a formação de uma variada paisagem, única no sistema solar. Nessa condição, as forças exógenas e endógenas derivadas de diferentes fontes de energia modelam  a superfície do planeta, numa constante busca de equilíbrio que já monta mais de quatro bilhões de anos.
  Face a sua peculiaridade geodinâmica em termos de planetologia comparativa, o planeta Terra é o que apresenta as mais variadas formas de relevo e desníveis topográficos conhecidos, tornando seus estudos geomorfológicos fascinantes e intimamente ajustados à sua evolução geológica. 
  Se apenas os agentes externos atuassem sobre a sua superfície sólida, caso inexistisse uma dinâmica interna, ter-se-ia o planeta coberto por um único oceano cuja profundidade deveria ser de aproximadamente 2,6 Km. Na realidade, os oceanos cobrem 71% da superfície do mundo, de tal forma que a profundidade é bem maior do que 2,6 Km; 3,8 Km, em média. Essa  profundidade é, contudo, muito irregular, sendo a maior, de 11.033m na fossa Challenger, nas Marianas a sudoeste do Pacífico. 
  Os remanescentes 29% da superfície do planeta são ocupados por terra emersa, com média de 840m acima do nível do mar e com 8.848m no ponto mais elevado (Pico Everest, no Himalaia). Assim, a maior diferença altimétrica registrada no planeta, entre o ponto mais alto e o mais profundo está em torno de 20Km. Vênus, o planeta mais semelhante à Terra, tem relevo de apenas 13Km. 
  Grande parte da topografia terrestre é o resultado de processos de diferenciação que produzem crosta oceânica e continental respectivamente, sendo mais de 65% da superfície sólida  da Terra formada por crosta oceânica com idades inferiores a 200 milhões de anos. Isso indica ser a crosta oceânica extremamente jovem com respeito ao tempo geológico e, portanto, continuamente renovada. Por outro lado, idades superiores a três bilhões de anos são encontradas em alguns continentes.
  Todas as atividades que envolvem movimentos ou variações químicas e físicas das rochas, no interior da Terra, são denominadas processos internos. A energia que os induz provém basicamente do calor interno da Terra, em grande parte produzido através do decaimento radioativo de isótopos instáveis. É a energia derivada de reações nucleares que propicia a formação dos grandes relevos terrestres, como os Alpes, os Andes, as Rochosas, o Himalaia, as cordilheiras meso-oceânicas e as fossas. Também o magmatismo que produz plútons e vulcões, os terremotos, os dobramentos e fraturamentos da crosta,  e a mobilidade das placas litosféricas a ela estão relacionados. 
  Por outro lado, o relevo não é criado instantaneamente, e tampouco suas variações dimensionais são constantes. Milhões de  anos são necessários para que as montanhas sejam erguidas ao passo que em poucos minutos se foram marcas de ondas na areia da praia. Da mesma forma, a magnitude  espacial dos principais componentes do relevo terrestre varia significativamente em escala segundo suas dimensões, estando os mais representativos associados aos fenômenos endógenos. "     

Fonte : GUERRA, Antonio José Teixeira; CUNHA, Sandra Baptista da. GEOMORFOLOGIA - UMA ATUALIZAÇÃO DE BASES E CONCEITOS. Editora Bertrand Brasil. 5ª edição. Rio  de Janeiro : 2003  .  

GEOGRAFIA Newton Almeida




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